Nó tático nas cabeças dos doutos do futebol

A vitória sobre o Botafogo, adversário direto no grupo de elite do Brasileirão, o G-4, seria difícil ao natural. Ficou quase impossível com a expulsão de Kleber, um exagero do árbitro, que deu o vermelho direto quando coubesse apenas o amarelo – o que resultaria na expulsão de qualquer maneira.

Impossível é um vocábulo que não parece existir no dicionário do Grêmio e de seu treinador, que já foi apontado como apenas um ‘sortudo’, passando por um ‘motivador’ – tudo numa tentativa de depreciar o seu trabalho – e que hoje já merece figurar na galeria dos técnicos ‘estrategistas’.

Acho difícil que, do alto de sua soberba e pseudo erudição tática, os analistas futebolísticos, com seus hexágonos mirabolantes e triângulos invertidos, da praça vão reconhecer o alto nível do trabalho de Renato, que tornou um time perdedor em vencedor em poucas semanas, e que dispensa a experiência e a qualidade de Elano e Zé Roberto – o que eu considero um equívoco, mas me rendo.

Quem sou, um mero palpiteiro, para questionar quem está vencendo e, ainda está dando um ‘nó tático’ na cabeça de muita gente, entre eles muitos gremistas, que não conseguem entender, e aceitar, que um time com 3 zagueiros e 3 volantes – para essa gente não importa se os volantes têm qualidade para armar e concluir, são volantes, e pronto! – seja hoje vice-líder isolado do campeonato.

Esse pessoal todo torce para que o Cruzeiro, com seu futebol ‘bonito’ e mais explicável, seja campeão. Não faltará quem diga ‘para o bem do futebol brasileiro, com sua arte e sua malícia”.

Será insuportável para essa gente, os doutos do futebol, ver o Grêmio com seu pragmatismo estratégico e seu futebol que não se envergonha de dar chutão quando preciso, ser campeão brasileiro.

Vice ainda seria tolerável.

GOLAÇO

Alex Telles já era alvo de chacota no próprio grupo por quase nunca acertar um chute.

Pois ontem ele acertou a goleira de Jeferson em grande estilo. Marcou um golaço depois de receber a bola da linha fundo lançada por… um volante. O Rivero como um ponta-esquerda rolou na medida para Alex, que dominou e chutou forte no ângulo. Um golaço. O primeiro de muitos, sem dúvida.

A EQUIPE

O time do Grêmio começa com um goleiro gigante. Gigante no tamanho, no caráter, no profissionalismo e, claro, no talento. Ontem, ele fez mais uma defesa salvadora. A única praticamente no jogo, mas uma defesa muito difícil, com a bola ainda desviando no meio do caminho. Ele teve reflexo e agilidade para defender.

Pará e Alex Telles de novo foram muito bem. Pará chega a emocionar por sua dedicação.

O trio de zagueiros foi impecável. Rodolpho o melhor.

O trio de volantes foi soberbo. Destaque para o PGV, o Ramiro.

Na frente, Barcos útil como sempre, mas cada vez menos centroavante.

Kleber, depois de longo tempo, foi expulso.

Gostei do Lucas Coelho, que entrou quase no final.

Quem queria um técnico de optasse pelos jovens em detrimentos dos medalhões deve estar soltando foguetes e armando um altar para Renato em sua casa.

DÓRIA

Está aí um zagueiro que eu nunca contrataria. Deus cinco chutes pretensamente a gol. Foram todos para fora do Maracanã. Felizmente, claro.

O TÉCNICO

Clemer fez a sua parte. Deu uma ajeitada no time, motivou os jogadores e deu mais confiança ao grupo em geral.

Não fez nada mais do que isso, até por uma questão de tempo. Fez o que podia fazer. E foi o suficiente. O Inter voltou a vencer, mas não jogou tão bem quanto li e ouvi.

Mas o que importa é o resultado.

O Inter não jogou bonito, mas foi eficiente.

O Fluminense jogou sem alguns jogadores importantes, e isso ajudou o time colorado.

Com a vitória o Inter se afasta de vez do grupo do rebaixamento e fica tranquilo para sonhar com algo melhor no campeonato, no máximo uma vaga no G-4.

Agora, se Clemer tem bala na agulha para continuar? Acho que não.

Este é um momento em que não se pode apostar em alguém que recém dá os primeiros passos na função.

É tiro curto. Então, Celso Roth. O problema é que Roth, que não é bobo, quer um contrato até o final de 2014.

Ou seja, garantir uma grana porque no meio do caminho ele será demitido.

E fica o clube com essa dívida.

No final, ainda fico com a minha informação inicial: LISCA.

UNIÃO

Confiram no cornetadorw.blogspot.com as imitações de Koff e a história do vestiário unido.

Acho que vem agora o ‘vestiário unido parte 2’.

Ah, alguém acredita vestiário unido com D’Alessandro dando as cartas?