Grêmio joga um futebol pobre e só empata com o Avaí

Depois do empate com o Avaí, 1 a 1 na Ressacada, começo a desconfiar que a derrota para o Santos, na Arena, talvez não tenha sido um acidente de percurso, conforme defini após o jogo.

O Grêmio jogou uma de suas piores partidas na vitoriosa e gloriosa era Renato.

O time misto armado por Renato tinha todas as condições de jogar melhor e se impor ao adversário desde os primeiros minutos.

Luan, Diego Tardelli e Montoya – cuja grande virtude parece ser cobrar escanteio – são jogadores de primeira linha, seriam titulares em qualquer outro time.

Então, não se pode atribuir à ausência de três ou quatro titulares a mediocridade do futebol apresentado.

É claro que Maicon, o maestro do time, fez falta, exatamente como eu previ. Mas não foi só pela ausência dele que o time jogou tão mal.

A presença de um volante marcador, mais limitado tecnicamente, contribuiu também, mesmo que tenha feito o gol abrindo o placar. Aliás, um gol de cabeça como há muito não se via no Grêmio.

Rômulo é de outra família, e a meu ver só deve ser utilizado por uma questão tática emergencialmente, assim como o centroavante aipim.

Não se pode, também, responsabilizar Michel, autor de um belo gol de cabeça, sem chances para Paulo Vitor.

Esse gol infeliz feito por um volante improvisado talvez inspire o comando de futebol do clube a contratar não um, mas dois zagueiros de nível médio para cima.

Eu ficaria satisfeitíssimo com um Moledo, maior destaque do Inter na vitória sobre o Flamengo, que, aliás, mostrou um futebol tão pobre quanto o do Grêmio.

Mas já soube que o sr. Duda Kroeff teria dito que o Grêmio não está atrasado, ou algo assim, na busca de zagueiro. Não pode ser verdade.

Poucos jogadores escaparam nessa atuação desastrosa. São eles: Paulo Vitor, Geromel e Matheus Henrique, melhor figura em campo.

Nem Éverton que entrou no segundo tempo como salvador da pátria foi bem. Curiosamente, ele, o grande driblador, foi entortado na linha de fundo, onde ele estava como um abnegado gremista, fora de sua posição.

Antes, havia ocorrido um erro de Leonardo, que numa virada de bola entregou para o adversário, lance que resultou no escanteio fatídico.

Mas foi apenas um entre tantos erros do time e do técnico Renato Portaluppi, que não conseguiu ajeitar o time de forma a pressionar e a criar chances reais de gol.

Primeira rodada, derrota; segundo rodada, empate; terceira rodada, mantida a ‘evolução’, teremos vitória.

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