Seca em SP e no ataque do Grêmio

Ver o Grêmio com tanta dificuldade para fazer um gol, um golzinho que seja, dá uma aflição…

Lá pelo meio do segundo tempo, bateu o desespero, agravado pelas bolinhas que apareciam na tela seguidas do anúncio do narrador que havia mais um gol na rodada.

O sentimento é de paulista sofrendo com a seca, a falta de água nas torneiras, e aqui chovendo em abundância, em excesso.

Enquanto uns têm tanto, outros não têm nada.

Deu uma bruta inveja dos torcedores do Fluminense, que viram quatro gols, proeza que o Grêmio ainda não alcançou neste Brasileirão.

Pensei, e se eu mudar de canal para ver o São Paulo contra o Bahia? Eu fico ali diante da TV e quem sabe não aparece na telinha uma chamada de gol no Serra Dourada, gol do Grêmio, claro.

Fiz isso durante uns dez minutos. Nada de cruzar a bolinha na tela. Desisti, e quando mudei o Bahia, sim, o Bahia descontava. E no Maracanã o Criciúma fazia dois gols, eu disse gols, no Fluminense. Levava quatro, é verdade.

Claro que é bom não levar gol. No caso do Grêmio, é a salvação, porque o ataque gremista é de time caindo para a segundona. Quem está salvando a pátria é o sistema defensivo montado por Felipão, seguindo diretrizes traçadas lá atrás pelo Doutor em tripé de volantes, o Renato Portaluppi, idealizador do sistema conhecido ‘por uma bola’, aperfeiçoado por Felipão.

Não vale a pena nem comentar o desempenho do time, principalmente no aspecto individual. Resumindo, eu diria que todos fizeram a sua parte, o que estava ao seu alcance.

Só fique um pouco decepcionado com o Luan, de quem sempre espero mais porque se trata do mais promissor projeto de craque do grupo de jovem que estão subindo. Luan me pareceu pouco à vontade e, principalmente, fugindo à responsabilidade quando poderia tentar o drible no mano a mano, ele que é extremamente – para usar uma expressão que o Pedro ‘Legado’ Denardin repete a cada minuto -, habilidoso. Uma dezena de vezes ele optou por reter a bola, ameaçar o drible e depois recuar para a jogada recomeçar.

Agora, estou com Felipão. O empate diante das circunstâncias foi bom resultado.

Aqueles que não se incomodariam de ter perdido, ou seja, ficado sem somar um ponto, poderão mais adiante lamentar a falta de um pontinho, que, no futebol, muitas vezes, é a diferença entre o céu e o inferno.

Por fim, assim como a chuva um dia voltará a desabar sobre São Paulo, acredito que um dia o Grêmio marcará gols em profusão, algo que hoje não acontece nem nos treinos no Olímpico.

ELEIÇÃO

Fui à Arena votar. Chapa 04. Felizmente, vitória de Romildo Bolzan, que terá ao seu lado o dirigente mais vitorioso do Sul do Brasil, o Mito Fábio Koff. Feliz a torcida que pode ter um dirigente dessa envergadura e, principalmente, não o despreza, ao menos em sua ampla maioria como ficou comprovado no resultado da eleição.

Os outros, aqueles não ligaram para a presença de Koff na chapa da Situação, bem, esses que constituem a minoria não sabem o que fazem. Por isso, estão perdoados.

O importante agora é que Bolzan consiga não apenas os títulos, como também a união do clube, um de seus objetivos.

Jeito para isso ele tem.

MULTICAMPEÃO, O PEQUENO GIGANTE

É importante registrar a organização de todo o processo eleitoral. Eu, que votei pela primeira em eleição de clube, fiquei impressionado.

Parabéns aos envolvidos.

Pra fechar, estou orgulhoso de pertencer ao Movimento Grêmio Multicampeão. Um grupo ‘chiquitito pero cumpridor’.

Sob a liderança do presidente Mattiello, a turma pegou junto e ficou gigante na Arena. Parecia a seleção da Holanda em 74. Mattiello nosso Rinus Michels. Krebs nosso craque, o Cruyff.

O ‘carrossel’ do Multicampeão funcionou, ninguém guardou posição. Todos se movimentavam por todas as frentes, mas com organização e método, preenchendo os espaços e deixando o rival atordoado.

Fiquei satisfeito por participar desse ‘esquema de jogo’, ajudando a panfletar e a pedir votos.

