Técnicos que quero ver longe do Grêmio

Depois de assistir ao tenebroso primeiro tempo cometido por Cruzeiro e Flamengo na decisão da Copa do Brasil, concluí que:

o segundo tempo seria igual ou pior;

não sairia gol;

e, por último, confirmei o que eu já mais ou menos havia decidido: se depender de mim Mano Menezes nunca mais treinará o Grêmio.

Não dá, o cara é muito cagão, retranqueiro, só sabe armar time para defender, não para atacar. Tinha um Mineirão com recorde de público a favor dele, e o que se viu foi um Cruzeiro com medo e com um futebol precário, sem jogadas, sem toque de bola. Enfim, o Cruzeiro que deveria propor o jogo tratou de nivelar por baixo. Mas foi campeão.

Tem um pessoal que gosta do Mano e na primeira oportunidade vai defender sua contratação.

Um título que seria do Grêmio não fossem as lesões, as suspensões e a venda de Pedro Rocha. Hoje, conversando com gremistas, desses que conseguem entender as dificuldades do treinador para armar um time desfalcado de seus melhores jogadores, ficou claro que o Grêmio deixou escapar talvez a CB mais em sua mão entre todas as já conquistadas.

Confesso que não gosto de Mano Menezes desde 2006, quando ele armou um time muito parecido com esse do Cruzeiro agora, e conseguiu chegar à final com um futebolzinho de doer.

Na decisão com o Boca Juniors cometeu erros que abriram o caminho para o time argentino vencer. A favor de Mano o fato de que a Libertadores era o grande trunfo para o presidente do clube vencer a eleição para prefeito de Buenos Aires, que aconteceria dois ou três meses depois. Não sei se me entendem. Se não me entenderem não tem problema, eu também muitas vezes não me entendo.

Então, Mano desde seu início é perito em armar times que jogam alguma coisa parecida com futebol. E eu não quero mais ver isso no Grêmio!

Quem viu o Grêmio de Renato e Roger, nesta ordem em função da hierarquia superior do atual técnico gremista, jogar não pode mais tolerar um time que só sabe jogar assim aos trancos e barranco, com o regulamento debaixo de braço, sem compromisso com a qualidade, a alegria, a estética.

O Grêmio de Renato – com todos os titulares – e o de Tite, em 2001, provam que é possível ser competitivo e jogar bonito, com arte e elegância. Isso só pra ficar nos mais recentes.

Aproveitando o tema, além do Mano, não quero ver na casamata tricolor técnicos como Celso Roth, Luxemburgo, Autuori e Abel. Há outros menos votados.

Ah, e qualquer um que chegue com livros debaixo do braço e com currículo de estudos em clubes europeus.

Cícero

O Cícero que vi jogar em outros tempos, especialmente no Fluminense, onde trabalhou com Renato, me serve. Tem boa experiência em Libertadores, foi vice campeão com Renato, em 2008, perdendo o título para a LDU nos pênaltis. Vi esse jogo e digo que foi um ‘crime’ o Fluminense não ter sido campeão.

Diante de um mercado restrito e da falta de mais recursos financeiros, vejo a contratação de Cícero como importante e oportuna.