Vitória na Arena pulsante

A Arena pulsou. Perto de 44 mil gremistas incentivaram o time, que jogou muito bem no primeiro tempo, caindo no segundo, consequência de mudanças feitas pelo técnico Roger Machado.

O que interessa é que o Grêmio venceu a Ponte Preta por 2 a 1, uma vitória que se desenhava fácil e que ficou complicada, seguindo a escalada rumo ao primeiro lugar.

Semanas atrás eu – e muita gente mais – só queria uma coisa: garantir ao menos o quarto lugar. Ninguém ousava sonhar com algo melhor. O que interessava era a classificação. Hoje, o time já pode pensar em conquistar o primeiro lugar (tenho dificuldade em escrever ‘campeão’ da segundona).

Temos então que o trabalho do técnico Roger Machado está atingindo seu objetivo, e até mais. Como dizem alguns, ele está dando um ‘plus a mais’.

A evolução do time é visível, assim como a sua instabilidade. Ontem, a história se repetiu. O Grêmio conseguiu impor-se plenamente no primeiro tempo. Mas não manteve o padrão de jogo inicial.

A saída de Geromel, poupado, contribuiu para a barafunda em que se transfomou o sistema defensivo. Nem dá pra culpar o Rodrigues, que está há tempo sem jogar. O fato é que o time desandou, o que não poderia acontecer.

A entrada de Lucas Leiva nada acrescentou, o que é natural. Eu esperava que ele fosse entrar lá pelos 30 ou 35 minutos justamente para manter a estrutura e não correr risco. Também Guilherme não somou, e até perdeu uma chance de gol (espero que ele jogue mais do que jogava em seu início).

O fato é que as mudanças deram novo ânimo à Ponte, que por detalhe não empatou o jogo, o que seria um desastre. Roger ouviria poucas e boas.

Destaque no jogo para Diego Souza, que fez um gol de bicicleta, coisa que não se espera de um jogador veterano e pesado.

No mesmo nível, e até acima, o paragaio Villasanti, com desarmes e assistências de qualidade. Os dois gols foram com assistência dele. Desconfio que ele e Lucas formarão a dupla de volantes. Bitelo pode jogar na meia ou ir para o banco. Os três formariam um trio de alta movimentação, marcando, articulando e fazendo gols.

Outra coisa: Roger acertou em não começar com Lucas, e isso ficou provado na prática. Vale o mesmo para Guilherme.

Vamos ver o time que o técnico irá escalar para enfrentar a Chapecoense, terça, às 18h30. Roger começa a conviver com a fartura.