Brasil eliminado por uma equipe inferior, mas com grande goleiro

A seleção brasileira foi eliminada por uma equipe média, bem organizada e com uns dois ou três jogadores talentosos, a começar pelo goleiro.

Courtois levou o time belga nas costas.  Fosse outro goleiro, um tantinho inferior, o Brasil teria eliminado a Bélgica.

Sim, faltou pontaria em algumas conclusões do ataque brasileiro, mas em outras apareceu esse goleiro fenomenal.

Não sou um torcedor da seleção. Pra mim tanto faz, mas fico irritado com injustiças. O Brasil não merecia ser eliminado.

Vejo que tem muita gente fazendo terra arrasada, os mesmos que horas atrás não viam defeitos no time armado por Tite.

Os duros críticos do empate com a Suíça mudaram o tom com os resultados positivos que foram surgindo, em especial após a vitória sobre o México, festejado por ter eliminado a Alemanha, mas que não passa de outra seleção mequetréfe.

Bem, agora esses que nunca perdem e tudo sabem, deitam cátedra. Eu mesmo acho que Luan e Arthur poderiam ajudar o time, mas ao contrário de alguns, ou muitos, não tenho absoluta certeza disso.

A causa maior da eliminação brasileira para um time inferior – e isso não é raro em mata-mata, nem sempre o melhor se classifica – foi a Bélgica ter achado aquele gol na cobrança de escanteio, e que Fernandinho teve a infelicidade de mandar para a rede.

Logo o Fernandinho, um reserva que só saiu jogando porque o titular, Casemiro, não tinha condições de jogo. Tenho pra mim que esse jogador ficou abalado, porque errou acima da média, e se trata de um volante muito bom.

Então, temos o gol belga, o time menor. Esse gol mudou a história do jogo, porque os jogadores brasileiros foram para cima decididos a empatar logo. Foi o grande erro. Abriu-se um clarão no setor defensivo. A Bélgica aproveitou-se disso e fez 2 a 0.

Olha, é raro ver a seleção brasileira sair perdendo por 2 a 0. Por isso, começou a passar em minha mente cenas dos 7 a 1. Passei a acreditar numa goleada. E a goleada teria acontecido se a Bélgica tivesse mais qualidade.

Não sei se os jogadores em campo não tiveram o mesmo sentimento, o temor de uma goleada, da repetição do vexame de 2014. Percebi semblantes assustados no time brasileiro.

No segundo tempo, vi um Brasil mais seguro, atacando, fustigando, e a Bélgica encurralada, formando um cinturão humano diante de sua área. Mesmo assim, pela técnica superior, muitas situações de gol foram criadas.

Do outro lado, o goleiro Alisson não foi exigido. Foi quase um espectador, prova da superioridade brasileira.

A entrada de Douglas Costa foi um sopro de talento, ousadia e eficiência. O guri gremista acertou todos os lances, e por pouco não fez o seu gol.

Mas sofreu um pênalti que o juiz não marcou, e ainda por cima, do alto de sua soberba, recusou o VAR. É aquilo que eu digo, enquanto a decisão de chamar o VAR pertencer apenas ao juiz, sem que a parte que se considera prejudicada seja ouvida, veremos muitas injustiças, como essa e outras que vimos no Mundial.

Sobre Neymar, leio e ouço muitas críticas. Não concordo com elas. Neymar tentou de todas as formas, fez boas jogadas, lutou e assumiu a responsabilidade, até por se tratar do melhor do time.

Agora, Neymar, assim como Messi e Cristiano Ronaldo, não joga sozinho, não tem condições de resolver um jogo se não tiver parceria. E mesmo quando tem essa parceria de boa qualidade, sempre há o risco de aparecer um goleiro como esse belga, que foi fundamental para mandar a seleção do Tite de volta mais cedo para casa.

Se bem que a maioria fica ali pela Europa e adjacências.