Freio de mão puxado

Outro dia estacionei o carro e não puxei o freio de mão. Ele andou uns três metros e parou. Levei um susto. O que faço mais seguidamente é andar alguns metros com o freio de mão puxado, principalmente quando saio cedo de casa, ainda sonolento e distraído. 

Hoje de manhã aconteceu isso de novo, e imediatamente me lembrei do Inter que perdeu para o glorioso Jaguares, repetindo o futebol ruim que vem exibindo no Gauchão. 

O Inter tem jogado com o freio de mão puxado, condição agravada por momentos de sonolência e distração. 

A responsabilidade é do condutor, o treinador Celso Roth. Os times dele normalmente são assim, jogam com o freio de mão puxado. Foi o que ocorreu no México e tem ocorrido nos jogos mais recentes do Gauchão. E vai continuar acontecendo, porque esse é o jeito de seu motorista, digo, treinador.

Dia desses escrevi aqui no boteco, no domicílio anterior, que o Inter tem um grupo muito bom, mas que não irá muito longe na Libertadores por causa do técnico. 

Diferente do Grêmio, que vai cair logo porque não tem atacantes de qualidade, dependendo basicamente do Borges, que é um jogador que se lesiona facilmente. É claro que o surgimento altera um pouco o quadro, mas ele só ainda é pouco para quem almeja o título. 

SAIDEIRA 

No começo da semana, no programa Cadeira Cativa, conversei fora do ar com o Léo Maringá (que chamei de Léo Paraíba lá pelas tantas). Maringá, que, vejam só!, é de Maringá, andou muito por esse mundão. Jogou em vários paises: Espanha, República Tcheca e por aí vai. Hoje, é um dos destaques do Cruzeiro.

 Perguntei-lhe quem está melhor, se Grêmio ou Inter. Ele enfrentou ambos. Léo Maringá respondeu de pronto, sem vacilar: 

– O Grêmio é melhor, mas o Inter tem um grupo superior. 

Realmente, o Grêmio tem jogado um pouco melhor, é mais criativo e ousado, imagem de Renato quando jogador. Já o Inter é a cara de Roth depois de mastigar um limão com sal.

Kidiaba: linda por fora, gostosa por dentro

A família 1983 segue crescendo. Começou com uma cerveja tipo Pale Ale, lançada em agosto. Por coincidência, no mês em que Renato Portaluppi desembarcou para tirar o Grêmio do atoleiro em que foi deixado por Silas.

Admito que a cerveja era apenas razoável. Afinal, eu recém começava a elaborar o precioso líquido. Confesso que joguei fora mais de uma centena de garrafas desde então porque havia problema com espuma. Cerveja sem espuma é um sacrilégio, embora eu saiba que tem gente que gosta  de uma ‘brahma da polar’ assim. Gosto é gosto.

O colarinho branco, macio e consistente é fundamental numa cerveja, ou num chopp.

A 1983 foi se diversificando. Vieram a Pilsen (em alta fermentação, não essa aguada que tem por aí em qualquer supermercado) e a Weiss.

Hoje, posso afirmar que produzo cervejas boas. São feitas com carinho, não mais do que nove litros por vez, o que resulta numas 20 e poucas garrafas.

Em dezembro, depois da enorme alegria que causou o glorioso Mazembe, uma homenagem aos valorosos atletas do time africano: veio a Mazembier.

Doce para uns, amarga para outros.

Agora, atendendo a insistentes pedidos, está saindo do forno, digo, da geladeira, a Kidiaba.

Antes que alguém pense que é uma homenagem ao goleiro Kidiaba, aquele da exótica comemoração, me apresso a dizer que não confirmo nem desminto.

Kidiaba a mim lembra uma mulher sensual, capaz de levar qualquer homem a fazer loucuras. Uma devassa, uma deusa, um anjo, uma diaba…

Kidiaba pode ser qualquer coisa, mas antes de tudo é uma cerveja escura, forte e encorpada.

O resto fica pela imaginação de vocês…