Pará, a cara do futebol do Grêmio

Quando eu olho para o time e começo a achar que o Pará é um dos melhores porque não se esconde, participa (até demais) e não se entrega com aquele seu topete vistoso de escova de dente, percebo que o Grêmio continua instável, e a partir daí tudo pode acontecer. Tudo.

Pará é o símbolo desse Grêmio. É o símbolo do que estou cansado de ver. Estou cansado de ver os jogadores do Grêmio correndo e lutando, trombando, caindo e se erguendo como guerreiros incansáveis, que não se entregam e lutam até o fim de suas forças.

Eu quero basicamente uma coisa: um time que jogue futebol com qualidade, passes precisos, metidas de bola, lançamentos que deixam o atacante na cara do gol, cruzamentos mortíferos, dribles desconcertantes. Ah, dribles, dribles como os que Renato nos brindava no começo dos anos 80.

Domingo, no Gre-Nal, eu vi, todos vimos, um Grêmio aguerrido, lutador, bravo mesmo. Mas, vamos admitir, um Grêmio de futebol ruim. Ruim. Tão ruim como o desta noite na derrota para o Coritiba por 1 a 0. A diferença é que contra o Inter havia mais entrega. Afinal, Arena lotada, Gre-Nal. Mas futebol mesmo, que é bom, nada. Nem por parte do Grêmio nem por parte do Inter.

O Grêmio perdeu para o Coritiba porque Renato mudou o esquema, dizem por aí aqueles que sempre têm uma explicação para tudo. Que esquema? Há quanto tempo o Grêmio não tem esquema, é um vazio tático e técnico.

Contra o Inter, o Grêmio tomou um gol do centroavante dentro da pequena área, sem que qualquer um dos tais três zagueiros estivesse por perto. O mais próximo era Pará. Olha ele aí de novo, e sempre ele, até o fim dos tempos ao que parece.

Hoje, outra bola cruzada da direita e outro gol do centroavante, sem ser sequer acossado por um zagueiro. De novo, o mais próximo, mas sem qualquer responsabilidade, o lateral-direito Pará, o onipresente.

No intervalo, o meu personagem, o jogador símbolo desse Grêmio que me irrita e me desanima, saiu de campo admitindo, constrangido, que o Grêmio poderia levar uma goleada se não mudasse sua postura, sua atitude.

No final do jogo, ouvi outro jogador falando em atitude. Estou cansado disso. Como se atitude fizesse Barcos ser melhor do que é. Barcos é isso aí. É um centroavante que não faz gols. E que bom seria se ele perdesse gols, o que significaria que o Grêmio cria oportunidades de gols. Mas o Grêmio não cria. E não é porque jogou hoje com três volante ou domingo com três zagueiros. E anteriormente com dois volantes e dois meias.

Seja qual for a numeração do esquema, o Grêmio tem sido um time que cria poucas chances de gol. Os que hoje lamentaram a não repetição dos três zagueiros lembram quantas defesas Muriel fez no jogo? O grande problema do Grêmio está na parte ofensiva, na armação e criação de jogadas.

Alguns chegaram ao cúmulo de dizer que é porque Zé Roberto conduz demais a bola, etc. Zé Roberto está fora. E o time continua sem criatividade, sem ousadia. Outros acusam Elano disso e daquilo. Quando se começa a responsabilizar os melhores é porque estamos próximos do caos.

Alguns já começavam a considerar Maxi Rodriguez titular com base em alguns minutos de esplendor. Paulinho, por causa de um drible no Gre-Nal, já passou a ser apontado como solução criativa na frente. Os dois têm potencial, mas é preciso cautela.

Eu mesmo defendi faz tempo um melhor aproveitamento de Lucas Coelho. Hoje, ele perdeu grande chance de gol, como havia perdido tempos atrás. Por causa disso ele não serve mais? No futebol, sempre tempos muita pressa. Pressa para endeusar; pressa para demonizar.

E isso vale para o treinador. Renato, há três anos, chegou e em poucos dias arrumou o time que se encontrava flertando com a  zona de rebaixamento. Agora, a resposta não está vindo de imediato.

Sei que é complicado ser tolerante e paciente com doze anos de angústia pesando nos ombros, mas a hora é de dar um voto de confiança ao treinador, aos dirigentes e aos jogadores para que em breve Pará deixe de ser a cara do futebol do Grêmio: esforçado e medíocre.

O Melhor Presente para os Pais Gremistas

O melhor presente para um pai gremista teria sido uma vitória no Gre-Nal.

Agora, resta torcer por um título nacional.

Enquanto isso, não podemos nunca deixar de lembrar que o PRIMEIRO título mundial de clubes do RS foi conquistado pelo Grêmio.

A cerveja 1983 – 30 Anos chega para marcar ainda mais a grande conquista.

Não é uma vitória em Gre-Nal, mas também é ótimo presente para o Dia dos Pais.

