Imagem do Inter cada vez mais enxovalhada

Por entender que não há mais clima para jogar futebol neste ano, o presidente Vitório Pifero junta-se ao vice-presidente com plenos poderes no futebol, Fernando Carvalho, para virar alvo da mídia nacional.

Não, não me venham com essa de grenalização. Até o jornal Olé publicou a infeliz declaração de FC, que ecoou em outros lugares do planeta. E não poderia ser de outra forma. A retratação veio, mas era tarde, o estrago na imagem do Inter não tem mais volta.

Alguém escreveu:

Há quatro coisas que não voltam atrás:
a pedra, depois de solta da mão;
a palavra, depois de proferida;
a ocasião, depois de perdida;
e o tempo, depois de passado.

Pois Píffero está tentando superar o companheiro. Essa de reunir os jogadores, levando-os perante a imprensa, e afirmar que não é possível continuar o campeonato depois da tragédia de Chapecó é de um oportunismo vergonhoso. Talvez só os colorados mais fanáticos não sintam vergonha de ter uma direção tão patética.

O comentarista PVC, logo após a coletiva infeliz do presidente colorado, disse que concorda com a ideia desde que a tabela de classificação fique como está, ou seja, com o Inter rebaixado. Ah, mas isso o dirigente não aceita.

Piffero quer moleza às custas da maior tragédia do futebol mundial.

Piffero não disse, mas está claro que a proposta tem em seu bojo o não rebaixamento de clube algum, uma tese nojenta que anda circulando na imprensa gaúcha, a única aliás que a todo instante levanta uma jogada para salvar o Inter do atoleiro, enquanto a imagem do clube afunda cada vez mais. Não por culpa de sua torcida, boa parte dela revoltada com os últimos movimentos de seus cartolas desesperados.

É profundamente lamentável e deplorável tentar tirar proveito da dor alheia.

Se o povo colombiano nos deu esperança de que a humanidade ainda tem salvação com a homenagem às vítimas do desastre, essa dupla indica que realmente o mundo está perdido.

Ser rebaixado numa competição é ruim, mas é do jogo. Todos estão sujeitos a isso, inclusive os ‘clubes grandes’.

Ser rebaixado não é bom. Agora, ser rebaixado atirando para tudo que é lado pisoteando a ética, a dignidade e violentando o fairplay esportivo, isso é revoltante.

Tudo isso que a dupla colorada está fazendo respinga no futebol gaúcho, no Rio Grande do Sul.

TAPETÃO

Como se não bastasse, o clube recorre ao tribunal. E é sobre um jogador ‘mal inscrito’ do Vitória. Coisa superada.

Mas confirma o que escrevi no dia 20 de novembro aqui sob o título “O medo jogador ‘mal inscrito”.

http://botecodoilgo.com.br/?p=6082

Como diz o nosso amigo RW, eles são previsíveis.

MAURÍCIO

Parabéns ao posicionamento de Maurício Saraiva, na rádio Gaúcha, após o pronunciamento de VF, que ele classificou de:

Oportunista. E repetiu a palavra mais duas vezes pelo menos.

IMPRENSA

Realmente, não há condições de jogo neste momento.

Agora, a vida continua.

Todos têm seus compromissos. com dor no peito, lágrimas que insistem em escorrer, saudade, tristeza tão profunda que machuca.

Tudo isso é muito triste.

Mas se o pessoal da imprensa está trabalhando desde o primeiro minuto, apesar das perdas de colegas e amigos, por que os jogadores não podem jogar dez ou doze dias depois?