Derrota gremista antecipa Grenal no Gauchão

Nada como um Grenal para me fisgar de do estado de letargia que me afastou do blog. Some-se a isso a irritação diante de uma atuação medíocre contra o modestíssimo Aimoré e temos aí os componentes necessários para me tirar da inércia.

O Grêmio foi mal, muito mal, e mereceu até ser goleado. O resultado de 2 a 1 não diz o que foi o jogo, o quanto o Aimoré criou e o pouco que o Grêmio fez para merecer ao menos um empate.

Com isso, a consequência imediata é um Grenal na fase semifinal do Gauchão. Jogo no Beira-Rio, provavelmente domingo, 16h.

Talvez seja o que falte para o técnico Renato Portaluppi ajustar o time para os desafios da temporada. Nada como um Grenal para arrumar a casa.

O time terá um jogador que faz muita falta: Matheus Henrique, que ao lado de Maicon forma uma dupla superior.

O JOGO

O capitão Maicon disse ao final que o campo de grama alta e irregular contribuiu para o pífio desempenho tricolor. Tudo bem, concordo, mas nada justifica perder, e da forma que perdeu, com o time criando pouco e dando espaços para o adversário brincar na área gremista.

A derrota começou com um gol de escanteio. O atacante do Aimoré cabeceou dentro da pequena área a dois ou três metros do goleiro Vanderlei. Fosse o Paulo Vitor renderia milhares de tópicos raivosos nas redes sociais.

Lembro que eu fui contra essa troca, que me pareceu seis por meia dúzia.

Ainda sobre o jogo, como foi mal a dupla de área. Está certo que o time se abriu depois de levar o gol, mas o adversário era o Aimoré, não o Flamengo. Um tal de Isaías aproveitou para se consagrar, com dribles e com um gol de muito talento, deixando Maicon e Vanderlei deitados em berço esplêndido.

Os dois laterais também foram mal. Aliás, não entendo os elogios que em algum momento foram feitos ao Victor Ferraz, um lateral comum, muito mais ou menos. Esperança é a volta do Leonardo (até que ponto cheguei).

Outro ‘reforço’, Lucas Silva, também nada acrescentou em relação ao ano passado. Tem sido um volante mediano, pelo menos até agora.

Diego Souza voltou a marcar, mas pouco fez. É preciso frisar que o Aimoré tirou todos os espaços da intermediária para trás, um retrancão equivalente ai que o festejado técnico colorado armou pra arrancar um empate no Chile.

Se é pra jogar assim, por uma bola, que ficasse com o técnico do Aimoré, o Hélio Vieira. Ou que contratasse o pai deles todos, aquele que não ouso dizer o nome.

A KOMBI

No meu último comentário, dia 25 de janeiro, em função das contratações de Diego Souza, e principalmente, Thiago Neves, escrevi que o Grêmio estava formando um grupo sub-40.

Confesso que estava irritado naquele momento, até mais do que agora. Uma galera surgindo na base e a direção investindo (gastando é o verbo mais adequado) em medalhões em flagrante declínio técnico e físico, principalmente Thiago Neves, que além de tudo andou tendo deslizes éticos preocupantes.

Depois de alguns dias de total descanso, e do consumo de dezenas de caipirinhas e cervejas à beira-mar, voltei sem saber nada do Gauchão. E foi assim, alienado de assuntos esportivos, que parei diante da TV para assistir a Grêmio x Esportivo, dias atrás.

Admito que naquele momento estava imbuído do sentimento de um urubulino. Descrente do projeto de veteranização do time e não levando muita fé nas contratações já feitas.

Um amigo é que me alertou sobre esse meu lado crítico e descrente que ele definiu como urubulino. Ele chegou a comentar que, a continuar nesse ritmo, eu logo estaria ocupando um lugar na k0mbi.

Se continuar assim, se o Grêmio não vencer o clássico, começarei a pensar na possibilidade de assumir a direção da kombi dos urubulinos, que, no momento, não lotam um fusca.