O kit presente com duas long e um copo custa 35 reais.

Tem ainda o kit com 4 long, a 38 reais.

Vão junto umas bolachinhas de brinde.

Arena merecia um primeiro Gre-Nal melhor

O empate por 1 a 1 foi frustrante. Pra mim, ficou um gostinho de quero mais.

Não que o resultado tenha sido injusto.

Pelo futebol que jogaram, com mais pontapés, encontrões, puxões, do que qualquer outra coisa – foram 59 faltas marcadas, fora as ignoradas pela arbitragem – nem Grêmio e muito menos o Inter merecia vencer.

Foi um jogo ruim tecnicamente, feio mesmo, conforme frisou o atacante Kleber, pra mim o melhor do Grêmio. O melhor no sentido de que lutou muito, fez algumas jogadas, foi participativo. Enfim, incorporou a raça gremista. Kleber foi o melhor ainda nas entrevistas e análises pós-jogo.

Quando digo que ficou um gostinho de quero mais é porque mais uma vez vi faltar qualidade e criatividade do meio para a frente, em especial no acabamento das jogadas.

O Inter também errou na frente, mas o Grêmio, que ficou mais tempo com a bola nas imediações da área rival, foi impreciso no antepenúltimo e no penúltimo passe, sem falar nas raras conclusões efetivas.

Quando vi Elano errando bolas fáceis, pensei se ele com sua experiência e sua técnica erra lances simples, o que se pode esperar dos outros?

No final, o resultado ficou melhor para o Inter, que visivelmente não tinha pressa nas reposições, deixando claro que o empate seria um resultado satisfatório.

Objetivo atingido.

BARCOS e BATISTA

Vi que uns e outros escolheram Barcos o melhor do Grêmio. Futebol é isso, cada um vê à sua maneira.

É como o comentarista Batista, da RBSTV, que continua vendo futebol com uma lente vermelha, o que o impede ser imparcial. São vários exemplos nesse jogo. Fico com o lance em que Adriano faz falta por trás em D’Alessandro e leva corretamente o amarelo. O argentino se estrebucha no chão, parece que quebrou uma costela e fraturou as duas pernas. Em seguida, Pará leva uma entrada também de amarelo e se esparrama no gramado, gritando, gemendo. Lances semelhantes, com ambos os jogadores agredidos valorizando. Mas Batista cita apenas a encenação de Pará. Até que ele se dá conta – alguém deve tê-lo alertado – e volta para completar que ‘foi mesmo falta para cartão amarelo’.

Sobre o Barcos, outra atuação decepcionante. Jogou um pouco melhor do que vem jogando, mas continua devendo, e muito. Com ele de centrovante o Grêmio sempre terá muita dificuldade para fazer gol.

Hoje, só fez porque Kleber arriscou um lance individual e encontrou um Willians precipitado para calçar seu pé dentro da área. Fora isso, talvez o Grêmio estivesse até agora jogando sem marcar gol.

E na cobrança de Barcos, meio telegrafada, quase Muriel defende.

ARBITRAGEM

Fabrício foi melhor do que eu esperava. É que eu esperava uma calamidade. Isso está registrado em comentário anterior.

Houve erros para os dois lados. Concordo que Adriano poderia ter levado um segundo cartão amarelo. O mesmo talvez em relação a Bressan. Mas acho que Willians também poderia ter levado o segundo amarelo ao cometer o pênalti. Sem ele, a jogada do gol de empate, feito por Damião, não aconteceria. Aliás, grande jogada, na qual Adriano participou e só não cometeu falta porque já estava amarelado. Então, uma coisa puxa a outra.

Agora, somando e diminuindo, Fabrício foi bem. Diria até que ele foi melhor que os dois times. Dou nota 7 pra ele e seus auxiliares. Para a dupla, nota 5.

D’ALESSANDRO e o GAUCHÃO

É importante destacar que a arbitragem contou com um integrante inusitado: D’Alessandro.

Mais um pouco, ele saca o apito de Fabrício. Fosse com um juiz de fora do Estado, ele com certeza seria mais comedido. Mas com Fabrício ele até tem uma certa intimidade – aquele abraço no Gauchão os aproximou.

Há quem estranhe o excesso de críticas à arbitragem de Fabrício.

Tudo muito previsível. De tão beneficiado que foi no Gauchão, qualquer coisa que saia do figurino gaudério perturba dirigentes e jogadores colorados.

Só faltou alguém lamentar ao microfone: “No Gauchão não era assim”.

E não era mesmo. Em 90 minutos de Gre-Nal pelo Brasileiro, dois colorados expulsos.

Realmente, no Gauchão era diferente.

No Gauchão do Noveletto, em toda a competição: unzinho sequer.

Realmente, para quem não está acostumado aos rigores da lei, é duro.

