Frustração na reta final do Brasileiro

Pior que terminar o ano brigando por vaga direta na Libertadores é não conquistar essa vaga. Claro que existem coisas piores como a fuga do rebaixamento e a disputa de uma lugar na Sul-Americana, mas me detenho à ponta de cima.

É ali que está o Grêmio. A rigor, o time que desdenhou do Brasileirão (por um objetivo maior) até que não termina mal a competição, porque jogou inúmeras vezes com equipes descaracterizadas em função de priorizar Copa do Brasil e principalmente a Libertadores. Pagou o preço. Deixou escapar o título do Brasileirão e perdeu os dois prioritários.

O problema é que ficar entre os primeiros é pouco para um clube do tamanho do Grêmio. Se tivesse retomado o Brasileirão a pleno após a dura e injusta eliminação na Libertadores, o Grêmio estaria hoje em segundo lugar, mas encostado no campeão Palmeiras.

Por razões de todos conhecidas, o Grêmio não voltou a jogar aquele futebol competitivo e ambicioso, capaz de enfrentar e superar os maiores desafios. Nem me refiro aquele time que encantou o país, que começou a desmoronar com a saída de Arthur, seguida da de Jaílson e queda técnica e física de alguns titulares importantes. O Grêmio nessa reta final caiu muito, passou a ser um time comum, situação agravada pela perda em especial de seu principal jogar, sua maior referência técnica, o Luan.

O que restou foi um time incapaz de vencer, por exemplo, o pobre Vitória. O Grêmio até que criou chances de gol, mas não foi competente para superar o goleiro João Gabriel, que fez algumas boas defesas. João Vitor, diga-se, também foi exigido e voltou a corresponder.

A esperança agora é que a direção e sua comissão técnica, com ou sem Renato, saiba fazer a leitura correta do que aconteceu e tome as providências necessárias, afastando quem comprovadamente não tem condições (todos sabem quem são) de seguir no clube e fazendo contratações que qualifiquem o time.

Por fim, está difícil superar a frustração com essa reta final.

Ah, como é bom ver quem não ‘comemorava vaga’, chorando de emoção e soltando foguetes pela vaga no G-4.

VITÓRIA

Lamento muito a queda do Vitória. Foi o clube brasileiro que mais me deu alegria. Jamais vou esquecer sua contribuição decisiva para o rebaixamento do Inter, dentro e fora de campo.

Assim como o Mazembe, o clube baiano mora no meu coração.

CONMEBOL

Os presidentes dos grandes clubes brasileiros já garantidos na Libertadores 2019 se reúnem nesta segunda na CBF. Espero que tomem uma posição séria e firme em relação à Conmebol. O momento de cobrar e assegurar direitos é agora. A entidade está fragilizada e desmoralizada diante do fiasco que é a fase final da competição.

Aliás, o certo, diante da selvageria dos torcedores do River, seria dar o título ao Boca. Simples.

Não duvido que tudo que está acontecendo tenha por trás a força mental da torcida gremista. Não provoquem essa torcida…