A afirmação de Roger e as dúvidas sobre Aguirre

O goleiro Fábio, que contra o Grêmio é sempre um gigante – aliás, por isso mesmo eu o escalei no meu time, o Alfredo, no Cartola – impediu uma vitória mais serena do Grêmio. Talvez até um 3 a 0, como o sofrido pelo Inter em Pernambuco, contra o Sport, time treinado pelo filho do Nelsinho Batista, odiado por todos os colorados da imprensa gaúcha só porque um dia deixou o Inter para trabalhar no Corinthians, dizendo que estava indo para um ‘clube grande’.

Luan, depois de Fábio, foi o grande nome do jogo. Luan cada vez mais consolida seu nome como o principal jogador do Grêmio e do campeonato brasileiro.

Agora, Luan não é um goleador. Ele teve chances para marcar ainda no primeiro tempo, mas chutou colocado quando deveria dar uma paulada. Ah, craque não dá paulada. Não, craque sabe a hora em que deve chutar colocado ou forte, porrada mesmo. Luan vai aprender. Agora, dá gosto ver Luan jogar. Um menino que não se esconde, chama o jogo, assume e bronca, e sempre com talento. Por vezes, perde a bola, mas a retém o tempo necessário na maioria das vezes. Não, ele nunca se livra da bola. Craque em formação.

Luan tem dois ótimos coadjuvantes: Giuliano e Douglas. Esqueçam aquele Douglas indolente, tipo xícara de chá com as mãos na cintura gorda. Douglas é outro jogador. Quem o critica hoje, o faz pelo passado, não pelo presente. Ou seja, preconceito puro. Ideia formatada, imutável. Ainda acho que um jogador mais dinâmico poderia ser mais útil, mas por enquanto Douglas está dando conta do recado. Ou será que ele não tem contribuição nessa campanha excelente do técnico Roger. Quatro vitórias seguidas. Aliás, os três pontos desta noite foram obtido graças ao pênalti sofrido por Luan e batido por Douglas.

Os três pontos passam por esse pênalti. Felizmente o zagueiro Bruno Rodrigues fez a falta sobre Luan dentro da área. Se Luan chutasse a gol, aquele chutezinho colocado, provavelmente Fábio o defenderia. Felizmente, houve o pênalti.

No segundo tempo, o Cruzeiro equilibrou o jogo. Mas as melhores chances ainda foram do Grêmio. Lembro de uma do Marcelo Oliveira entrando em diagonal e batendo forte para outra grande defesa do Fábio – aposto que ele vai tomar frango no próximo jogo. Sabem por que Marcelo ficou livre para marcar? Porque o ‘aipim’ Braian Rodriguez levou consigo a marcação num deslocamento inteligente. Os ‘aipins’ também pensam, ora vejam só!

Agora, assim como não considero o uruguaio um jogador inútil, como muitos pensam, acho que Roger errou. Quem deveria ter entrado é Mamute, que tem a velocidade do Pedro Rocha e a força física do Braian. Penso até que Pedro Rocha deveria ter saído mais cedo.

Por fim, é urgente resolver a questão da lateral-direita. Gallardo não tem condições de ser titular. Outra coisa, Rodolpho é um gigante. Não pode ser negociado. Um grande time, um time campeão, se forma com um grande goleiro, um grande zagueiro, um grande volante (Wallace) e um grande atacante, este ainda está faltando.

AGUIRRE

O Inter perdeu um jogo perdível, ainda mais com essa política de poupar uns e outros. O problema foi levar 3 a 0. Não duvido que neste momento tem gente cogitando a demissão do uruguaio.

Gente lembrando o que Fernando Carvalho fez em 2010 em plena Libertadores. Trocou o uruguaio Fossati por Celso Roth, que recém havia assumido o Vasco da Gama. A história se repete como farsa.

Qualquer coincidência não é mera semelhança. Ou o contrário.