Força máxima no Brasileiro e na Libertadores

A menos de quatro meses do final da temporada, o Grêmio tem como saldo zero título, e isso no ano em que encantou o país e deixou cada gremista orgulhoso de seu time pela qualidade superior do seu futebol.

Por enquanto, é esse futebol envolvente e encantador que mantém acesa a esperança de ainda comemorar um campeonato.

O fato é que os três títulos mais fáceis de serem conquistados o Grêmio deixou escapar, e não importa aqui as razões que levaram o clube a perder outro Noveletão, a Primeira Liga e, principalmente, a Copa do Brasil.

Se as outras duas competições o Grêmio negligenciou, a CB era, de acordo com o planejamento, a taça a ser conquistada para poder focar apenas na Libertadores, largando de vez o Brasileirão.

A gente sabe que torneio mata-mata é normalmente o caminho mais rápido para um título. Há quem confunda rápido com fácil. O Grêmio deixou escapar a CB, e agora se vê numa situação complicada. São duas competições pela frente, justamente as mais difíceis.

O Grêmio, ou seja, sua direção e sua comissão técnica, já faz tempo optaram pela CB em detrimento do Brasileirão. Foi uma decisão radical que contrariou a maioria de sua torcida.

Eu concordei com a opção pela CB, mas pensava que seria possível ficar no meio termo: jogar com um time misto, poupando basicamente aqueles jogadores que realmente estivessem necessitando de uma pausa. Contra o Sport, em Recife, tivesse no banco jogadores do time principal talvez o Grêmio tivesse impedido a reação do adversário, que virou o jogo.

A virtude está no meio-tempo, já dizia o ‘centroavante grego’ Aristóteles, que fazia dupla de ataque com Sócrates, este ídolo no Corinthians. Não sei, mas acho que estou misturando as coisas.

Diante disso, contra o Vasco, no Rio, penso que o Grêmio deva jogar com o que tiver de melhor física e tecnicamente.

Quem perdeu três competições no ano não pode mais abrir mão de nada. Priorizar a Libertadores, tudo bem, mas manter um time forte e competitivo no Brasileirão é imperativo.

É difícil alcançar o Corinthians, sim, mas qualquer time por mais experiente que seja sente o bafo na nuca e começa a tremer. Já aconteceu isso com o próprio Grêmio tempos atrás.

Entrar com um time capaz de vencer o Vasco é obrigação. Ainda mais depois de uma semana só de treinamentos.

De minha parte, acredito no bem senso dos homens que tão bem estão comandando o clube.