Futebol sonolento e o gol de Ricardinho para salvar a noite

O Grêmio jogou um futebol sonolento no primeiro tempo, típico de quem está voltando das férias. Melhorou no segundo e chegou aos 4 a 0, sendo beneficiado pela arbitragem, que deixou de marcar um pênalti a favor do Pelotas, quando o jogo estava 0 a 0.

Foi o caso típico de porteira arrombada. Onde passa um gol, passam quatro ou mais. No caso, todos no segundo tempo.

Tem gente preocupada com o desempenho do time, pensando principalmente no Del Valle. É claro que não será esse que se viu no primeiro tempo e em boa parte do segundo.

Espero que até o jogo pela Libertadores o técnico Renato arrume o time.

Sobre o jogo desta noite na Arena: valeu pelo gol de Ricardinho. O guri toca pouco na bola, mas quando ela respinga dentro da área ele está atento. Tem faro de gol, diria um narrador de antigamente.

O gol em si foi uma obra da arte. Toques curtos envolvendo a marcação cerrada. Diego Souza deu um toque; Alisson encontrou Thaciano (tem muita gente que vai morder a língua em pouco tempo), que deixou Ricardinho na cara do goleiro. E aí apareceu o talento do guri, um toque por cima e o gol que abriu a porteira.

Foi a melhor coisa do jogo. Depois, com a vantagem, vieram mais três gols: Diego Souza, Alisson e Ferreira.

Gauchão

Com a vitória, o Grêmio assumiu a vice-liderança com 13 pontos, a três do Inter, mas com um jogo a menos que o rival. Antes do Gre-Nal do próximo final de semana, na Arena, o Tricolor irá a Passo Fundo enfrentar o São Luiz na quarta-feira, às 21h30min.

Rafinha

O lateral chegou e hoje deve assinar contrato. Se for mesmo contrato até o final deste ano e pelos valores especulados, trata-se de um grande negócio. É um jogador acima de tudo inteligente, que arruma a casa.

Tem gente corneteando o presidente Romildo. Dias atrás ele havia afirmado que o negócio não sairia mais, apesar da pressão de Renato. O presidente recuou. Pode ter sido uma jogada para Rafinha reduzir sua pedida. Rafinha, com a desistência do Flamengo, aproveitou a barca tricolor, aceitando o que lhe foi proposto pelo Grêmio.

Tem outra coisa: se Borré der pra trás na negociação com o Grêmio, Romildo já conta com Rafinha para amenizar o impacto negativo.

Imaginem, no ano passado o caso Cavani. Neste ano a história mais ou menos se repetindo. Basicamente, só mudam os personagens.