Seleção, Diniz, Renato e a sombra de Parkinson

Volto a enfrentar o desafio de uma tela em branco à frente e um teclado quase emperrado pelos dias sem uso.

Faço isso antes que, nesta época de fakes, alguém levante o boato de eu estar completamente dominado pelo “dr. Parkinson” ou coisa pior, como o “blogueiro partiu desta para melhor”.

Bem, como o Copião pode atestar em função de nossos contatos fora do blog, estou vivo. Vivo e apto a escrever, como vocês estão percebendo.

O que tem me faltado é vontade e tempo sobrando para sentar e começar a preencher a tela com alguns escritos. Não sei se essa falta de ânimo é resultado da doença.

Seguidamente me dá vontade de escrever, mas por um problema ou outro perco a oportunidade, o ‘timing’, e lá se vai outra ideia, e o tempo vai passando, vai rápido demais para quem entrou na reta final da vida.

Antes que eu perca outra chance de escrever neste blog, que hoje mais parece uma cidade abandonada do velho oeste retratado em revistas em quadrinhos da minha juventude, com títulos como Buck Jones, Tom Mix, Roy Rogers, etc, comentar a trajetória recente de mais uma cria da crônica esportiva: o Fernando Diniz.

Tão rápido como ascendeu ao topo da Seleção Brasileira, atropelando nomes com muito mais estofo, Diniz não deve durar no posto. Primeiro, porque não tem bagagem, nem currículo, para substituir nomes como Tite e Felipão.

Diniz começou a ser fritado em pouca banha, apesar do apoio de muita gente do setor esportivo, um apoio que começa a se esvair. Diniz começa a fica só.

Nunca gostei da ideia de futebol desse treinador, essa frescura temerária de ficar tocando bola dentro de sua própria área, atraindo o adversário de forma perigosa. Pior ainda é a pretensão de querer implantar esse ‘sistema’ suicida na seleção brasileira com seus times formados às pressas e privilegiando jogadores como este ou aquele vínculo, ligações que levantam suspeitas.

Tudo o que a seleção precisa é de transparência, começando na alta cúpula e chegando aos jogadores.

A goleada de 4 a 0 sofrida pelo Fluminense, pelo futebol brasileiro, em suma, reforça o sinal de alerta aceso pela campanha vergonhosa nas eliminatórias ao Mundial.

Como atenuante em favor do Diniz, é necessário frisar que a safra não é boa. Nem o melhor técnico brasileiro em atuação no território nacional talvez não consiga formar uma seleção forte e confiável.

Mas isso é problema de quem se preocupa com a seleção, não é o meu caso.

Prefiro os assuntos ligados ao Grêmio. Por isso, não quero o melhor na seleção.

O melhor que fique no Grêmio.

A CBF que vá atrás de um técnico português, um castelhano ou qualquer coisa do gênero.

Mas tem uma coisa, meu filho mais novo é muito torcedor da seleção, vive com uma camisa amarela.

Por isso, de vez em quando talvez dê alguma contribuição para salvar a seleção do sr Diniz. Claro, mesmo consciente de que minha opinião não vale mais que uma cédula de 3 reais.

Pra não dizerem que não falei de Grêmio.

Primeiro, gosto do Toteldo. Grande reforço.

No mais, desconheço alguns nomes que são citados amiúde nesse tiroteio de boatos e desinforção.

Mas confio no Renato, este sim com uma concepção de futebol que me agrada.

Bom Natal e Feliz Ano Novo para as pessoas de bem, que afinal formam a grande maioria.