No final, a recompensa pela vitória esmagadora, e o reconhecimento pelo trabalho incansável do grupo.

Eu não dispenso vencedores!

Quando Grêmio e Goiás entrarem em campo no Serra Dourada de dolorosas lembranças, a eleição para o biênio 2015/2016 já estará encerrada.

Já terei cumprido meu dever. Votarei em Romildo Bolzan.

Nada contra Homero Bellini, um grande gremista como tantos outros, entre eles Bolzan.

A diferença é que apenas um deles, nesta eleição, conta com o apoio, e não apenas isso, como a presença de Fábio Koff no futebol do clube, ali, ao lado de Felipão. É o Bolzan.

Há dois anos defendi a candidatura de Koff.

A razão é muito simples: a torcida que pode contar com esse dirigente multicampeão, o maior da história do Sul do país, sem qualquer dúvida, não pode abrir mão de seu trabalho, de sua experiência, de sua sabedoria.

Há quem duvide que Koff irá realmente participar da administração de Bolzan.

Informo que dias atrás Koff mostrou o quanto está disposto a continuar atuante no Grêmio. Ele declarou, durante uma reunião, para não deixar dúvida:

– Eu não me entrego nunca. Só vou deixar o Grêmio depois de conquistar pelo menos mais um grande título.

É também por isso que meu voto vai para Romildo Bolzan, porque apenas ele tem o aval de Koff e a certeza de que Felipão continuará no clube por mais dois anos.

Eu não dispenso vencedores!

JOGO DE RISCO

Todos os jogos do Brasileirão são de risco. E isso vale para todos os clubes, porque as equipes estão muito instáveis, oscilando em termos de qualidade de futebol de um jogo para outro.

O time que mais mantém regularidade de bom futebol é o líder Cruzeiro, virtual campeão.

Então, não tem jogo fácil pra ninguém.

É o caso do jogo desta sábado no Serra Dourada, onde o Grêmio já passou por um ou outro vexame.

Para evitar que isso ocorra, Felipão, sabiamente, vai com três volantes. Primeiro evitar o gol do adversário, depois trabalhar para parir um golzinho e fazer 3 pontos em cima do time do sr Enderson, que, a julgar por alguns comentários, deixou viúvas no RS.

O Grêmio mais uma vez vai alterado. Felipão conseguiu repetir a escalação apenas uma vez desde que chegou.

Vamos ver o que ele consegue com a formação abaixo:

Marcelo Grohe; Pará, Bressan, Pedro Geromel e Zé Roberto; Matheus Biteco, Ramiro e Fellipe Bastos; Alan Ruiz, Luan e Lucas Coelho.

Penso que é o melhor que a casa oferece para o momento.

ENTORNO DA ARENA

O Movimento Grêmio Multicampeão tem um interessante projeto para unir moradores do entorno da Arena ao Grêmio. Confira:

Entorno da Arena poderá ser conhecido como o ‘bairro do Grêmio’

Outra grande conquista do presidente MULTICAMPEÃO

Grêmio e OAS chegaram a um acordo depois de meses de negociação.

O presidente Fábio Koff está conquistando talvez o título mais importante de sua história marcada por grandes vitórias.

O Grêmio vai pagar um total de R$ 480 milhões – este número pode ser menor – em parcelas anuais. O clube deu como garantia à OAS a verba da TV, que hoje está em torno de R$ 60 milhões por ano. A dívida com o BNDES – uns R$ 200 milhões – permanece com a empreiteira.

Em maio deste ano, o Boteco do Ilgo foi o primeiro a noticiar que o Grêmio buscava a compra da gestão da Arena, e que, para surpresa de muita gente, a empreiteira estava disposta a abrir mão do controle do empreendimento.

Reproduzo o texto publicado no dia 14 de maio:

ESCRITO POR ILGO EM MAIO 14, 2014 PARA: FUTEBOL|74 COMENTÁRIOS – DEIXE O SEU TAMBÉM

O presidente Fábio Koff está na fase semifinal do seu grande campeonato: ter o controle pleno da Arena. Desde que assumiu, além de carregar o peso de uma década de decepções e frustrações do time em campo, Koff trabalha obcecadamente para mitigar os efeitos danosos do contrato que levou à construção da majestosa Arena.

