Renato Portaluppi, a estátua e o gardelon cara-de-pau

Eu fui contra a estátua em homenagem ao Renato. Não que ele não mereça, ao contrário. O problema é homenagear um profissional que está na ativa. Sempre há o risco de algum constrangimento.

Um erro em bronze é um erro eterno, escreveu Mário Quintana.

A homenagem em si não é um erro. A questão é que em algum momento Renato teria de cuidar de sua vida, como agora. Ou começaria a perder, o que é natural. A eternidade no futebol não passa de dois ou três anos.

Nenhum treinador, por mais vitorioso e idolatrado, resiste a uma série de resultados negativos. E, quando decide trocar de clube, não falta alguém para dizer que se trata de alta traição. Já li isso nas redes sociais.

Bem, de minha parte, acho que Renato só deve anunciar sua decisão antes do jogo contra o Corinthians – muito importante para o planejamento de 2019 – se for para dizer que fica.

Se for para comunicar a saída, que seja depois do jogo. Nunca antes, porque pode desmobilizar o time.

Então, pela lógica, se ele não falar nada até domingo, 19 horas, é porque realmente acertou-se com o Flamengo.

Renato tem direito de buscar o que ele considera o melhor para si, pessoal e profissionalmente.

Eu espero que ele continue, até para dar continuidade ao trabalho vitorioso. Continuidade. Não é isso que se busca e se cobra no futebol?

Os colorados da imprensa e fora dela querem o fim do ciclo. “Não tem de continuar nada!”, dizem, babando de alegria. Querem o fim de Renato, o maior pesadelo vermelho desde o Mazembe e o Kidiaba, passando pelo caso do PDF.

Enquanto isso, pipocam nomes. Não tenho opinião sobre esses nomes. Só tenho uma certeza: quem vier vai enfrentar o desafio de substituir um ídolo.

Não será nada fácil.

GARDELON CARA-DE-PAU

O presidente do River, D’Onofrio, é um baita cara-de-pau, pra não dizer coisa pior.

Esse gardelon está cobrando do presidente do Boca Jrs. o cumprimento de um ‘pacto de cavalheiros’.

D´Onofrio: “Yo cumplo con lo que firmo y exijo lo mismo”, disse o cartola argentino agora à tarde. Só rindo mesmo.

Algo parecido com o acordo de fair play firmado pelos quatro semifinalistas da Libertadores.

Um acordo que acabou sendo pisoteado, conforme lembrou o presidente Romildo após o afago da Conmebol no River Plate no caso Gallardo.

MUNDIAL DE CLUBES

O tempo vai passando e nada de um representantes sul-americano para disputar o Mundial de Clubes.

Duas semanas atrás eu escrevi que a vaga poderia cair no colo do Grêmio, o atual campeão da América.

Passam os dias e a vaga ainda não foi preenchida…