Felipão, Tiago e o clássico dos desesperados

Diferente daqueles que consideravam Abel Braga superado depois de uma série de resultados ruins, entendo que Luiz Felipe Scolari ainda tem lenha pra queimar, e, ao que consta, está com entusiasmo ‘juvenil’ para assumir e tirar o Grêmio do atoleiro.

Se Abel veio e alavancou o rival e por meio metro não acabou conquistando o título de campeão brasileiro, por que Felipão não pode voltar aos bons tempos?

O time atual, bem trabalhado, tem condições de dar uma resposta muito superior ao que vem apresentando. Se o grupo realmente pensa que manda, vai levar um susto. Felipão tem nome, trajetória vitoriosa e personalidade para agitar o vestiário e chamar para o seu lado todo o grupo, ou quase todo. Fica claro que com Felipão malandro não se cria.

GRENAL

Não poderia ser maior o desafio do técnico multicampeão. Pega o clube numa situação delicada, pra não dizer assustadora, e de cara enfrenta o velho rival, também de treinador novo e igualmente em crise, neste caso além de técnica, financeira.

Vejo muitas especulações sobre qual o time para começar o clássico deste sábado, 16h30, na Arena. A definição vai ocorrer no treino da tarde desta sexta.

Não vou arriscar algum palpite. Acho certo, no entanto, que Diogo Barbosa está fora, por mim até do banco. Sou mais o viejo Cortêz.

Na frente, Douglas Costa, Diego Souza e Ferreira.

O meio de campo é que está complicado. Matheus Henrique não vai fazer falta. Gosto dele, mas também ele caiu de rendimento.

Sem volante no estilo que gosta, Felipão deverá escalar Bobsin, Darlan e JP, que será devidamente pilhado pelo veterano técnico. não vai abrir mão de dois volantes de pegada. Assim, jogam Bobsin (Lucas Silva) e Darlan. Não acredito que ele aposte em Fernando Henrique, ainda pouco testado.

Importante: não esperem muita inovação. Ele vai conhecer mesmo o time um dia antes do jogo, praticamente sem treinar. Portanto, ele não vai inventar. A não ser que ache um volantão escondido.

TIAGO

Tiago Gomes tentou, mas realmente vencer ou empatar com o Palmeiras era demais para um treinador em formação. Ainda mais dirigindo um time em crise técnica e emocional.

Teve a infelicidade de sofrer um gol no primeiro minuto. Falha de Geromel. Depois, o segundo gol, falha de Dougas Costa, grande destaque tricolor na partida. Sinal de que será muito importante do time na retomada que virá, eu acredito, com Felipão.