DUNGA

O maior erro do Gre-Nal foi cometido por Dunga.

Dunga está fazendo um trabalho muito no Inter, sem dúvida. Mas, no intervalo, ele errou ao deslocar Jorge Henrique para a lateral-direita, um setor que o Grêmio havia explorado muito no primeiro tempo e continuou explorando. O meia-atacante, que até já foi aproveitado na lateral, foi o furo na defesa colorada.

Ele levou dois cartões amarelos em menos de 20 minutos e foi expulso.

Não fosse a incompetência ofensiva do Grêmio, esse erro de Dunga teria sido fatal.

RENATO

Antes do jogo, eu escrevi que queria um Grêmio monolítico, germânico na aplicação e determinação. Defendi três volantes. Renato optou por três zagueiros. Talvez até porque Souza ainda não esteja em plenas condições.

Como escrevi, eu sabia que o ataque gremista criaria pouco, repetindo o que fez na maioria dos jogos. Portanto, defendia que seria preciso ao menos garantir atrás, e tentar aproveitar as poucas chances que fossem surgir.

No final das contas, Grêmio e Inter foram muito parecidos. Firmes atrás e inofensivos na frente.

E quando as defesas se destacam, o jogo normalmente é ruim.

O fato é que a Arena merecia um primeiro Gre-Nal melhor, conforme avaliou Kleber com uma lucidez impressionante.

Um Grêmio monolítico e germânico

Foi rigoroso o tribunal carioca ao punir Vargas com quatro jogos. Assim como foi rigoroso o bandeira que informou ao árbitro ter visto uma agressão de Vargas no jogo em Criciúma.

Vargas não teve a sorte de D’Alessandro. O juiz não foi como Fabrício Carvalho que protegeu o argentino de si mesmo ao envolvê-lo num caloroso e fraternal abraço. E o tribunal carioca não teve a preocupação do tribunal gaúcho com a fome dos carentes ao ‘punir’ Dunga com o pagamentos de cestas básicas que nem cócegas fizeram no bolso do treinador, que denunciara publicamente um complô da arbitragem contra ele.

Coincidência ou não, o Inter terminou o Gauchão campeão e sem um jogador sequer expulso. Recorde digno do Guiness.

CRISE E OPORTUNIDADE

O fato é que Vargas está fora – por lesão e por punição, que espero tenha algum efeito em seu comportamento pouco profissional. Está fora também o Zé Roberto.

Apesar de bons jogadores, eles não estão resolvendo absolutamente nada.

Por isso, é difícil que o time consiga jogar pior do que vem jogando.

Lamento a ausência principalmente de Zé Roberto. Vargas nem tanto, porque ele não demonstra ser um jogador comprometido, responsável, apesar de possuir uma qualidade que prezo muito: o drible. É bem verdade que seus dribles não estão resolvendo absolutamente nada, mas ao menos ele tenta e por vezes acerta. Seria uma alternativa importante para Renato Portaluppi.

São em situações difíceis como essa que podem surgir grandes soluções. Renato terá de descobrir a forma de vencer um Inter completo, numa Arena lotada de gremistas, um trunfo que pode se tornar um pesadelo.

Afinal, 12 anos na fila por um título de expressão torna os torcedores pouco tolerantes e compreensivos.

O mínimo que o torcedor exige é doação, entrega, garra. Enfim, um time com alma, sanguineo, indignado, vibrante. Não essa coisa amorfa e gosmenta em que se tornou sob o (des)comando de Luxemburgo.

Um Grêmio assim até pode prescindir de um ou dois de seus talentos.

Cabe a Renato organizar um time que seja capaz de compensar essas perdas técnicas com jogadores com maior imposição física e vigor para enfrentar as agruras do Gre-Nal.

Falam no uruguaio Maxi. Considero arriscado demais começar com um jogador que nem foi realmente testado. Lembro do que houve com Bertoglio num Gre-Nal.

Eu começaria com um jogador já testado e curtido em Gre-Nal: Souza. Sim, minha índole defensivista aflora em momentos assim. Começaria com três volantes. Adriano proibido de cruzar a linha do meio de campo, e Riveros e Souza marcando e atacando. Mais solto, Elano.

Ah, importante: eu colaria um volante em D’Alessandro. Ninguém suporta uma marcação homem a homem, uma sombra o tempo todo. Ainda mais alguém explosivo e nervosinho.

O que eu quero dizer é que o Grêmio vai para o jogo inferior em termos de individualidades. E precisa assumir isso. Primeiro, neutralizar o adversário. Depois, avançar sobre o campo inimigo e buscar o gol.

Esperar um Grêmio veloz, com saída rápida da defesa para o ataque, é delírio. Se não aconteceu até agora, não será no Gre-Nal que isso pode ocorrer.

Portanto, o melhor é um Grêmio monolítico, germânico e mortal nos poucos golpes que um time assim consegue desferir.