Koff entrou em campo com fogo nos olhos ao descobrir, logo nos primeiros dias, quando ele, como presidente do clube, teve dificuldades para entrar na nova casa gremista. Este e outros fatos ainda mais alarmantes o levaram a declarar que a Arena, na realidade, não era do Grêmio. Os mais sensíveis, os ufanistas e os alienados ficaram chocados. Como assim?

Foi duro de ouvir, admito, mas era necessário que a torcida soubesse que a OAS mandava e desmandava na Arena, para entender que ali começava um outro campeonato, mais difícil que qualquer Libertadores: a conquista talvez do maior título da história do Grêmio, a conquista da Arena.

Depois de várias etapas, todas muito espinhosas, Koff e sua diretoria foram avançando no jogo travado fora de campo, onde vale tudo, até carrinho por trás e voadora como as que o Leandro Vuaden eventualmente deixa impunes quando praticadas por algum colorado em Gre-Nal.

Um jogo muito difícil, derrota iminente, mas em campo está Koff, o presidente multicampeão, o homem que conseguiu multiplicar a verba de televisão dos clubes em desgastantes negociações com a TV Globo nos anos 90, na condição de presidente do Clube dos 13, hoje, sem ele, uma entidade amorfa, domesticada.

Se em campo os resultados se mantinham ruins, nos gabinetes o Grêmio, praticando um jogo convincente e firme, avançava lenta e gradualmente.

Para isso, conquistou um aliado tão valioso quanto inesperado: a própria OAS.

A empreiteira já percebeu que essa história de erguer e administrar arenas é mais complicado do que construir pontes, estradas, prédios, etc

Enfim, a Arena descobriu que esse negócio de Arena não é exatamente a sua praia.

Chegamos ao que interessa: a OAS já concorda em entregar a Arena a quem de direito: o Grêmio.

Se tudo der certo, o torcedor gremista terá de novo uma casa para chamar de sua.

Mas há obstáculos a serem superados. O jogo é mais difícil que uma final de Libertadores contra o Boca, na Bombonera, com arbitragem argentina e o Chico Noveletto como observador da Conmebol.

A OAS num determinado momento admitiu a hipótese de continuar pagando o BNDES: total de 200 milhões aproximadamente. Mas recuou.

O restante o Grêmio pagaria para a OAS, mensalmente, até completar os 20 anos do contrato.

O problema, agora, é conseguir quem assuma o débito do financiamento, o que não pode ser feito por clube de futebol.

Como eu disse lá no início, o clube está na semifinal de uma disputa que pode ser considerada a mais dura de sua história.

O troféu é gigantesco, monumental, suntuoso: a Arena. A Arena – realmente – do Grêmio.

Vale a pena lutar.

As noites de sábado não combinam com futebol

Tenho medo dos jogos nos sábados à noite.

As noites de sábados são apropriadas para outras atividades: namorar, sair pra balada, jogar conversa fora num boteco.

Decididamente, as noites de sábado não são para o futebol.

Foi com esse pensamento que decidi sair bem na hora do jogo. Tinha um aniversário para ir. Poderia chegar mais tarde, mas preferi ser pontual e esquecer o jogo contra o Palmeiras.

Fui pontual, tão pontual quanto o aniversariante, meu amigo Andrey, um colorado de CINCO costados. Chegamos quase juntos ao pub, o El Toro, onde havia um show previsto para iniciar às 23h e só começou uma hora depois.

Pois fui pontual, mas não esqueci o jogo. Acompanhei tudo pelo twitter. Sofrimento pelo twitter é dose de Underberg com limão e sal. Sem gelo, claro.

Pelo relatos de poucas linhas das tuitadas e muita revolta, constatei que o Grêmio foi operado, talvez numa tentativa orquestrada de salvar o Palmeiras.

Hoje, vi o blog do meu amigo Ricardo, o cornetadorw.blogspot.com. Tem uma foto que prova que Barcos foi expulso injustamente. Ele não cometeu falta, levou o amarelo mesmo assim, era o segundo, e fui expulso. Aí começou a reação do Palmeiras.

Agora, mesmo com um a menos é possível resistir a esse time ruinzinho do Palmeiras. Mas o Grêmio não resistiu.

Até teve oportunidades para marcar, como a de Matias, que chutou a gol enquanto Dudu entrava livre no lado oposto. Depois, Barcos, livre, praticamente atrasou para o goleiro.

