Grêmio empata em 1 a 1 e volta a expor limitações preocupantes

Depois desse empate por 1 a 1 com o Novo Hamburgo já é possível ter uma ideia sobre o potencial do time na série B, principal competição da temporada. É claro que quero conquistar o Gauchão, que é mais fácil, mas a prioridade mesmo é voltar à série A.

Bem, se a meta é sair do lamaçal da segundona quero dizer que estamos mal. Estamos mal de direção em todos os aspectos, a começar pelo disciplinar (caso Churin pode ser apenas a ponta do iceberg). Ah, por favor, chega dessa história de cabelo no peito, que serviu num primeiro momento mas que hoje é motivo de chacota.

Estamos mal também, e principalmente, de comando técnico e de jogadores. Com todo o respeito à história de Roger Machado no clube, não vejo nele condições de fazer um trabalho superior ao que Mancini vinha fazendo. E isso é assustador.

Sobre os jogadores, é óbvio que há problemas, mas, diferente de muitos eu acredito que um treinador que faça um diagnóstico exato do que anda acontecendo e que saiba trabalhar a cabeça dos jogadores, pode tirar mais de cada um.

O próprio Roger, depois de 3 jogos, com aproveitamento de 50%, o que é pouco considerando-se a qualidade dos rivais, tem condições de fazer esse trabalho. Para isso, não pode render-se a um ou outro medalhão do grupo, como por exemplo o Thiago Santos. É um volante que não vejo roubar a bola de ninguém, sua principal função.

O sistema defensivo como um todo é preocupante. O setor de armação inexiste. Temos ali um meio de campo com um monte de barata tonta, sem função definida. Mesmo assim o time consegue criar, mas como tem acontecido já faz tempo, mas com finalizações imprecisas, sem contar que o time continua consagrando os goleiros adversários.

Vejo potencial nesse time, apesar de tudo. Mas Roger precisa mostrar mais para não seguir o mesmo destino de Tiago Nunes, Felipão e Mancini.