Vítima da soberba e da incompetência o Grêmio segue no fundo do poço

Não é fácil, mas a direção do Grêmio conseguiu. Depois de elevar o nome do clube às alturas no triênio 2016/2017/2018, os abnegados dirigentes foram minando sua obra, que se esvaiu como um castelo de areia levado pelas ondas da soberba e da incompetência generalizada.

Os últimos dois anos e meio foram de decepções e frustraçõe, com raros momentos de alegria por conta, principalmente, de títulos do Gauchão e da série de vitórias no clássico Grenal.

Um dos períodos mais ricos da história do Grêmio foi definhando rapidamente. O presidente Romildo Bolzan, seus companheiros de diretoria e a comissão técnica nada fizeram para estancar a hemorragia e impedir a derrocada, que culminou com a saída do treinador Renato Portaluppi.

Sem entrar no mérito, mas parece que tudo desandou com o desligamento de Renato, e se agravou com a vinda do noviço Tiago Nunes, que deixou o clube na lanterna do Brasileiro nas primeira rodadas.

A contratação do experiente Felipão, um técnico multicampeão e extremamente identificado com o clube, deu um impulso na campanha do Campeonato Brasileiro, mas não foi suficiente para tirar o time do abismo.

O Grêmio hoje tem um inconfiável. Há uns dois meses escrevi que o time só escaparia do rebaixamento se as contratações anunciadas na ocasião fossem daquelas de chegar e vestir a camisa de titular, jogadores que fizessem a diferença.

Não é o que vi até agora em Villasanti, Campaz e Borja. São bons jogadores, mas por enquanto pouco acrescentam em termos de qualidade, principalmente os dois primeiros que atuam no setor mais vital de uma equipe de futebol.

E isso ficou evidente mais uma vez na derrota de 1 a 0 para o Santos. Faltou qualidade na criação de jogadas e competência nas finalizações. Alisson, por exemplo, perdeu um gol cara a cara com o goleiro. Ferreira, repetindo situações ocorridas em seus jogos mais recentes, também perdeu a chance de marcar, abusando da bola colocada, já manjada.

A tentativa de jogar com 3 zagueiros foi válida, porque chega um momento em que é preciso apelar até para medicamentos sem eficácia comprovada com o intuito de salvar o paciente, no caso, o Grêmio.

Não deu certo, a defesa seguiu vazando, o meio sem função e sem criatividade, e o ataque dependendo de individualidades, como Ferreira, que não pode ser banco de Alisson.

O goleiro Brenno, que deixou o campo emocionado, realmente sentindo a dor da derrota, foi o melhor em campo.

Quarta-feira, 20h30, tem o Fortaleza. O time tem alguns desfalques, mas a situação chegou a um ponto em que já não há muita diferença entre titulares e reservas. O futebol horrível e deprimente é o mesmo.

Vamos ver se ao menos o resultado seja o que esperamos, e precisamos.

Talvez ainda reste alguma coisa do castelo de areia.

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Deuses do futebol erguem o anjo caído para evitar nova derrota

Depois de longo tempo os deuses do futebol voltaram a olhar para o Grêmio. O empate no final, minutos depois de levar o segundo gol do Cuiabá, decretando mais uma derrota perante sua torcida, foi como um bálsamo.

Mesmo sozinho diante da TV, não comemorei o empate de 2 a 2 por puro constrangimento. No fundo, a vontade que eu tive foi de gritar e pular, mas me contive.

Na hora vi no gol que garantiu um pontinho um sinal dos deuses do futebol, que nos abandonaram desde que a direção foi atrás da “porcaria” das redes sociais, como diria o presidente Romildo Bolzan, e decidiu livrar-se do multicampeão Renato Portaluppi.

Um claro desafio aos deuses, que já andavam meio distraídos em relação Grêmio, deixando o clube jogado à sua própria sorte.

O resultado é que hoje o Grêmio padece para sair da zona de rebaixamento, onde está desde as primeiras rodadas. Mais um pouco e o clube finca raízes.

Assim como o jogo contra o Sport, também na Arena, a expectativa diante do ‘poderoso’ Cuiabá era de vitória para engrenar uma série de resultados positivos para deixar de vez o porão da segundona.