No Brasil, o que mais se assemelha a esse Grêmio que projeto é o Corinthians.

Acho que isso significa alguma coisa.

INTER

O técnico Dunga está longe de ter os problemas de Renato, que tenha administrar a herança maldita que recebeu.

O Inter é um time melhor entrosado. Que tem a volta de D’Alessandro, seu mestre, seu maestro, sua estrela-guia.

Na frente, dois goleadores, Damião e Forlan – opostos de Kleber e Barcos.

Além dos mais, a motivação que faltou em Recife na goleada por 3 a 0, vai sobrar na Arena.

Será um grande jogo.

ARBITRAGEM

Espero que o árbitro Fabrício tenha em mente que o jogo não é de Gauchão, que não vale abraçar jogadores que queiram brigar, porque isso pode determinar o fim de sua carreira na CBF. Esse tipo de procedimento só é tolerado em âmbito regional. As expulsões, dos dois lados, também estão liberadas.

Desejo ardentemente que Fabrício tenha a melhor atuação de sua vida.

Uma derrota previsível e a decisão política

Antes de jogar pedra em seu próprio time, é preciso olhar para o adversário.

O Corinthians é melhor e foi melhor que o Grêmio. Mereceu vencer, não por 2 a 0, que o segundo gol foi mais um acidente de percurso.

O Corinthians é o atual campeão do mundo, tem um time que joga junto há quase dois anos. Já o Grêmio vem tentando se ajeitar como o sujeito que troca pneu com o carro andando.

Antes do jogo, cheguei a pensar em propor que o Grêmio jogasse com time misto para se preservar para o Gre-Nal. Afinal, pegar o Corinthians fora de casa é projetar que empate é quase uma vitória. E que uma derrota não tem nada de anormal, ao contrário.

Grêmio e Corinthians faziam um daqueles jogos mornos. Assim como um casal em começo de namoro, nenhum deles tinha coragem de tomar a iniciativa e avançar mais agressivamente.

Se eu pudesse, assinava um contrato em 0 a 0 naquele momento.

Eram 20 minutos quando Zé Roberto pediu para sair. Lesionado, é dúvida para o Gre-Nal. Zé Roberto é um que eu pouparia pensando no clássico, e agora ele corre o risco de ficar de fora.

A partir daí a história do jogo mudou. Tite mandou o seu time avançar a marcação e o Grêmio ficou sem poder de reação. Elano não conseguia dar continuidade a uma jogada sequer e Biteco só corria como uma barata tonta pelo lado esquerdo.

Na frente, Kleber era um guerreiro incansável, mas pouco inspirador. E Barcos, francamente, uma figura opaca, completamente submissa à marcação.

Já os dois volantes foram soberbos em termos de combatividade. Adriano e Riveros garantiam o empate.

O primeiro gol foi um descuido de marcação aliado ao talento do atacante Guerrero, que livrou-se do marcador e chutou forte, cruzado. Dida defendeu, mas a bola sobrou para Émerson.

Não culpo Dida pelo gol, porque foi um chute forte, cruzado. O ideal é que ele mandasse a bola para fora, mas penso que era mesmo uma jogada muito difícil e ele procurou acima de tudo defender da maneira que era possível. Duvido que outro goleiro fizesse diferente.

Émerson, pelo que mostrou a TV duzentas vezes, estava em impedimento. Mas foi uma questão de centímetros. Nao tem como responsabilizar o juiz ou o bandeira.

Gostei demais da arbitragem de Alício Pena Jr. Tranquilo, passou serenidade e confiança aos jogadores. Foi uma aula de arbitragem.

Está aí um juiz que cairia bem no Gre-Nal.

No segundo tempo, o Grêmio foi mais agressivo. Mas aí faltou qualidade ofensiva. Barcos continuou presa fácil da marcação, Kleber lutava de tudo que é jeito.

Guilherme Biteco e Elano tentaram jogadas, mas sem criatividade e sempre diante de forte marcação. Não é por nada que o Corinthians quase não leva gol. Há aí todo um trabalho, entrosamento.

Eram uns 30 minutos quando Renato colocou Vargas, sacando Biteco. Ele poderia tirar um volante, mas Biteco não estava dando nenhuma contribuição relevante. Portanto, não é por aí que se explica a derrota, nem o segundo gol.

Vargas entrou e não aproveitou as poucas bolas que recebeu. Gostei quando Renato colocou Lucas Coelho no lugar de Barcos, quase no final. É um indicativo de que Renato já descobriu que o guri pode ser o camisa 9, o jogador de área que Barcos não está conseguindo ser.

Perder nunca é bom, mesmo quando se trata de uma derrota previsível como essa diante do forte Corinthians, um time de operários, alguns muito qualificados, incansáveis e compenetrados.

Uma derrota desse tipo antes de um Gre-Nal não abala, pelo contrário, motiva ainda mais.

