Grêmio vence e Inter segue protegido pelos ‘deuses do futebol’

Começo a escrever depois de ver um golaço de Valdívia e outro golaço maior ainda de D’Alessandro, além de um gol anulado do Atlético que na área oposta seria confirmado, porque puxões e empurrões na área em escanteios ocorrem sempre e só são assinalados quando o árbitro quer.

O Inter está garantindo sua classificação, encaminhada em Belo Horizonte com o empate por 2 a 2.

O Grêmio, assim como o Inter, atingiu seu objetivo nesta quarta-feira de muito futebol. O adversário era o CRB, adversário teoricamente fraco que o Grêmio, com sua nova formatação, confirmou ser fraco também na prática. Já houve casos, e recentes, em que o Grêmio se deu mal contra adversários iguais ou até piores.

Portanto, é preciso parar com esse coitadismo e enaltecer a grande vitória por 3 a 1 no campo, ou potreiro, sobre o time alagoano.  Ainda mais que o Grêmio com três volantes – vejam só! – chegou aos 3 a 0, e poderia ter feito mais, até passar àquela etapa do ‘precisamos administrar a vantagem’.

Na real, a estratégia foi correta. Afinal, há um jogo sábado em Curitiba pelo Brasileirão. Então, nada mais razoável do que diminuir o ritmo. Mas não precisava diminuir tanto. O CRB passou a ameaçar.

Luan, no final, poderia ter feito mais um em grande jogada de Douglas – ele ainda pode ser útil como alguém que entra no decorrer do jogo -, mas o guri exagerou na sofisticação e mandou por cima. Mesmo assim, foi o grande destaque do jogo.

Depois dele, outro guri, o PedroRocha. Ele fez um gol em jogada individual e outro num cruzamento do craque do jogo, Luan.

Aí eu fico me perguntando onde andava Pedro Rocha quando o time precisava dele, por exemplo, nos grenais?

Alguém precisa explicar o que aconteceu. Não prestava e agora entra para fazer dois gols e mostrar bom futebol.

Bem, o importante é que o esquema com três volantes mostrou que não é tão defensivo quanto pensam alguns. Depende muito de quem são os volantes. No caso do Grêmio, são jogadores com boa técnica e boa transição defesa-ataque.

Demorou, mas Felipão parece estar encontrando uma forma mais competitiva e realista, mais adequada aos jogadores que ele têm à disposição.

Aliás, algo que eu já vi faz tempo.

INTER E A QUARTA ENTREGADA

Termino este texto com o Inter vencendo por 3 a 1, com o Atlético dominando e fazendo por merecer não apenas o empate, mas a vitória. Mais uma vez, uma entregadinha do adversário, a quarta em quatro jogos seguidos.

Realmente, os deuses do futebol, ou como isso tudo pode ser chamado, estão conspirando a favor do Inter.

Sem contar que quase no final do jogo houve um pênalti sobre Jõ, puxado na área por Juan. Até o Márcio Chagas viu esse pênalti, algo raro.

Então, o mesmo puxão/empurrão que serviu para anular o gol do Atlético não serviu para dar pênalti para o Atlético quando o jogo estava 2 a 1.

Deve ter sido muito bom o churrasco…