Grêmio conquista título com show de gols na Arena

Como estava previsto, o Grêmio fez do confronto com o Avenida um jogo-treino, e, de quebra, deu show, com gols bonitos, estonteantes, daqueles de emoldurar no arquivo da memória.

A goleada de 6 a 0 resultou ainda no título da Recopa gaúcha, que de repente foi relativizada por setores da mídia e sequer figurou no site da federação noveletiana.

Mas esse é um detalhe irrelevante, igual a tantos outros que enaltecem o Inter por qualquer coisa e relegam a um segundo plano as coisas positivas do Grêmio, hoje um time sem rival à altura no Estado, fato que não é destacado nas rodas esportivas.

Nesta segunda e nos próximos dias, veremos a exaltação de Pedro Lucas, que fez um gol, literalmente, passeando depois de receber um passe do rápido Neilton. Aliás, o oba-0ba já começou nos sites.

Um deles frisa que o jovem atacante jogou apenas 130 minutos e já tem um gol. Outro destaca a ‘emoção gigante’ de Pedro Lucas, que não sei se joga alguma coisa, mas tem porte de centroavante aipim, o que é muito valorizado aqui neste sul texano – como define o cornetadorw.

Mas vamos ao que interessa: li e ouvi gente reclamando do ritmo lento do Grêmio. Ora, é muita vontade de criticar. Tem gente cobrando que o time deveria ter se empenhado mais, mas são tão poucos que nem merecem mais do que essas linhas. Quem foi à Arena sabia que tipo de jogo iria assistir.

O que se viu foi um Grêmio que respeitou o adversário tecnicamente inferior, e que casualmente é o meu clube de iniciação no futebol – sou natural de Santa Cruz do Sul.

O Grêmio respeitou marcando firme, mas sem forçar muito as jogadas. Seus jogadores evitaram as disputas ásperas de bola, mas também na deram moleza.

Se tivesse forçado, é certo que a goleada seria retumbante, antológica.

Só estranhei que Renato dessa vez não fez aquele gesto tradicional para o time tocasse mais a bola, após a vitória assegurada, a exemplo do que fez num Gre-Nal recente com ‘peninha’ do rival.

Sobre o jogo, além da dupla Éverton/Luan, craques formados na base tricolor, destaque para Leonardo, que está se revelando um lateral mais do que confiável. O gol que marcou, belíssimo, vai contribuir para que ganhe mais confiança para arriscar no campo ofensivo.

Agora, nada supera o gol de Felipe Vizeu. Ele, que havia entrado minutos antes, quase no final do jogo ampliou para 6 a 0 com um chute em curva, da ponta da área pela direita.

Com Jael indo embora para a China e André seguindo em marcha lenta, a camisa 9 parece que já tem dono. Questão de tempo.

PÊNALTI

aos 25 minutos, pênalti de Cuesta – quem viu o jogo vai concordar com o que já escrevi, que se trata de um Bressan com grife – sobre o Brian Rodriguez. O juiz estava próximo do lance, mas não marcou a falta dentro da área. As imagens que circulam pela internet são muito claras. Até os analistas vermelhos tiveram que admitir que houve pênalti.

No final, o Juventude ainda descontou. Se o pênalti tivesse sido marcado, é possível que o resultado fosse outro.

Bem, nada de novo nesse aspecto no regional noveletiano.

Sobre a briga, expulsões corretas. Não entendi por que Pottker, que iniciou a confusão, ficou sem punição. Nico, que tem sido o melhor jogador colorado, e Sallinas foram expulsos corretamente.

FLAMENGO

Em todos o país, homenagem aos jovens mortos no CT do Flamengo. Uma tragédia que poderia ter sido evitada, como outras recentes.

Negligência, incompetência, ganância e impunidade andam de mãos dadas no Brasil. Isso talvez ajude a explicar a tragédia que vitimou jovens cheios de planos e sonhos.