O que aconteceu de novo foi a questão que venho repetindo aqui faz muito tempo, a velha história da falta de qualidade, com um agravante: Felipão não consegue repetir o mesmo time desde que chegou. Acho que conseguiu isso apenas uma vez, não tenho certeza.

Contra o Goiás, mais uma vez terá um time diferente do que jogou no Pacaembu, bastante diferente, e ainda por cima sem o goleador Barcos.

Ah, o jogo será sábado à noite, porém mas mais cedo. Dá pra assistir e depois sair pra comemorar ou encher a cara de desgosto.

Só não quero mais acompanhar o jogo pelo minuto a minuto do twitter.

VITÓRIA JUSTA

O Inter mereceu vencer o Fluminense. Foi superior e criou boas chances de gol. O Flu ameaçou alguma vezes e no final quase cometeu o crime.

Fred, que fica ali dentro da área como quem não quer nada, saindo esporadicamente ao contrário do camisa 9 do Grêmio, aproveitou o cruzamento e empatou a cinco minutos do final.

Antes, Alex, o melhor do jogo, havia feito 1 a 0. Valdívia, que é realmente muito promissor, garantiu a vitória com uma bomba da entrada da área dois minutos depois do gol de Fred.

O que mais chamou a atenção é a diferença de postura do Inter que levou 5 da Chapecoense e deste que venceu.

A explicação talvez passe pela presença fiscalizadora e cobradora da torcida no Beira-Rio.

Vexame na Arena Condá: 5 a 0

Nada supera o fiasco de ser eliminado pelo Mazembe quando se projetava um bi mundial.

Agora, levar 5 a 0 da Chapecoense, clube que luta para não ser rebaixado, é também um vexame daqueles difíceis de esquecer. Por colorados e, principalmente, por gremistas.

Já visualizo a cerveja Condá sendo disputada ferozmente por gremistas e torcedores do modesto clube de Chapecó, que nem em seus  sonhos mais doces poderiam imaginar que um dia aplicariam goleada tão estrondosa num clube que até há pouco ambicionava o título brasileiro depois de 35 anos de espera.

O que se viu na Arena Condá decididamente não pode ser explicado apenas pelo que aconteceu no gramado.

Conflitos de bastidores com certeza contribuíram para derrota tão estrondosa. Por que será que D’Alessandro jogou tão mal a ponto de ser substituído no intervalo, e não foi por lesão segundo ouvi de Alex ao final do jogo. Opção do Abel. Será que o argentino não acertou a renovação do contrato, ao contrário do que foi divulgado? Ou será que ele achou pouco 900 mil reais por mês para jogar esse futebolzinho tico-tico?

É verdade que o time colorado tem deficiências sérias, embora os colorados tanto das arquibancadas quanto dos microfones e das canetas sempre alegaram que se o time não jogava bem era por culpa do treinador. Costas largas têm o Abel.

É preciso fazer justiça ao meu ex-colega de CP, o Wianey Carlet, voz isolada nas críticas ao time e ao técnico, que realmente foi contraditório muitas vezes.

Enfim, o Inter que priorizou o Brasileirão para chegar ao tetra e quebrar um longo jejum, se aproxima do final da temporada de forma melancólica e difícil de entender, porque uma equipe que custa 8 milhões de reais por mês não pode levar 5 a 0 de uma Chapecoense.

Fico pensando no torcedor colorado assistindo pela TV, no fim do jogo, o festejado Nilmar, que entrou no segundo tempo, dando entrevista todo sorridente em meio ao clima sombrio que se abateu sobre o time.

Abel, sem dúvida, está caindo. Inclusive assumiu a responsabilidade na entrevista coletiva pós-jogo, e não poderia ser de outra forma.

Jogou a toalha ao dizer que o Inter começa a jogar por sua dignidade.

Entre os técnicos disponíveis, ele, Celso Roth.

O importante é vencer

Estou convencido de que só a torcida do Cruzeiro tem direito de exigir vitória e bom futebol do seu time.

Todas as demais torcidas precisam aceitar que vitória com boa atuação não combinam. E isso vale para Grêmio, Inter – embora os colorados analistas atribuam sempre o futebol ruim do time vermelho ao técnico Abel, nunca a má qualidade de alguns jogadores – e todos os outros.

Só o Cruzeiro se salva. Nem a derrota para o Corinthians abala esse minha convicção.