O Grêmio vai mordido para o clássico. O problema é que talvez sem Zé Roberto.

DUAS TORCIDAS

A BM afirmou que não tinha como garantir a segurança no Gre-Nal com duas torcidas. Era uma avaliação técnica. Aí, veio a ‘avaliação’ política. O Gre-Nal terá duas torcidas. A política atropelou a avaliação técnica, ou supostamente técnica do comando da BM.

O Grêmio corre o risco de sair perdendo feio nessa. Se der conflito dentro ou fora da Arena, dificilmente o segundo jogo terá duas torcidas.

Ainda mais num estádio em que foram instaladas arquibancadas móveis.

Acho que foi mal a direção do Grêmio nesse caso.

O fato de serem apenas 1.500 colorados não significa muita coisa. A gente sabe do que é capaz um pequeno grupo de indivíduos mal intencionados no meio da multidão ordeira, mas com a adrenalina a mil.

Brincando com fogo

Foi anunciado o gaúcho Fabricio Neves Correa para apitar o Gre-Nal 397.

Por que simplificar se podemos complicar? Esta deve ser a máxima reinante nos corredores e subterrâneos da CBF.

Nove entre dez torcedores gostariam de ver um árbitro de outro Estado.

Esta é uma das raras situações em que gremistas e colorados tem opiniões convergentes.

Nada contra os juízes locais. Boa parte deles é melhor que a maioria dos juízes de outros estados.

A questão é a influência, a pressão, é tudo o que cerca o clássico.

O jogo de domingo, então, promete ser explosivo, mesmo com uma só torcida, no que concordo com a BM.

Se a BM não consegue impedir que torcedores ingressem nos estádios com sinalizadores e outros artefatos como poderá controlar adequadamente torcidas tão dispostas a confrontos físicos?

O fato é que esse primeiro Gre-Nal na Arena tem uma carga emocional intensa desde já.

O melhor que a CBF poderia fazer neste momento é recuar estrategicamente. Fabrício poderia sentir uma lesão muscular e ser substituído. Nada contra Fabrício, que apitou dois clássicos, com uma vitória para cada time. É um bom juiz, mas o seu problema é que ele é daqui, como a Polar, como a 1983, como a usina do Gasômetro…

O Gre-Nal, ao natural, é complicado. Com um juiz da casa, então, pior ainda.

A partir de agora começam as especulações sobre se ele é gremista ou colorado. Tanto faz.

O problema é que ele não é paulista, carioca, mineiro…

Não gostaria de estar na pele do Fabrício, a quem desejo desde já muita sorte e felicidade.

Eu, no lugar dele, viajaria para longe – um lugar sem internet, rádio e TV -, e só voltaria na hora do jogo, descendo de helicóptero na Arena.

SÁBIA DECISÃO

Renato, ao contrário da CBF, não brinca com fogo. Sabiamente, ele afastou Cris da viagem para SP. Entrou Rodolpho na delegação. Souza é outro que viaja.

Em relação ao jogo contra o Corinthians, preocupante que Vargas e Kleber estejam pendurados com cartão amarelo. Pela lei das probabilidades, pelo menos um deles ficará fora do Gre-Nal.

Outra preocupação é com Zé Roberto, que será julgado pelo STJD, e pode ser suspenso, ficando fora do clássico.

EXCESSOS POLICIAIS

Recebo do parceiro de Boteco, o Fábio Rubenich, o seguinte material, que tem tudo a ver com a agressão sofrida por um torcedor gremista domingo na Arena. A diferença é o tratamento dado pela mídia, conforme destaca o Fábio:

Aconteceu no Beira Rio, em 2005. Conforme notícia do próprio site do Internacional:

“A partir de uma briga localizada, de fácil controle, os soldados criaram um tumulto generalizado e passaram a reprimir o restante de torcedores. De maneira exagerada, arremessaram bombas de efeito moral e deram tiros de borracha sobre torcedores inocentes, entre eles crianças e mulheres, que ficaram feridos devido à forma como os policiais agiram.”

Como se vê, foi algo muito mais sério em relação ao tamanho da confusão de domingo na Arena. Contudo, naquela época, absolutamente NENHUM jornalista da Imprensa Esportiva Gaúcha, que alguns gremistas chamam jocosamente de Imprensa Vermelha Isenta (IVI), ousou fazer uso da palava INTERDIÇÃO, muito menos supor que O CLUBE PODE SOFRER SÉRIO PREJUÍZO NO TRIBUNAL, ou então ficar ligando para o tal procurador do STJD e ficar botando lenha na foqueira, como fez nesta segunda-feira um repórter da Rádio Gaúcha.

“Inter x Fluminense era para ser uma festa e acabou com cenas de batalha. Ao final da partida, a Brigada Militar entrou em confronto com a torcida e cenas de guerra foram vistas dentro e fora do estádio, inclusive com muitos feridos”, noticiou o Correio do Povo no dia seguinte.

