Em contraponto ao antigo ‘joguinho dos 7 erros’, lanço o jogo dos ‘7 acertos’, inspirado no desempenho do técnico Renato ‘Estátua’ Portaluppi, que neste início de temporada está acertando todas, ou quase todas.
Seus críticos estão silentes, na moita como sempre, esperando o primeiro vacilo, o que não é novidade para ninguém.
O primeiro acerto que me recordo assim de sopetão é a decisão de afastar o tal time de transição, que quase eliminou o Grêmio no regional passado.
O Grêmio disputa – e lidera com folga – com o time titular e o reserva. Ambos fortes, mostrando a qualidade do grupo, superior também em número em relação ao do regional de 2018.
Outro acerto de Renato foi esse do rodízio dos goleiros, algo impensável tendo o grande Marcelo Grohe de titular absoluto.
No Centenário, o novato Júlio César apresentou seu cartão de visitas com duas defensas muito difíceis. Grandes defesas, mas nada que justifique o adjetivo ‘milagre’ utilizado por um comentarista de TV.
Sei de alguns gremistas nas redes sociais que foram nesse embalo, ou nessa vibe, e já começaram a cornetear o Paulo Vitor, como se fosse impossível elogiar um sem desmerecer o outro. Coisas de torcedor…
Logo depois das duas belas defesas, Júlio César soltou uma bola fácil, coisa que acontece, mas acaba comprometendo. É cedo para ter opinião firmada sobre quem deve ser titular.
Em relação a esse jogo, que se anunciava como de alto risco porque estava em jogo a liderança, foi sábia a decisão de não expor o time titular. O time do Caxias justificou a decisão, porque bateu bastante. E, como se previa, sob o olhar conivente do Jean ‘Damião’ Pierre, que custou a mostrar cartão amarelo diante da violência dos caxienses.
Portanto, está certo o Renato. É preciso preservar as canelas de um talento como Luan, por exemplo.
Por falar em talento, Matheus Henrique deu show. Foi o melhor em campo, desarmando, armando e aparecendo nos lances mais decisivos. No lance do primeiro gol, por exemplo, a jogada foi dele, que escapu pela esquerda, foi ao fundo e cruzou. A zaga saiu mal e a bola ficou para o jovem Pepê, que fez 1 a 0
O segundo gol nasceu de outra falha, com André disputando e tendo frieza e técnica para rolar a bola para Pepê ampliar.
O terceiro gol nasceu de outro acerto de Renato, que colocou Thaciano, jogador misto de volante e meia que desde o ano passado dá boa resposta. Pois Thaciano foi ao fundo pela direita e cruzou rasante para Felipe Vizeu entrar e desviar do goleiro com categoria e jeito de matador.
Importante também é saudar a volta de Kannemann, que até não faz falta neste momento porque Paulo Miranda está muito bem e os adversários são modestos.
Então, são tantos os acertos de Renato e sua comissão técnica que meu jogo dos ‘7 acertos’ nem tem razão de ser.