Grêmio melhora, mas cede empate duas vezes na Arena

O Grêmio melhorou em relação a si mesmo, mas não foi o suficiente para atingir seu principal objetivo: vencer. Depois de três derrotas seguidas, mais importante que jogar bem contra o Santos, seria somar três pontos para começar a sair do atoleiro em que foi parar na quarta rodada do Campeonato Brasileiro.

Importante lembrar que o jogo da volta será na Vila Belmiro, onde o Grêmio normalmente não vai bem. E isso dá a dimensão do que representou esse empate por 2 a 2, estando na frente no placar duas vezes.

Foi a melhor partida do time comandado por Tiago Nunes na competição, e contra um adversário de boa qualidade, apesar de ter um treinador que eu quero ver distante da casamata tricolor na Arena. Prefiro até aquele que não ouso dizer o nome – mas que pelo menos não é presunçoso. Mas há que se ter cuidado, porque esse técnico, o Fernando Diniz, tem admiradores aqui na aldeia.

Sobre o jogo em si, gostei do time a maior parte do tempo, sempre considerando o potencial do Santos, um time que foi saudado por muita gente boa no ano passado nos confrontos com o tricolor. Inesquecível a entregada de Jean Pyerre nos primeiros segundos do jogo. Tenho trauma, penso em consultar um psiquiatra.

Sobre o empate desta noite na Arena, destaque para Diego Souza, um golaço e uma assistência primorosa no gol de Matheus Henrique, que até ali vinha pedindo para sair. Até bateu boca com o técnico. Começou ontem e já quer questionar publicamente o técnico…

O Grêmio mereceu vencer, teve boas chances de gol. Muito mais que o seu rival. Agora, TN errou ao colocar JP e Ricardinho aos 42 do segundo tempo. Uma alteração de quem quem acredita em pensamento mágico: JP daria aquela enfiada para o jovem camisa 9, que tem sido um pé-quente.

Outra coisa que não gostei: no segundo gol santista, um erro grosseiro. Marinho recebeu naquele clarão que muitas vezes se forma no setor defensivo gremista, teve tempo de dominar sem ser importunado, e ajeitar a bola para disparar um torpedo indefensável para um goleiro que está iniciando, como é o caso de Gabriel Chapecó, mas que seria munição pesada contra Paulo Vitor e outros.

No mais gostei do Chapecó, tem bom potencial. Rafinha fez sua melhor partida desde que chegou. Kannemann foi o melhor do sistema defensivo. Até Diogo apresentou evolução. Thiago Santos muito bem de novo, mas não sei onde ele estava no gol de Marinho, bem na região em que ele deve ser o patrão.

Sobre Bobsin, está aí um cara que pode resolver o problema de articulação no meio de campo, onde JP afundou depois de um início coruscante. Ele participou do primeiro gol, ajudou a marcar, fez bons lançamentos e se apresentou para o jogo.

Mas o que importa mesmo é que o Grêmio se mantém na lanterna do campeonato. Em quatro jogos, três derrotas e um empate.

Não sei por vocês, mas eu já acendi o sinal de alerta.