Grêmio passa por cima do Flu e da arbitragem

Nesses tempos em que não existe muita diferença entre as equipes de um modo geral – aos que leem o que querem e não o que está escrito, alerto que escrevi que não existe MUITA diferença, o que não significa que todas as equipes são do mesmo nível, e a vitória do então lanterna Náutico por 3 a 0 sobre o então líder Inter está aí para confirmar – um jogo pode se tornar mais fácil ou mais difícil por detalhes.

Por exemplo, o Grêmio penou para vencer o Fluminense por 2 a 0. Primeiro, por sua própria culpa, já que ficou todo o primeiro tempo praticamente olhando o adversário trocar bolas sem se impor como deveria, o que acabou acontecendo um pouco no segundo tempo. Segundo, por causa da arbitragem.

O árbitro foi muito mal no jogo, e acho que é por ruindade dele mesmo. Rafael Sobis deu uma cotovelada em Adriano logo no começo, e ficou por isso mesmo. Por lances similares, o Grêmio teve dois expulsos em Criciúma e acabou derrotado em um jogo em que, dentro da normalidade, somaria três pontos.

Depois, Barcos foi puxado e em seguida pisoteado maldosamente dentro da área do Fluminense, junto à linha de fundo. Pênalti que o pipoqueiro que estava fora do estádio viu. Eu vi na hora a falta sobre Barcos. Mas dou um desconto para o juiz, que pode ter concluído que houve troca de puxões no lance e então deixou por isso mesmo.

Foram dois erros que facilitariam a vida do Grêmio, que realmente não fazia uma boa partida.

BATISTA

Agora, pior que o juiz foi o comentarista da RBS TV, o Batista. Mesmo depois de rever o lance ele continuou insistindo que Barcos também havia puxado e agarrado o zagueiro, o que não aconteceu. Batista só pode ter visto o lance através de uma lente vermelha. São raros os lances em que ele se posiciona a favor do Grêmio, mesmo lances tão claros como foi esse para quem via pela TV.

Depois, no segundo tempo, quando o Fluminense perdeu o gol incrível, com a bola batendo na trave e Dida completamente batido, ele parecia estar lamentando a ausência de Fred. Penso que esse tipo de comentário é um desrespeito ao Grêmio e à sua torcida, que não paga o ‘peiperviú’ para ouvir comentarista distorcendo lances como esse envolvendo Barcos.

SEGUNDO TEMPO

Ao contrário do que acontecia até pouco tempo, o Grêmio voltou para o segundo tempo com mais velocidade na frente e com um futebol mais vertical, buscando o gol e apertando a marcação.

Todo o time pegou junto. Com isso, o Fluminense já não ficou tão à vontade para tocar a bola.

Contribuiu para isso, é claro, o gol marcado logo no começo do segundo tempo. Alex Teles, que por si só está justificando todo o investimento feito na contratação de jogadores do Juventude, fez grande jogada, foi ao fundo como um guri impetuoso e cruzou como um veterano. A bola foi na medida para Riveros, que cabeceou com estilo para a rede.

Riveros, aliás, foi muito bem. Mesmo desentrosado, já deu para perceber que aí está uma contratação que acrescenta qualidade, disposição e vigor ao time.

O Fluminense está mal no campeonato, mas seu time é muito bom. Está entre os melhores do campeonato. Então, foi complicado para o Grêmio manter a vantagem.

Não gostei do número excessivo de faltas diante da área. Ainda bem que o Flu não as aproveitou.

Quase no final, aos 39, o mini volante Ramiro deu um passe precioso, coisa de quem tem boa visão de jogo e qualidade, deixando Kleber sozinho para marcar, desviando com muita categoria do goleiro. Está aí o jovem meiocampista do Juventude mostrando que compensa a baixa estatura com marcação firme e boa presença no acabamento de jogadas.

O Grêmio se mantém na linha de frente, e isso é fundamental para quem almeja algo mais do que um papel de coadjuvante. Não fosse o desastre em Criciúma, o Grêmio estaria disputando a liderança, um indicativo de que Renato está mesmo arrumando a casa.

Não espero um futebol vistoso, o que só poderá vir com mais alguns jogos. O importante agora é vencer, inclusive passando por cima de arbitragens ruins e comentários tendenciosos.

AFLITOS

O Inter patinou feio justo na hora em que estava embalado. A sorte que sobrou nos últimos jogos faltou ao time de Dunga na Arena Pernambuco. O Inter teve boas chances para marcar, mas as desperdiçou. Na verdade, os dois times criaram inúmeras oportunidades, mas o Náutico foi mais feliz nas conclusões.

Aliás, o sistema defensivo do Inter voltou a mostrar que não é confiável.

