Radicalismo segue prejudicando o clube no Brasileiro

Uma derrota com time totalmente reserva e fora de casa,  como aconteceu neste sábado, é tão ou mais frustrante que o empate por 1 a 1 com o Cruzeiro, dias antes, em plena Arena.

Os resultados reforçam a preocupação da maioria dos gremistas – eu junto – com a instabilidade do time, que, além de alternar bons e maus jogos, se mostra cada vez mais dependente de um jogador para decidir.

A derrota por 2 a 1 em Curitiba diante do time ruinzinho do Atlético-PR era mais ou menos prevista. Tanto pela formação do time em si, como e principalmente pela falta de alternativas capazes de reverter uma situação negativa.

O que custava levar três ou quatro titulares para ficar no banco, a exemplo do que fez Mano Menezes na Arena, e usar em caso de extrema necessidade? Por que esse radicalismo de poupar todos os titulares, inclusive os dois únicos centroavantes?

A sabedoria está no meio, ensinam os chineses há séculos.

Tenho para mim que Luan e Éverton, entrando juntos aos 25 minutos do segundo tempo, dariam um calor nos paranaenses e talvez até levassem o Grêmio aos três pontos.

Mas isso é achismo, concordo.

É que realmente não é fácil ver o clube menosprezar tanto o Brasileiro tudo em nome da Libertadores. A Copa do Brasil, que era outra prioridade, já faz parte do passado, mas deixou suas marcas na tabela de pontos corridos pelo excesso de zelo em preservar titulares.

É inevitável a opção por essa ou aquela competição, e nisso eu concordo com a direção. A CB estava acima do Brasileiro. Só discuto a forma.

Não podemos esquecer que a estratégia deu certo em duas oportunidades. O clube tem crédito, ainda.

Resta torcer que o Grêmio mais uma vez esteja no caminho correto, e que o time elimine o Estudiantes nesta terça e depois repense o planejamento, deixando uma porta aberta para a disputa do título do Brasileirão.

Afinal, faltam 17 rodadas, e muita coisa pode acontecer.

ÁGUA FRIA

A torcida colorada foi ao BR na esperança de uma vitória sobre o Palmeiras. Estádio lotado. Mas não adiantou. O time reserva – apenas um titular de fato – jogou de igual para igual contra os titulares do time gaúcho.

O curioso é que esse fato, time reserva do Palmeiras, não é mencionado  ou quando citado é apenas como um detalhe.

No final, empate por 0 a 0, com o Palmeiras subindo na tabela. É outro que se apresenta para disputar o título. Com o grupo que tem, isso é possível.

RESERVAS

Todos os clubes envolvidos com duas ou mais competições poupam jogadores, Uns mais, outros menos. No caso do Grêmio, mais.

Exemplo seguido por Felipão neste domingo. Mas Felipão tem um grupo superior em quantidade e qualidade.

BRASILEIRÃO

O São Paulo lidera e mantém diferença de sete pontos para o Grêmio. O SP não tem um grupo diferenciado. Ainda vai tropeçar. Resta saber se o Grêmio estará nos seus calcanhares quando isso acontecer. Tenho esperança que sim.

CARIOQUÊS

Não há um dia sequer que o site de O Globo não fale de Vinicius Jr. E isso que o guri ainda não jogou no time principal. E não tem se destacado no time B. Marketing ajuda a ganhar mais dinheiro, mas não dá futebol.

Vejam o caso do Arthur, já chegou chegando. E não recebe nem nota de rodapé da mídia carioca.