Grêmio se impõe na Arena e vence com autoridade

Um sonho. Parecia um sonho. Aos 2 minutos, Giuliano, pegando cruzamento perfeito de Pedro Rocha, fazia 1 a 0 no Corinthians, jogo de seis pontos, porque os dois clubes, em tese, entram para disputar título no Brasileirão.

Mas tive que me beliscar mesmo foi quando dois minutos depois Marcelo Oliveira fez 2 a 0. Opa, algo está errado. Duas chances de gol, dois gols. Cem por cento de aproveitamento. Algo está errado. Não é o Grêmio perde-gol. É um sonho.

Não era um sonho.

O Grêmio jogou um futebol como há muito não se via na Arena. Um futebol de lavar a alma, de fazer renascer a esperança.

Sob o comando de Roger Machado o Grêmio já merecia ter vencido no Serra Dourada, o que seria uma façanha quase épica.

Ontem, os gols não feitos sobre o Goiás afloraram generosamente contra o Corinthians: 2 a 0 em quatro minutos.

Lógico, o time de Tite, formado há mais tempo e sempre um candidato natural ao título, reagiu. Conseguiu descontar e por pouco não empatou.

O jovem Thiago mostrou o acerto da decisão de Roger, que optou pelo guri da casa em detrimento do Bruno Grossi. Thiago se mostrou seguro o tempo todo. E, no final, brilhou. Simplesmente brilhou ao defendeu um cabeceio mortal, retendo a bola quase sobre a linha do gol.

No segundo tempo, o Grêmio suportou bem a pressão do time paulista e sempre se manteve pronto a atacar. Por isso, conseguiu chegar ao terceiro gol, marcado por Luan.

Luan, um capítulo à parte. Há muito tempo venho dizendo que ele é o maior projeto de craque do Grêmio nos últimos anos. Por vezes ele é irritante, mas se trata de um talento quase sublime.

Não tenho receio em afirmar que em breve Luan, se manter o foco no futebol e deixar a noite de lado, estará jogando num Real Madrid, num Barcelona. Escrevi algo parecido a respeito de um tal Ronaldinho na época do Correio do Povo.

Ver Luan jogar já é um motivo a mais para ir a Arena.

Além de talentoso com a bola, não se micha pra cara feia.

O time teve outros destaques no jogo. Aliás, todos jogaram bem.

Mas eu destaco o Giuliano, sempre tão cobrado, e o Marcelo Oliveira, jogador que sempre despertou minha atenção não apenas pela qualidade, mas principalmente pelo espírito guerreiro, pela entrega constante e profunda. Ontem, fez um golaço, ao concluiu uma jogada que ele mesmo iniciou ao lançar Giuliano pela direita. Correu para o meio e aparou o cruzamento para fazer o gol em grande estilo.

É bom destacar esses dois porque ambos foram muito contestados, em especial Marcelo por ocupar o lugar que alguns acham que deveria ser de Júnior.

Enfim, foi uma noite gloriosa. É cedo para conclusões definitivas, algo quase impossível no futebol, mas Roger Machado deu, em poucos dias, uma nova cara ao Grêmio.

Se vai durar, não se sabe, mas que é uma sensação boa não há dúvida.

Os velhinhos da Fifa e suas práticas sombrias

Quem me acompanha há mais tempo sabe que a Fifa é uma entidade que eu desprezo. Não que os velhinhos da Fifa se importem com minha opinião, mas eu sempre os desprezei.

Vi o Inter, com apoio e incentivo daquela parte da imprensa gaúcha que esperou 23 anos para empatar com o Grêmio, tentar colar o nome Fifa ao seu título mundial, por si só grandioso.

Uma bobagem para amenizar os 23 anos de espera angustiante. Uma tentativa de querer dar mais peso ao título obtido em 2006, como se a vitória sobre o grande Barcelona não fosse suficiente.

Hoje, quem pode se afasta desses velhinhos safados.

