Grêmio perde pênalti e outras situações de gol em sua estreia na série B

Nos últimos 10 ou 15 minutos do jogo deste sábado, em Campinas, ‘torturante como um ‘Band-aid’ no calcanhar’ (como compôs João Bosco para interpetração da grande Elis), o Grêmio chamou a confusa e frágil Ponte Preta para o seu campo e terminou sofrendo uma pressão, nada muito ameaçador, mas com certeza preocupante.

A estreia do tricolor na série B (escrevi A, mas me dei conta da humilhante situação em que nos encontramos e mudei) poderia ter sido melhor. Chances de gol foram desperdiçadas, evidenciando mais uma vez que faltam goleadores; Ferreira, Elias e Campaz não são goleadores, são ‘perdedores de gol’, não fazedores, como Diego Souza.

Aliás, o ‘tonel’, como apelidam alguns ingratos, fez muita gente sentir saudade quando Lucas Silva bateu o pênalti. Enquanto não aparecer ninguém melhor, DS é titularíssimo, mesmo com sua idade e seu peso. Se ele estivesse em campo com certeza o Grêmio teria somado 3 pontos e não ficado nesse minguado 0 a 0.

O resultado, além dos erros nas conclusões ofensivas, passa muito pelo técnico Roger Machado. Ele armou bem o time, tanto que o Grêmio poderia ter liquidado o jogo no primeiro tempo, mas pecou no segundo.

O time estava sonolento na metade do segundo tempo, quando já não atacava como antes. Solução por ele encontrada: substituir quatro jogadores ali pelo terço final do jogo. Pensei cá com meus botões: são não consegue fazer gol com os titulares, vai fazer com os atacantes reservas?

Foi um pacotes que ele jogou ao campo na reta final: Gabriel Silva, Ricardinho, Biel e Janderson. Alguém acreditou que pudesse dar certo?

Renato, o Mestre, também cometia tais desatinos de vez em quando. Hoje, é difícil encontrar um técnico que substitua com critério, no varejo, não no atacado. É mais cômodo mandar a campo dois ou três jogadores de uma só vez.

No caso desse jogo, ficou evidente que as substituições em pacote não resolveram, pelo contrário. O time ficou com atacante em excesso, com pouca consistência defensiva e zero em criatividade na frente. O que esperar, por exemplo, de um Ricardinho, que mal voltou e já entrou no time. O mesmo vale para esse Biel.

O resultado é que o time ficou menor, perdendo uma grande oportunidade de começar com três pontos sua caminhada rumo à Série A.

Destaque para o cartão de boas vindas à segundona apresentado por um zagueiro da Ponte Preta, que deixou as marcas de sua chuteira no peito de Brenner e sequer foi advertido pelo juiz.

Jogadores que foram bem: Geromel, Santi e Lucas Silva. Bitelo foi discreto. Cometeu um erro grave numa saída de bola, mas fora isso não comprometeu. O trio ofensivo teve alguns bons momentos, mas se depender deles o Grêmio não volta à primeira divisão.