Renato fala em decolar, mas por enquanto Grêmio está como voos da Avianca

A decolagem do Grêmio no Brasileirão, anunciada dias atrás e prometida pelo técnico Renato após a derrota diante do Ceará por 2 a 1, está parecida com voos da Avianca. Boa parte não decola.

Depois de cinco jogos, sem uma vitorizinha sequer (isso que enfrentou dois candidatos ao rebaixamento), já não acredito que o time irá mesmo decolar, pelo menos não ao ponto de disputar o título.

E já começo a duvidar que o time irá terminar no G-4.

É difícil acreditar – e eu acreditei até hoje – num clube do tamanho do Grêmio que precisa improvisar um volante em inúmeras oportunidades por que falta zagueiro no elenco.

Nem sei como definir essa situação. Michel, outra vez, fez gol contra. Dois em menos de 15 dias, o que já deve ser um recorde mundial. Além de prejudicar o time, Michel, por querer colaborar com o treinador, se expõe e afeta sua imagem como profissional. Tem muito jogador aí que não aceitaria correr esse risco.

Sobre o jogo, tenho a dizer que esperava muito mais de Thaciano. Falo sobre ele porque se trata de uma esperança na renovação do time. Era a chance de ele mostrar que pode ser um protagonista. Esteve muito aquém disso.

Outro que tem potencial para protagonismo é Alisson. Ele bons momentos no jogo, inclusive participou na jogada do gol de Éverton, que segue como goleador solitário – se ele não marca, ninguém marca.

Penso que Alisson deveria jogar com mais liberdade na frente, não apenas pelo lado direito. Ele dribla, chuta e tem inteligência pra jogar. Deveria ser testado como meia articulador na ausência de Luan ou Jean Pyerre.

No mais, acho que Renato escalou o melhor time possível dentro do que havia disponível. Podemos discordar com um outro nome, mas nada que mudaria alguma coisa.

Michel continuaria sendo um perigo como zagueiro independente de quem jogasse. E Capixaba, que também já teve todas as chances para deslanchar, só me dá saudade de Marcelo Oliveira. Sério.

Na frente, André continua sendo o centroavante que chega tarde ou chega antes, mas nunca no local e no momento preciso em que a bola é lançada na área.

Era jogo para vencer, apesar dos desfalques importantes. Mas o time perdeu, reafirmando que o elenco não é tão bom quanto parecia, ao menos para mim.

Bem, segue o planejamento – diria um companheiro aqui do blog. O planejamento está inalterado. Prioridade é a Libertadores, seguida da CB e por último o Brasileirão.

A continuar assim, sem decolar como alguns voos da da Avianca, a prioridade pode ser alterada: não mais para disputar título, mas simplesmente brigar para fugir da zona do precipício.