Penso que os colorados devem ser gratos aquele advogado gremista que denunciou o ‘campeão do mundo Fifa’ cravado no antigo Beira-Rio. A poderosa entidade mandou retirar a inscrição, que naquele momento tanto orgulhava os torcedores.

De minha parte, estou contente com a queda de Blatter, que até demorou para cair. Ele que vá cuidar dos netos e tomar vergonha na cara junto dos demais.

Estou vibrando com o desmanche da Fifa, dessa exposição humilhante dos velhinhos arrogantes e suas práticas sombrias.

Espero que essa varredura atinja a CBF e as federações regionais que enriquecem enquanto a maioria de seus filiados padece e sobrevive miseravelmente.

Espero que muita gente caia, inclusive os que usam os clubes maiores em benefício próprio.

Enquanto isso não acontece me distraio com esses versos de Cartomante, de Ivan Lins e Vitor Martins, que remetem para muitas quedas que estão ocorrendo, inclusive algumas injustas como a de Marcelo Oliveira, no Cruzeiro, substituído por Luxemburgo e seu pojeto:

Cai, o Rei de espadas
Cai, o Rei de ouros
Cai, o Rei de paus
Cai, não fica nada!!

E me emociono com Elis:

ROGER

Sábia decisão do Roger essa de escalar Thiago em vez de Bruno Grassi para enfrentar o Corinthians. Bruno terá de esperar sua vez.

No mais, noite de ir à Arena nesta quarta. Grêmio precisa somar três pontos sobre o claudicante Corinthians.

ARENA

Boa notícia: os bancos credores decidiram liberar parte dos recursos das bilheterias ao Grêmio. Em breve, o Grêmio toma posse plena da Arena.

ROMÁRIO

Imitando o cornetadorw:

Por razões que desconhecemos muita gente pediu para publicar o email do Romário.
Está aqui : romario@senado.leg.br

Jantar tripartite: coluna do Cacalo

Um assunto que tem sido destaque na cornetadorw.blogspot.com é tema da coluna do Cacalo no jornal Diário Gaúcho desta terça-feira, dia 2.

Eu entendo pouco de gastronomia, mas curto um bom churrasco. Ainda mais com amigos…

Churrasco, futebol e cerveja combinam muito. No caso desse citado na coluna do ex-dirigente do Grêmio, se é que existiu mesmo, o diferencial é que teria reunido paraguaios, uruguaios e brasileiros.

Um encontro tripartite que, depois de acontecimentos recentes, talvez nunca se repita.

Confiram a coluna do Cacalo:

Recebi quase duas dezenas de e-mails, alguns dias atrás, dando conta de que teria havido um jantar em Porto Alegre, na véspera de um jogo importante do Inter pela Libertadores, onde teriam comparecido alguns dirigentes do Inter, o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Novelletto, e alguns dirigentes da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).
Os e-mails informam dois ou três lugares diferentes onde teria acontecido o evento. Confesso que não sei exatamente se houve tal festividade e onde teria acontecido. Mas a dúvida que permaneceu depois do tal jantar, seria – sempre no condicional – sobre quem seriam os dirigentes da Conmebol que aqui estiveram.
E a pergunta é absolutamente procedente porque um dos mais famosos desses dirigentes é representante do Uruguai e, agora, todos sabemos que ele está preso na Suíça. Não quero ser injusto, não sei se é o mesmo que hoje está engaiolado, mas se for e houvesse novamente um jantar de confraternização, esse cidadão tão honrado estaria de fora.

Momento certo

A propósito dessas falcatruas que aconteceram no futebol mundial, penso que as investigações deveriam se estender para o futebol brasileiro, porque, todos desconfiamos que há arranjos em resultados nos campeonatos disputados aqui no país, independentemente de serem patrocinados pela Conmebol.
Era o momento certo e oportuno de desmascarar todos os corruptos do futebol brasileiro, que recebem propinas e assim podem arranjar resultados. Mas, fica tudo na suposição!