Pare o mundo que eu quero descer

Nao aguento mais tanta negatividade ao meu redor, tanta notícia ruim. A começar pelo diagnóstico médico de meses atrás de que sou portador da Doença de Parkinson. Estágio inicial, mas a doença segue comigo.

Ela virou minha prioridade física e mental. Mesmo nos momentos de alegria, sinto sua presença, como a dizer ‘estou aqui, hein?’.

Vou levando, vida de segue. Neste domingo, vi que nada está tão ruim que não possa piorar. Lembrei-me de uma canção de Silvio Brito, sucesso no anos 80, se não me engano.

Pare o mundo que eu quero descer

Segue um trecho:

“Pare o mundo que eu quero descer
Que eu não aguento mais escovar os dentes
Com a boca cheia de fumaça…
Você acha graça porque se esquece
Que nasceu numa época
De conflitos entre raças…

Pare o mundo que eu quero descer
Que eu não aguento mais tirar fotografia
Pra arrumar meus documentos…
É carteira disso, daquilo
Que até já amarelou minha certidão de nascimento.
E ainda por cima
Ter que pagar pra nascer,
Ter que pagar pra viver,
Ter que pagar pra morrer.”

O Nelson Ned cantaria ‘mas tudo passa, tudo passará’, música que lembro sempre nas dificuldades de cada dia.

O Baltazar, ex-camisa 9 do Grêmio, diria: “Deus está guardando algo melhor para mim”.

Para todos nós.