Então, o que interessa é vencer. O Grêmio de Felipão fez algumas partidas muito boas contra equipes fortes, entre elas o próprio Cruzeiro, mas não venceu.

Nesta noite, teve uma atuação apenas regular, nota 6 ou 7, mas foi o suficiente para bater o Sport por 2 a 0, subindo na classificação.

Destaque para o jovem goleiro Tiago. No final, fez grandes defesas e garantiu a vitória.

Gostei muito do Dudu, um jogador incansável, que corre de goleira a goleira, e ainda tem fôlego para fazer algumas boas jogadas, como a do segundo gol, quando ele driblou o goleiro após receber excelente lançamento de Giuliano – seu melhor lance desde que chegou.

O placar foi aberto por Alan Ruiz, após jogada de Barcos, que perdia a bola na tentativa do drible, mas apareceu o meia argentino de trás pra soltar a bomba e marcar.

Destaque também para Zé Roberto, que é, repito, o melhor lateral-esquerdo do campeonato.

Não acredito mais em vaga para a Libertadores, mas se continuar na ponta de cima tudo pode acontecer.

Tirando o Cruzeiro, é tudo japonês.

Meus primeiros passos na política do Grêmio

Desde que larguei o jornalismo esportivo profissional depois de uns 30 anos de atuação, principalmente em jornal, com algumas incursões no rádio e na TV, tenho recebido sugestões de ingressar na vida política do Grêmio.

A maioria vem do pessoal que mantém esse Boteco comigo, alguns escrevendo até mais do que eu com comentários que sempre acrescentam alguma coisa.

Não sei se os botequeiros fazem isso apenas por generosidade, como forma de estímulo a continuar lançando minhas ideias sobre futebol aqui neste espaço, mas o fato é que aos poucos eu fui me convencendo de que realmente tenho algo a oferecer ao clube, a começar pela minha experiência do outro lado do balcão, a imprensa.

Até que há uns cinco meses fui convidado a participar do Movimento Grêmio Multicampeão, um grupo novo, composto por gente com boas propostas para recolocar o clube no caminho das vitórias. Comecei um trabalho de assessoria de imprensa e, depois de conhecer melhor os integrantes do movimento, acabei me filiando.

Dois anos antes eu havia me associado de novo ao Grêmio – a primeira vez foi em 1974, logo que vim de Lajeado para estudar, trabalhar e fazer festa, não necessariamente nessa ordem. Deixei de ser sócio quando comecei a trabalhar na imprensa esportiva, em 1978.

Bem, estou começando timidamente, sem maiores pretensões a não ser contribuir de forma mais objetiva com o Grêmio. Mas vou continuar aqui nessa trincheira, criticando e elogiando. Nos últimos anos, mais criticando, infelizmente.

A síntese do meu pensamento sobre gestão é a seguinte, e dela não abro mão: honestidade, transparência, ética e trabalho. Quem me conhece sabe que eu estruturo minha vida nesses quatro pilares.

O Movimento Grêmio Multicampeão, pelo que já constatei, pensa da mesma forma. Nascemos um para o outro.

O grupo decidiu apoiar a chapa 4, da Situação. Foi unânime.

Respeito muito o Bellini, e não tenho dúvida de que um dia ele será presidente do Grêmio.

Mas não agora. A vez é de Romildo Bolzan, com apoio do grande Fábio Koff e de Duda Kroeff.

Será a primeira vez que voto.

Conto com vocês. Não quero terminar sem ao menos ter começado.

MULTICAMPEÃO

Quem quiser conhecer mais sobre o movimento:

www.gremiomulticampeao.com.br

www.facebook.com/movimentogremio.multicampeao

twitter.com/gmulticampeao

FUTEBOL E PESQUISAS

Pesquisa do Ibope “some” com quase dois milhões de gremistas no país

Uma grande torcida à procura de um grande time

A verdade é simples: o time do Grêmio não está à altura de sua torcida e de sua casa. A Arena recebeu mais de 46 mil torcedores, gremistas apaixonados, vibrantes, participativos. Enfim, jogou com o time, e jogou mais que o time.

A Arena é maior que o Olímpico, muito maior, majestosa mesmo, mas só irá incorporar a energia que havia no velho casarão quando tiver um time verdadeiramente competitivo.

É um tripé em que um dos pés não é confiável, não é seguro.

