Governo gaúcho sinaliza que pode ceder à pressão do Grêmio

Depois da pressão do Grêmio, que anunciou sua saída do Estado para treinar em Santa Catarina, mais exatamente em Criciúma, o governo gaúcho busca uma saída honrosa.

Afinal, depois de perder um empreendimento como o do Mercado Livre, ficou feio, pra dizer o mínimo, ver o Grêmio sair em busca de um lugar para treinar de forma plena, o que no momento é proibido por uma norma do governo estadual.

O fato é que o governador Eduardo Leite, assim como a maciça maioria dos seus colegas, está mais perdido que cusco em procissão e cego em tiroteio.

Leite, que se diz amparado por técnicos especialistas, já projetou dois ou três picos de contaminação pelo corona vírus, e agora diz que o pior virá em duas semanas.

Bem, eu que não sou especialista de nada, mas lá atrás, em março, dias depois de a OMS (entidade que perdeu todo o meu respeito) decretar, com um atraso inaceitável, a pandemia, avaliei que o pior no Rio Grande do Sul seria nos meses de frio.

Então, medidas extremas que levaram ao fechamento de empresas e ao desemprego, deveriam ocorrer mais adiante, não em março e abril, abalando a economia.

Mas isso já passou e não tem mais volta. O que ainda tem volta é essa determinação ridícula de impedir treinos de futebol em que haja contato físico, como nos coletivos. Nem vou me estender nesse assunto.

Ontem, o Eduardo Leite, que parece um nenê pedindo o colo da mãe, lançou uma nota, trecho abaixo, dando a entender que pode recuar a respeito dos treinamentos como bola e contato físico.

“Sobre o retorno do Campeonato Gaúcho, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul informa que segue avaliando o protocolo encaminhado pela Federação Gaúcha de Futebol. No momento, o Comitê Científico está concluindo uma análise sobre a volta dos treinos com contato físico. 

A estimativa é que a conclusão aponte que o retorno do campeonato possa ocorrer entre o final de julho ou começo de agosto. A liberação dos treinos ocorreria antes…”

Quer dizer, estava tudo certo, dentro das diretrizes do tal “Comitê Científico”, mas bastou o leão, o Grêmio, rugir, que tudo pode mudar, com algum “embasamento científico” de última hora.

O resultado é que talvez no início de agosto o Gauchão recomece. Se não reiniciar, vale o que o presidente Romildo já falou: entreguem as faixas ao Caxias. E fim de papo. Por mim, eu faria um quadrangular com os quatro melhores pontuadores até agora.

Só espero que o presidente Romildo não recue e mantenha a decisão de levar o time a treinar acima do Mampituba.

Santa Catarina já mostrou que sabe receber bem os que não são abrigados pelo “pujante” estado gaúcho.