É bom demais ser gremista

Orgulho de ser TRICAMPEÃO da América dando show de futebol;

Orgulho de vencer os dois jogos da etapa final da Libertadores sem abdicar nunca de atacar, mantendo ao máximo seu padrão de jogo;

Orgulho de ver o Grêmio recebendo os maiores elogios da crônica esportiva do centro do país, que utilizou adjetivos como ‘impecável’ para definir o futebol que o time praticou durante a maior parte do tempo no estádio do Lanus, onde o dono da casa é quase imbatível;

Orgulho de ver um ex-atacante do nível de Casagrande confessar que gostaria muito de jogar nesse Grêmio atual;

Orgulho de vencer quatro dos sete jogos fora de casa na Libertadores, mostrando que é possível ser vitorioso em qualquer competição sem precisar armar retrancas e ficar dependendo de uma jogada para vencer;

Orgulho de pertencer a uma torcida que muito antes de o jogo começar já lotava a Goethe, território desbravado pelo Grêmio que hoje foi retomado de maneira grandiosa;

Orgulho de ver a majestosa Arena sendo tomada por mais de 30 mil torcedores numa noite em que o time jogava em outro local, mostrando sua paixão e sua fé em Renato e seus comandados;

Orgulho de torcer por um treinador que em pouco mais de um ano fulminou com todas as desconfianças em relação ao seu potencial, armando um time forte e organizado para conquistar uma Copa do Brasil e uma Libertadores da América, tendo a humildade de manter a base herdada de Roger Machado;

Orgulho de torcer por um treinador que é o único no país a ser campeão da Libertadores tanto como técnico como na condição de jogador;

Orgulho de torcer por dirigentes que souberam estruturar e planejar o clube, em meio à críticas e questionamentos, para atingir o objetivo maior na temporada, que é a Libertadores;

Orgulho de torcer por um time formado por cidadãos, profissionais sérios, que colocaram os interesses do coletivo acima do individual, o que acabou sendo decisivo para a conquista do Tri da América;

Orgulho de torcer por jogadores considerados por alguns torcedores como insuficientes para defender o time, como aconteceu com Marcelo Grohe, Jaílson e Fernandinho, só para ficar em três nomes que se destacaram neste jogo histórico contra o Lanus;

Orgulho de torcer por um time que tem jogadores como Luan, autor de um gol antológico, e eleito o melhor da competição, e Arthur, escolhido o melhor em campo, mesmo tendo de sair mais cedo por motivo de lesão;

Enfim, são muitos os motivos para sentir orgulho nesta noite mágica, de emoção, de lágrimas e de euforia.

Mas tudo pode ser resumido numa frase:

É bom demais ser gremista.