Mas não resta dúvida que agora a direção acertou o passo, depois de sucessivos equívocos.

Alguns problemas permanecem e iremos até o fim da temporada com eles. Por exemplo, o Grêmio continua sem um rival para Barcos, uma alternativa realmente capaz de entrar e acrescentar qualidade na frente, com maior presença de área, espaço do qual o titular argentino insiste em se afastar.

Apesar de ter ainda um time insuficiente para disputar o título do Brasileiro e talvez até mesmo para buscar uma vaga na Libertadores 2015, o Grêmio teve todas as condições de vencer o forte time do São Paulo.

No primeiro tempo, logo no início, Luan ficou cara a cara com Rogério Ceni e tentou colocar. Pegou mal na bola, facilitando a defesa de Ceni. No rebote, Luan concluiu de novo e um zagueiro tirou de cima da risca.

Alguém precisa dizer ao Luan que jogador talentoso não está proibido de chegar na frente do goleiro e soltar uma bomba.

O Grêmio teve ainda mais duas ou três boas situações de gol, numa delas de novo apareceu um zagueiro para tirar de cima da risca, após conclusão de Zé Roberto, mais uma vez de grande atuação. É o melhor lateral-esquerdo do campeonato.

O Cruzeiro teve uma apenas, com Pato, que obrigou Grohe a grande defesa.

Houve ainda um impedimento mal marcado de Barcos, coisa do bandeirinha Boschillia, que, segundo Felipão, teria levado uma,  digamos, urinada do juiz por estar prejudicando a arbitragem. O fato é que o bandeirinha anulou uma investida do Barcos rumo ao gol.

No segundo tempo, o São Paulo equilibrou o jogo.

O mesmo juiz que tinha dificuldades para tomar decisões a favor do Grêmio não vacilou em marcar um pênalti de difícil visibidade para o São Paulo. Ceni marcou e quebrou a invencibilidade de Grohe de mais de 800 minutos.

No final, o Grêmio pressionou, teve volume de jogo, presença no campo de ataque, mas gol que é bom, nada. A impressão que tive é que o Grêmio só conseguir marcar um gol se tivesse um pênalti a seu favor assinalado.

Teve dois lances polêmicos. Num deles, Dudu foi empurrado por trás pelo Hudson, que já tinha amarelo. Foi dentro da área, num lance banal. Se marcasse pênalti, o juiz ainda teria de expulsar Hudson. Bem, aí seria pedir demais, não é mesmo?

Teve ainda o lance em que Zé Roberto sofreu o tranco dentro da área, mas exagerou na encenação.

Enfim, se já é difícil fazer gol ao natural, mais complicado ainda com uma arbitragem atuando contra.

Resta agora terminar o campeonato numa posição digna. Não acredito em G-3.

Como acreditar se a gente olha para o banco de reservas e não vê uma viva alma capaz de mudar o panorama de uma partida?

Alan Ruiz, Giuliano? Quem sabe não é hora de Felipão apostar em outro guri, o atacante Erick, que ficou no banco de reservas.

Ficamos assim nesta véspera de eleição: uma grande torcida e uma casa suntuosa à procura de um grande time.

INTER

Deu a lógica no Mineirão. O Cruzeiro venceu por 2 a 1, e distanciou-se ainda mais do Inter, o vice-líder. São nove pontos agora.

Mais uma vez o Cruzeiro será campeão. Tem um belo time e um grupo de qualidade.

O Inter até que lutou, reagiu no segundo tempo e marcou um golaço através de Alex.

Mas o Cruzeiro foi superior a maior parte do tempo, e até poderia ter ampliado.

E assim vai o futebol gaúcho na gestão do sr Noveletto. Os grandes não chegam e o Interior afunda.

Arena pode reviver os bons tempos do Olímpico

Arena lotada em clima de Olímpico dos velhos tempos de vitória. É o que se espera para o jogo contra o São Paulo de Kaká, agora de volta à seleção.

Em decisão sábia, a diretoria liberou os instrumentos musicais da Geral, o que dá um tempero a mais ao grande jogo.

Teremos, sem dúvida, uma Arena vibrante, com a torcida apoiando e incentivando. Enfim, ajudando o time a vencer esse adversário na briga por vaga direta à Libertadores 2015.

Jogo de seis pontos, ou até mais se considerarmos que a vitória gremista será boa também para o Inter, que pega o Cruzeiro em MG.