A torcida está impaciente, irritadiça. A derrota diante do Sport foi duro de engolir. Assim, outra derrota em casa seria inaceitável, resultado para derrubar dirigentes e comissão técnica. “Atitude”, dizia uma faixa trazida por torcedores.

Eu penso que não falta atitude, não falta empenho. O que falta mesmo é qualidade. O time corre, morde o calcanhar do adversário, não desiste. Mas não ganha.

Nesta noite, na Arena, mais uma vez o time se esforçou, e por momentos até jogou bem. No segundo tempo dominou completamente.

Mas o que se vai fazer quando o Churin erra uma cabeceada (que seria sua principal ou única virtude) na pequena área, ou quando a bola passa duas vezes rasante a um metro da risca do gol e o centroavante não está lá para mandar pra dentro?

E o que se pode fazer se o adversário (vale para o Sport e o Cuiabá), cria três ou quatro situações de gol, e consegue praticamente 100% de aproveitamento?

A resposta para superar a fase é simples: trabalhar e esperar que a torcida dê uma trégua, que passe a cobrar, e aí duramente, da direção quando houver uma definição para o bem ou para o mal. A direção, ao final de tudo, precisa prestar contas e pagar pela situação vergonhosa em que colocou seus milhões de torcedores.

Fora isso, é torcer para que os deuses do futebol passem a jogar mais pelo Grêmio. A amostra foi alentadora. Eu já me conformava com a derrota quando Alisson, recebendo a bola de Rafinha (como no primeiro gol), e mandou para a rede.

Alisson, o anjo caído, foi erguido e ungido pelos deuses do futebol, para aliviar a tensão e sinalizar que nem tudo está perdido.

Alisson, o herói da noite, respondeu com gols e raça aos seus críticos sistemáticos, e aos que o vaiaram na Arena.

Se Alisson fez dois gols num só jogo, não há limites para o Grêmio. Eu acredito!

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Grêmio cai diante do Sport Recife em plena Arena: 2 a 1

O Grêmio foi melhor que o Sport. Esta é só uma pequena frase sem qualquer importância, porque o que vale mesmo é a bola na rede, e o Sport chegou lá duas vezes contra uma do Grêmio.

Resultado, o Grêmio continua na rua da amargura. Tem sido assim desde que a direção decidiu entregar a sorte do clube a um aprendiz, que afundou o time no Brasileiro e abalou o moral e a confiança dos jogadores.

Chamado a apagar o incêndio, o técnico Felipão conseguiu alguns resultados bons, mas o futebol do time continua sendo de indigência técnica e tática.

Nesta noite na Arena, reaberta ao público depois de ano e meio, a torcida exerceu seu direito constitucional de vaiar. E vaiou quando o Grêmio levou o segundo gol, algo inaceitável mesmo, vergonhoso.

O Sport é um time que dificilmente vai escapar da degola administrativa por escalar um jogador indevidamente. Isso não impediu que seus jogadores tirassem força sei lá de onde para vencer.

Quando ouvi o narrador da TV informar que o Sport não fazia gol há uns dois meses, levei um susto. Pensei, então é hoje que vai fazer. Foi só terminar o pensamento que Gabriel Chapecó fez grande defesa e impediu o primeiro gol no jogo.

No segundo tempo, o Sport quebrou seu jejum de gols. O goleiro Gabriel falhou no gol, soltando a bola na cobrança de falta. O Sport, na verdade, passou a maior parte do tempo encurralado. Seus zagueiros foram bravos, vencendo todas pelo alto. Na única que perderam, Borja, livre, cabeceou para fora.

É difícil elogiar o time após uma derrota diante de um adversário tão medíocre, mas o Grêmio criou situações de gol, especialmente através de Ferreira. Faltou acabamento, algo que tem sido muito comum nesse Grêmio que a cada jogo frustra seus torcedores.

Faz uns dois meses eu escrevi aqui que o Grêmio só escaparia do rebaixamento se os dois reforços, Villasanti e Campaz, fossem jogadores em condições de fazer a diferença para arrumar, principalmente, o meio de campo.

Campaz praticamente estreou neste jogo. Entrou no intervalo e deu uma sacudida. Acertou uma bola na trave e foi muito participativo, e só não rendeu por falta de entrosamento.

