Suárez marca golaço no final para alívio e euforia da torcida na Arena

Jogos do Grêmio contra a filial do Inter normalmente são marcados por lances duros e violentos. No primeiro tempo, o Brasil-Pel começou a bater cedo para tentar equilibrar um pouco o jogo, que tinha o Grêmio com pleno controle do jogo. Pitol fez duas ou três grandes defesas. Brenno não foi exigido.

Não esqueço que anos atrás o Grêmio contratou Kléber ‘Gladiador’ para jogar na Arena em sua inauguração. Investimento elevado, como agora com Suárez. Kleber estava bem, até que sua trajetória no clube foi interrompida por uma chuteira assassina num jogo do Gauchão.

Quando o Grêmio anunciou interesse por Suarez, logo pensei o quanto é arriscado apostar todas as fichas em um jogador. Kleber custou caro ao Grêmio, com um acerto milionário de indenização ao jogador. Coisa de milhões.

Falando em milhões, o uruguaio está se pagando rapidamente, para desespero e inveja dos reds da aldeia.

O gol que Suárez marcou quase ao final do jogo na Arena, nesta quarta-feira, é antológico. Lance para ver e rever. Ele recebeu de Ferreira dentro da pequena área, junto à linha de fundo, em cima de um tijolo, dominou, driblou e deixou um zagueiro deitado e o goleiro Pitol sem pai nem mãe.

Independente de cores clubística, um gol para ser reverenciado pelos apaixonados pelo futebol. Um gol para os técnicos exibirem no vestiário como exemplo de jogada de um camisa 9 autêntico, definidor e criativo.

Bem, o Grêmio venceu por 1 a 0, num jogo que se encaminhava mesmo para o empate. O Brasil se fechou e abusou da cera para esfriar o time gremista. Foram 12 minutos de acréscimo. A estratégia do técnico Zimerman só não deu certo porque havia um uruguaio que além de excelente tecnicamente tem estrela.

Sobre as novidades no time. Não gostei desse Fábio. É um jogador mediano para um time médio. Também não gostei do Galdino, mas aparentemente tem potencial. Cristaldo entrou e mostrou que é um finalizador. Será útil.

Por fim, enquanto o Grêmio venceu o Inter voltou a empatar, e segue sem vencer, apesar dos elogios da mídia e sua máquina de criar ilusões.