O dirigente bunda-mole e a mão de Barcos

Pior que dirigente bunda-mole é dirigente que já é bunda-mole sem mesmo ter assumido.

Não sei quem anda abastecendo a mídia, que está no seu papel porque tem espaço a ser preenchido e precisa sempre ir busca em notícia, mas quem o faz está indo com muita sede ao pote, que sequer tem a minha cerveja dentro.

Há uma competição em andamento. É preciso dar moral para esses jogadores, mesmo que alguns realmente deixem muito a desejar. Mas é o que temos para o momento.

Sábado, após o oitavo empate no returno, número excessivo para quem havia empatado apenas um jogo no turno, Luxemburgo aproveitou uma pergunta sobre Lugano para criticar esse tipo de informação/boato/especulação. Paulo Pelaipe bateu forte e foi direto no que lhe interessava: bater naqueles que seriam a origem das notícias sobre contratações, os dirigentes eleitos.

Sinceramente, não sei se tem mesmo algum dirigente eleito, ou do grupo dos eleitos, passando informações, até porque é óbvio que o time será reforçado e que Lugano é um dos objetivos. Então, qualquer um pode especular a partir daí. Sem que seja necessária alguma informação.

Então, se tem algum bunda-mole falando demais, é preciso que o presidente Fábio Koff entre em campo imediatamente, mesmo à distância, dando um páratiquieto no ‘barriga fria’, jargão jornalístico que designa aquele que não se contém e passa adiante toda informação que recebe.

Então, esses dirigentes – alguns nem são de primeira viagem porque ainda nem embarcaram – estão prestando um desesserviço ao clube e mais: dão motivo para Luxemburgo e Pelaipe encontrarem desculpa para eventuais fracassos.

Não há dúvida de que o time caiu de rendimento, está descendo a ladeira muito antes de surgirem especulações.

Portanto, a dupla Luxa/Pelaipe até agradece, porque tem alguém anônimo a responsabilizar pela queda lenta e gradual do time no Brasileirão.

BAHIA

O oitavo empate do time passou pelos pés de Leandro. O atabalhoado Leandro, que começo a desconfiar que aos 30 anos ainda será apontado como um jogador de muito potencial, perdeu dois gols. Num, estava com a bola pronta para ser arremessada, e tentou o drible pra dentro. Perdeu a bola. Em outro, deveria ter tentado driblar o goleiro até para tentar um pênalti. Mas o pior, o inaceitável, foi mesmo o primeiro lance.

Só não considero certo o treinador criticar o jogador, ainda mais um jovem, publicamente. Luxemburgo exagerou na medida. Sinal de desespero? Não sei, mas se fosse um Celso Roth a fazer isso a mídia toda bateria e bateria forte.

Ah, mas o Luxemburgo é o Luxemburgo. Ganhou salvo-conduto para fazer o que quer, inclusive insistir com o Marco Antônio.

Se Leandro tira o pé, o que dizer do ‘volante’ Marco Antônio que eu nunca vi dividir uma bola?

Bem, o Grêmio vê o São Paulo se aproximando e pelo jeito vai mesmo perder o terceiro lugar.

A não ser que o ataque volte a fazer gols, muito raros neste segundo turno.

ARBITRAGEM

Não vi o jogo do Inter contra o Palmeiras. Depois, assisti aos melhores momentos do jogo. O gol de Barcos foi mesmo com a mão.

O problema é que ninguém da arbitragem viu. Nem aquele inútil que fica atrás da goleira. Repórteres de rádio, no mesmo local, viram o toque do argentino -aliás, argentinos gostam de fazer gol com a mão-, mas os homens de preto não. Até o pipoqueiro fora do estádio viu a mão de Barcos.

Feita a confusão, o juiz recuou e marcou a infração, anulando o gol que já havia assinalado.

O juiz teria sido alertado pelo quarto ou 25º árbitro, são tantos que já perdi a conta, que teria sido informado por uma repórter ou teria visto o lance na TV.

Quando soube disso, lembrei do lance de Rivarola contra o Ajax. O juiz expulsou Rivarola baseado no telão do estádio, um elemento estranho à regra do jogo.

O mesmo aconteceu agora: um elemento estranho ao jogo determinou a anulação do gol.

O Palmeiras deve mesmo recorrer e tentar anular o jogo. Está no seu direito.

E não duvido até que consiga.

Ah, e esse batalhão da arbitragem deve levar uma geladeira. É despreparo demais.