Agora, nem ele, e muito menos Villasanti, são os jogadores que o Grêmio precisa, sendo que a urgência maior seria um meia/volante articulador de qualidade.

Já o Villasanti me parece ser um jogador que faz tudo certinho, passes precisos para o lado e para trás, raros lançamentos e bolas enfiadas, mas sem criatividade e sem vocação para pisar na área rival.

Então, diante disso, arrisco dizer que o sofrimento vai continuar até a última rodada. Uma previsão embasada também nas ausências de jogadores que serão convocados para suas seleções.

Tem ainda o julgamento de Diego Souza, quarta-feira, por ter tirado o cartão amarelo do árbitro num jogo desses. Com Borja na seleção colombiana, o time vai precisar muito de DS.

Bem, não resta outra coisa a não ser esperar para ver o que fará Felipão diante de desfalques tão importantes.

Por fim, uma luz que se acendeu e que pode iluminar o caminho do tricolor: Douglas Costa finalmente estreou. Fez algumas boas jogadas e marcou um golaço aos 39 do segundo tempo, sinalizando que daí onde saiu esse, sairão outros.

O caso Campaz e a crônica esportiva gaúcha

Contratado para fazer a diferença, Campaz está longe de justificar os 5 milhões de dólares que o Grêmio teria desembolsado por essa revelação colombiana.

Ele esteve alguns minutos em campo, e nada mostrou, o que é até natural para quem está chegando. Tem toda uma questão de ambientação tanto fora como dentro de campo.

O Grêmio tinha pressa. Deveria ter contratado jogadores ‘prontos’, não alguém como Campaz, que precisa de toda uma atenção especial, um trabalho de adaptação, se é que esse é o problema do atleta.

Curioso é que ontem, segundo a imprensa, os representantes de Campaz fecharam contrato com o empresário Jorge Machado, o mesmo de Douglas Costa e, dizem, do Felipão. Se eu fosse mais maldoso do que sou eu diria que agora o colombiano se adapta rapidamente.

É nítido que o técnico gremista demonstra estar constrangido com essa situação. Como explicar por que um jovem que chegou com fama de craque não tenha lugar num time que luta para fugir do pelotão de rebaixamento?

Felipão rodeia, a direção rodeia e, com isso, os boatos proliferam.

Se o jogador tem algum tipo de problema extra-campo estamos diante de mais um erro da direção. O mínimo que um dirigente deve fazer é colher informações amplas sobre o jogador antes de contratá-lo.

Além do mais, é preciso ter convicção sobre o que se quer desse jogador dentro de campo. Pelo li e ouvi falar, Campaz não é um meia articulador, é mais um atacante de ‘beirada’, posição em que o time está bem servido.

Agora, se Campaz finalmente jogar, e mostrar na prática o futebol que justifique o investimento do clube, então tudo ficará em segundo plano.

O narrador Pedro Ernesto, que em seu espaço em ZH teve o peito de sugerir que o Grêmio desfaça o negócio com o Tolima, mesmo perdendo parte do dinheiro aplicado, terá de colocar o rabo entre as pernas.

Sem contar que ficará com sua imagem ainda mais arranhada perante os gremistas, em especial os que habitam as redes sociais, parte deles cobrando uma resposta da direção.

Em sua coluna, o polêmico narrador, que não deu trégua também para Renato, ainda defende a demissão do treinador gremista por não estar aproveitando Campaz, um jogador que na realidade poucos viram jogar para ter uma opinião realmente abalizada sobre ele.

Não conheço Campaz, mas conheço Felipão.

Entre os dois fico com o consagrado e experiente treinador. Felipão com certeza tem razões muito sólidas para não aproveitar o colombiano.

PÚBLICO

Quem sabe Campaz não desencanta contra o Sport, domingo, num jogo que marca a volta da torcida à Arena depois de um ano e meio?

Outro que precisa desencantar é Douglas Costa.

Felipão está conclamando a torcida. O time precisa de seus torcedores, não importa o nível do adversário.

PREMIO PRESS

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Meu agradecimento aos eleitores, lembrando que este espaço não pertence a mim, mas a todos que dele participam opinando, analisando e debatendo.

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