O resultado deixou aflitos os colorados, que andavam empolgados com o crescimento do time.

ARENA

Domingo de sol, grande jogo e público de apenas 30 mil. Esperava no mínimo 40 mil.

Migalhas de felicidade no futebol

Ando vivendo com migalhas de alegria no futebol.

Em outras coisas, minha vida é um prato cheio de felicidade.

Agora, no futebol, é decepção sobre decepção. Frustrações que se acumulam por anos a fio.

Por isso, comemoro qualquer migalha, como o meu cão, o Elvis, que vibra de emoção e contentamento quando jogo para o ar um pedacinho de pão, cenoura, brocolis (sim, ele não despreza nada), migalhas que ele abocanha feliz, e fica abanando o rabo querendo mais.

Eu não abano o rabo, mas fico feliz com certas coisas, mesmo coisas pouco nobres, como rir da desgraça de elementos do futebol que contribuíram para esse acúmulo de frustrações levando o Grêmio a fracassos.

Por isso, vibrei com um levantamento que acabei de ver no blog do paulinho, e que atinge em cheio o Luxemburgo.

Aos admiradores do Luxemburgo, aqueles que gritaram ‘fica’ e até hoje não se arrependeram, minhas desculpas.

Mas é como eu admiti logo acima: estou igual ao meu cãozinho, feliz com migalhas, já que título mesmo, que é bom, nem o Gauchão.

Confiram:

http://blogdopaulinho.wordpress.com/2013/07/26/pofex-sem-libertadores/

CERVEJA 1983 – 30 ANOS

Além de migalhas, me alimento também de lembranças felizes. A vitória do Mazembe, por exemplo, me nutre mais que uma picanha no ponto.

Nada supera, contudo, o que aconteceu em 1983.

Grêmio, primeiro clube gaúcho a conquistar a Libertadores (em 28 de julho) e o Mundial. O segundo a chegar lá esperou 23 anos.

Por isso, enquanto novos títulos não chegam, me divirto fazendo a cerveja 1983, agora com uma edição especial comemorativa aos 30 anos das conquistas que orgulham a todos os gremistas e que estão eternizadas como as primeiras.

Entre a Transiberiana e Marte, melhor lutar

O Grêmio só depende de si mesmo. Tem uma baita torcida, tem o melhor presidente de sua história, tem um treinador mais do que ligado ao clube e, sim, tem um bom time, um time que só precisa encaixar e reencontrar sua identidade para arrancar rumo ao topo.

Estou convencido de que não fossem a imaturidade de Matheus Biteco e a atitude irresponsável de Vargas o Grêmio teria vencido o Criciúma. Mas perdeu, como outros irão perder em Criciúma.

Resta agora reagir. Pouco importa se o Inter encarreirou quatro vitórias seguidas no Brasileirão, se o indivíduo aquele é campeão da Libertadores, e se a OAS já tem autorização para demolir o Olímpico.

Sim, é peso demais. Sou um sobrevivente dos anos 70. Foi a primeira Onda Vermelha. Quase me afoguei, mas recuperei minhas forças com a conquista do Brasileiro de 1981 e, principalmente, com a Libertadores e o Mundial de 1983, títulos conquistados 23 anos antes – vocês sabem do que estou falando – e que completam 30 anos neste sombrio 2013.

O bi da Libertadores na década de 90 e o quase bi mundial, perdido porque pela primeira e única vez na história um jogador – Rivarola – foi expulso por causa das imagens do telão que havia no estádio, e também porque exímios cobradores de pênalti erraram como nunca antes haviam errado.

Era muito olho grande.

O fato é que a maravilhosa década de 90 me fortaleceu e só por isso resisti à segunda Onda Vermelha, na verdade um tsunami arrasador.

Neste exato momento pressinto o mar recuando, um silêncio ameaçador, prenúncio de um novo tsunami, a Terceira Onda Vermelha pode estar a caminho. Não sei se serei forte o suficiente para resistir.

Pensei em viajar. Não gosto de avião. A ideia de sobrevoar o Atlântico ou o Pacífico me assusta. Minha primeira ideia foi conhecer a transiberiana, cruzando a Rússia, a Mongólia e a China. Talvez me estabelecendo na Mongólia.

Mas nesse mundo globalizado não sei se teria alguma eficácia essa viagem. Talvez reclusão em algum mosteiro ou uma temporada – longa, muito longa – no Tibet. A ideia não está descartada.

Pensei até numa viagem para Marte. Uma empresa holandesa abriu inscrições em abril deste ano para levar civis para Marte. Centenas já se inscreveram. Soube que pelo menos um gremista está na lista. Suspeito que seja o inquieto RW, da Corneta, ou o implacável Demian, que, aliás, flagrou um tuíter do MP do Estado saudando a chegada do centroavante argentino Scocco.

