Arbitragem ‘chilena’ e a bolinha de sagu

Independente da arbitragem, que realmente prejudicou muito o Grêmio, está claro que é preciso recuperar Luan.

O único jogador realmente diferenciado do time, com potencial para jogar em grandes clubes europeus, não está jogando nada.

O certo é que fosse substituído, mas sempre fica a esperança de que ele possa a qualquer momento decidir.

E chances para ele decidir não faltaram, como aquela bola rolada por Geromel que Luan recebeu na risca da grande área, frontal à goleira, e mandou por cima.

Em outros tempos, Luan teria marcado o gol, que seria o de empate contra o Iquique e a arbitragem argentina, que marcou um pênalti inexistente e distribuiu cartões amarelos ao time gaúcho.

Se a arbitragem tivesse errado assim contra o time chileno, o Grêmio teria goleado, e isso com Luan jogando essa bolinha de sagu.

A única coisa boa do jogo foi Arthur. Ele mostrou que pode substituir Luan, Maicon e Ramiro. Ele é um volante de origem, primeiro jogador do meio de campo, mas tem capacidade técnica e visão de jogo para funções mais ofensivas.

Ficou claro, ainda, que Fernandinho não pode ser primeira opção do treinador. Renato deveria investir mais em Éverton, que, com moral e continuidade, joga muito mais que Fernandinho.

O Grêmio deixou de somar ao menos um empate, que seria o resultado mais justo, mesmo com uma arbitragem mal-intencionada.

A derrota de 2 a 1 é daquelas que podem ser didáticas se houver humildade e discernimento.

Primeiro, é preciso admitir que o time não jogou bem. Repetiu aquele futebol meia-boca contra o Novo Hamburgo.

O juiz errou, e errou muito, mas nada que não pudesse ser superado com um pouco mais de qualidade ofensiva.