Supremacia gremista tinge Papai Noel de azul

O Grêmio termina o Brasileirão no G-3, posição que ocupou por inúmeras rodadas. Não é, portanto, um intruso na festa dos que irão disputar a Libertadores 2016.

O Grêmio é o campeão de uma competição embutida no Brasileirão: o Torneio Gre-Nal. Não apenas terminou melhor colocado nessa disputa que gremistas e colorados costumam fazer dessa santa rivalidade, como ainda aplicou uma retumbante goleada de 5 a 0. Um placar gravado na mente e no coração de todos. No confronto direto, outra vantagem: nos dois jogos, 5 a 1.

Então, o ano termina mal para os colorados. Isso não os impediu de cantar com toda a emoção depois da boa vitória sobre o Cruzeiro. A tensão era tanta que bastou o anúncio por uma emissora de rádio de gol do Goiás para o estádio explodir. Em segundos, todos murcharam, porque não houve o gol anunciado. 

O Inter lutou bravamente. Argel tem méritos. Por pouco o clube que, segundo seu maior líder, D’Alessandro, não festeja vaga, não ficou com o quarto lugar, posição que leva à fase preliminar da Libertadores. Afinal de contas, seria muito pouco para quem começou o ano sonhando com títulos robustos como a Libertadores e o Brasileirão.

Restou apenas o Gauchão a ser comemorado. O presidente colorado, terminado o jogo, já projetou o ‘hexa de campeonato gaúcho’. Uma pífia tentativa de provocar o Grêmio, que tem coisas mais importantes com que se preocupar. 

O fato é que a frustração foi tanta que alguns veículos de comunicação tentaram e ainda tentam minimizar o sofrimento colorado. Algumas manchetes e textos ufanistas chegaram a ser ridicularizados no centro do país.

Nada supera, porém, o destaque que o clicrbs deu a um ranking privado, que eu sequer conhecia, apontando o Inter como o segundo clube mais vencedor do século 21.

Ranking Torcedores.com: quem são os maiores vencedores do futebol no século 21

Vamos ver o que mais será feito para ajudar o torcedor colorado a superar esse final de ano de envolvimento do clube com doping e, o que é mais significativo, sem uma vaguinha na Libertadores.

Decididamente, o Papai Noel não é vermelho, ao contrário do que pensa o técnico Argel.