A vacina, Rafinha e o ‘argentino’ Rafael Borré

Se houvesse um ranking por idade para vacinação especifica de jogadores de futebol o novo lateral do Grêmio, Rafinha, seria um dos primeiros da fila.

Dito assim, parece um erro essa contratação, ainda não confirmada oficialmente.

Foi uma negociação demorada, com idas e vindas, com números incompatíveis com a idade e tempo de contrato inaceitável para quem está com 35 anos, ou seja, em final de carreira.

Então, ficou de muito bom tamanho o contrato com prazo até o fim do ano.

Em termos técnicos nem se discute. Rafinha é um multicampeão e assim como Léo Moura e Diego Souza, que chegaram aqui sob desconfiança, tem tudo para fazer a diferença.

Além disso, o jovem Vanderson, de enorme potencial, terá um professor, um mestre na arte de jogar pelo lado direito.

No início, pelos valores anunciados como verdadeiros, eu era contra. Mas agora aplaudo esse reforço, realmente um reforço.

BORRÉ

Os valores envolvidos na negociação para contar com o atacante Borré nesta temporada são intimidadores.

São, segundo dizem, 6 milhões de dólares de luvas (provavelmente diluídos pelo tempo de contrato: 5 anos. Remuneração anual de 2 milhões de dólares, mais bônus por metas atingidas.

É muita grana. No caso dele não é um gasto, e sim um investimento. Ele tem 25 anos e é muito conceituado na Argentina, onde defendeu o River Plate.

Agora, estou desconfiado: se fechar com o Grêmio será muito difícil que Borré vá para a Europa, a não ser para clubes medianos, como o Celta.

Desconfio que esse colombiano está usando o Grêmio para arrumar um clube na Europa. Os argentinos (colombianos) fazem qualquer coisa para jogar no futebol europeu. Não que os brasileiros pensem diferente, mas são menos obcecados e, a partir de uma certa idade, se acomodam por aqui mesmo.

Talvez até já tenha arrumado outro clube. E o Grêmio, para compensar a suposta perda, saiu atrás do Rafinha.

Por fim, se dependesse de mim, o negócio por Borré não sai. É muito dinheiro. Assim como foi um delírio a investida por Cavani, que só viria pra cá para se aposentar e assumir a ponta na lista da vacina dos boleiros.

Esses jogadores de mais idade se lesionam com mais facilidade, e acabam deixando o time na mão, enquanto recebem seus polpudos proventos.

Ah, tenho problema com atacantes ‘argentinos’ no Grêmio. A grande maioria não deu certo, e custou caro. Muita correria, muita pegada e poucos gols.