Uma análise dos reservas que deram susto no Santos

Gostei do time B/C (formado por reservas e jovens da casa) que enfrentou o Santos titular em plena Vila Belmiro e acabou batido, injustamente, por 1 a 0. Portanto, não estou entre aqueles que não conseguem ver nada de bom nessa equipe emergencial, que lembra muito aquela que foi derrotada pelo Sport, em Recife, nas primeiras rodadas, e que virou símbolo dos críticos da decisão da diretoria de focar na Copa do Brasil e Libertadores.

Vi qualidades e defeitos em todos os jogadores, mas a média geral foi boa. O setor defensivo, com Bressan e Thiery na zaga, deu conta do recado. O Santos poucas vezes levou perigo, isso que tem Ricardo Oliveira de centroavante, jogador que era objeto de desejo de nove entre dez gremistas nem faz muito tempo.

Não sei se é o espírito de finalista da Libertadores, mas consegui ver qualidade até no lateral Leonardo, que teve alguns bons lances entre outros menos felizes. Claro, não é jogador para o Grêmio. Assim como esse Conrado, que tem boa técnica. É possível que com mais experiência ele evolua, é possível, mas não levo fé.

O goleiro Paulo Vitor mais uma vez teve atuação segura, provando que é mesmo um reforço, um ótimo reserva para o Grohe.

O paizão do time foi o veterano Cristian. A maioria das bolas passava por ele. Os jovens meias do time não assumiram a responsabilidade da criação. Com isso, restou o toque de bola improdutivo no meio e a bola longa passando sobre o meio de campo.

O jovem Batista, ao menos para mim, continua sendo uma incógnita. Vejo nele potencial, embora tenha feito de novo uma partida irregular, com altos e baixos. Mostrou que bate bem na bola.

Patrick, de quem espero muito como a maioria dos gremistas, meio de que se escondeu. Teve um grande lance ao livrar-se de forte marcação na risca da pequena área e chutar para grande defesa do Vanderlei. Foi a melhor chance do Grêmio, que teve uma bola na trave, num chute colocado do Dionathã, outro com bom potencial.

Mais na frente, Jael. Muita luta, muito esforço e pouco resultado. De novo teve alguns bons lances. Recebeu dois cruzamentos na medida para fazer de cabeça e não aproveitou. Mas é centroavante, fica sempre perto da goleira inimiga. Quem sabe, como diria o Baltazar, Deus não está guardando algo melhor pra ele? Quem sabe?

A lamentar um pênalti no final, quando Jael foi puxado dentro da área numa cobrança de escanteio. Meia dúzia de árbitros trabalhando e nenhum viu lance tão escandaloso? Ou esse pessoal tem olhar seletivo?