Notícia boa é que Souza, outro que terá chance na seleção, está fora. Foi punido com suspensão de um jogo. O SP tenta efeito suspensivo. Souza seria um desfalque importante, porque vive excelente momento no SP.

Até já ouvi alguns gremistas criticando a troca por Rodolpho. Quero dizer que eu continuo favorável a esse negócio. Até porque o Grêmio está muito bem de volantes.

Felipão faz mistério, mas tudo indica que poderá repetir o time, se não me engano, pela primeira vez desde sua volta. Assim, o Grêmio terá:

Marcelo Grohe; Pará, Rhodolfo, Geromel e Zé Roberto; Walace, Fellipe Bastos, Ramiro, Dudu e Luan; Barcos.

Grohe é uma atração à parte. Ídolo da torcida e principal jogador do time nos últimos, certamente será recebido com muito entusiasmo e carinho.

PRÊMIO PRESS

O Boteco do Ilgo continua figurando entre os cinco mais votados no Prêmio Press, que está completando 15 anos.

Na semana passada, o Boteco chegou a ocupar o primeiro lugar. Agora, caiu para segundo.

Briga feia, porque os candidatos são de alto nível e ao que parece todos mobilizaram seus leitores e parceiros.

Cada CPF pode votar uma vez por dia. Portanto, quem quiser ver no pódio o Boteco com sua visão gremista do futebol precisa votar seguidamente.

Seria interessante ver um blog ou site com essa preocupação gremista figurando entre os destaques e até vencendo. O importante é marcar posição e ter mais visibilidade. Sugeri que o RW entrasse na disputa com a sua corneta, mas ele decidiu apoiar o Boteco.

Bem, aí é covardia. Com a cornetadorw.blogspot.com e seus corneteiros entrando na briga não tem pra ninguém.

Teremos um blog gremista no pódio do Prêmio Press, com certeza.

Botequeiros e corneteiros unidos jamais serão vencidos (esta é novinha, rsrsrs).

Para votar:

www.revistapress.com.br

tópico 10 – ‘Jornalista de web do ano’:     Ilgo Wink – www.botecodoilgo.com.br

Aconteceu o pior: Grohe desfalca o Grêmio

O que eu previa, e temia, aconteceu. Grohe convocado para a Seleção Brasileira, provavelmente para atuar como lustrador de banco contra a Argentina, dia 11, e contra o Japão, dia 14 na Ásia.

Há oito jogos sem sofrer gol no Brasileirão, o goleiro gremista – gremista sim, porque é do Grêmio e torce pelo Grêmio -, Grohe entra na vaga de Jefferson, do Botafogo, lesionado.

É uma péssima notícia para o Grêmio e sua escalada no campeonato. Mas muito bom para Marcelo Grohe.

Ah, mas o clube ganha com a projeção de Grohe, o que poderá render um bom dinheiro mais adiante.

Bem, a esses eu respondo: não sou tesoureiro do Grêmio e meu objetivo é conquistar títulos, acabar com essa inhaca que já dura 13 anos. Sem Grohe, isso se torna mais difícil. Outra coisa, goleiro dificilmente rende grana que compense realmente sua saída.

O pior é que leio no twitter muita gente festejando a convocação.

“Ão, ão, ão, Grohe é seleção”.

No meu post anterior, escrevi que temia por essa convocação. Uma convocação estimulada reiteradamente já faz tempo por setores colorados da imprensa, apoiados por gremistas ingênuos.

Sempre que algum jogador do Grêmio é convocado para amistosos caça-níqueis da CBF fico irritado.

Não esqueço – e o Cacalo não me deixa esquecer porque também ele ficou traumatizado – aquela convocação de Paulo Nunes para passear na Europa enquanto o Grêmio decidia contra o Cruzeiro, que na época mandava na CBF. Paulo Nunes sequer jogou lá. O Grêmio foi eliminado.

Então, só me resta cumprimentar todos que estão felizes com a convocação de Grohe, a maioria deles colorados, com certeza.

Parabéns, vocês conseguiram.

Ah, a convocação é mera precaução, porque Jefferson viaja e talvez até jogue. Já o Grêmio perde seu melhor jogador a partir do dia 5 e só volta dia 15.

Sem contar que alguns convocados voltam depois. digamos, diferentes.

Podem soltar seus foguetes sem constrangimento.