Em meio a esse tormento interno e externo, já estava mandando o email quando descobri que a viagem é para 2023, ano em que o PT provavelmente estará em seu sexto mandato – talvez com Lulinha, o filho de Lula, na presidência -, rumo à eternização no poder.

Então, por comodismo ou covardia, decidi ficar aqui. Decidi acreditar. Já passei por situações piores, conforme relatei, por que não enfrentar mais uma?

A forma que encontro é manifestar minha confiança e meu apoio ao presidente multicampeão.

Fábio Koff  é o homem certo para este momento delicado do clube. Já provou isso no caso da Arena.

Fosse qualquer outro, com certeza eu estaria agora jogando a toalha e tratando de comprar um terreno na Lua.

CENI

Está na hora de Rogério Ceni sair de cena.

Ele falhou no gol do Inter. Foi um chute no contra-pé, mas um chute fraco. Um passo para o lado direito e defenderia até sem dificuldade. Faltou reflexo e agilidade. O peso da idade. Ceni tem tomado muitos gols ultimamente.

O time do São Paulo está longe de ser tão desgraçado para acumular tantas derrotas. Nem Autuori é tão ruim para perder quatro seguidas.

O melhor que Ceni faria agora é tratar de uma despedida honrosa. Antes que a torcida comece a pedir a saída de seu maior ídolo dos últimos 10 ou 20 anos.

Inter com a benção dos deuses do futebol

Como eu ia dizendo, jogar em Criciúma é sempre muito difícil.

No comentário anterior, eu havia previsto dificuldades, mas não imaginava que as dificuldades começariam no ‘seio’ do time gremista.

A desgraceira toda começou aos 20 minutos, com a lesão de Werley e a entrada de Cris, o que é sempre uma temeridade.

Mas como eu sempre digo, nada está tão ruim que não possa piorar.

Dois minutos depois, Matheus Biteco, que estava bem no jogo, sofreu falta e ao girar o corpo levou a mão na cabeça do adversário. Foi um tapa que pegou de raspão. Em cima do lance, o juiz não perdoou e vermelhou o guri.

Então, uma coisa puxa a outra: aos 25, gol do Criciúma. De quem? Dele, claro, o W. Paulista, que não joga nada mas sempre faz gol no Grêmio.

Dida saltou tarde na bola. Foi uma falha, não uma FAAAALHA. Mais adiante, ele compensou com importantes defesas.

Foram cinco minutos de terror. Cinco minutos que decidiram o rumo do jogo.

Mas o Grêmio buscou o empate mesmo com um a menos, com Zé Roberto recebendo uma bola enfiada por Ramiro ou Elano. Zé Roberto fez um gol com muita técnica e frieza. Não é para qualquer um.

No segundo tempo, ainda bem estruturado com dez jogadores, o Grêmio foi punido com outra expulsão. Vargas foi flagrado por um bandeirinha acertando um pontapé num adversário, lance que foi recuperado pela TV. Quer dizer, uma irresponsabilidade.

A partir daí, o negócio era garantir o empate.

O Grêmio foi guerreiro, heróico mesmo. Sofreu o segundo gol, mas lutou até o fim. Estão de parabéns aqueles que resistiram e correram o tripo para compensar a ausência de dois inconsequentes.

Agora, é inaceitável esse descontrole emocional que desfalcou o time e o levou a perder três pontos.

Qualquer análise técnica e tática sobre o time nessa derrota por 2 a 1 fica prejudicada.

HOTEL

O técnico Renato reclamou no final do jogo de a delegação ficar hospedada a cerca de 100 quilômetros do local do jogo. Eu não sabia disso. Não justifica nada do que aconteceu nos 90 minutos, mas sinaliza uma falha absurda na logística para o jogo.

Quem cuidou dessa parte também merece um cartão, no mínimo um amarelo.

LUIGI E OS DEUSES DO FUTEBOL

Já não tenho mais dúvida. Além de ser o ‘melhor presidente para negociar do futebol gaúcho talvez de todos os tempos’, Luigi está assim assim com os deuses do futebol.

Não assisti ao jogo do Inter em Caxias. Quer dizer, assisti aos minutos finais, a partir dos 40 minutos. O suficiente para ver Juan marcar o gol da vitória sobre o Flamengo.

Soube que foi um jogo igual, parelho, que o empate cairia bem em termos de justiça no futebol. Mas não há justiça em lugar algum, quanto mais no futebol.

Mas aí entraram em campo mais uma vez nos últimos jogos os deuses do futebol, que elegeram o Inter como bola da vez para vencer até quando o time não faz por merecer.

Contra o Fluminense parece ter havido uma conspiração astral para o Inter vencer. Duas falhas clamorosas, Muriel defendendo tudo, vitória por 3 a 2.

Então, quando um time vence até quando não faz por merecer, é um sinal de que tem a benção dos deuses e anjos do futebol. E aí ninguém segura.

Não há secação que resolva.