Não existe ‘jogo jogado’: todos na Arena

A possível saída de Luan para um futebol quase secreto ocupa amplos espaços na mídia. Não faltam nem suposições sobre como será o Grêmio sem Luan.

Ora, será como foi quando perdeu Renato Portaluppi – que saiu quase de graça para o Flamengo -, e Valdo, pra ficar apenas nesses que estão na galeria dos melhores jogadores que vi com a camisa tricolor.

Nunca mais apareceu um Renato ou Valdo, mas vieram outros igualmente talentosos, e até com características similares às dos que partiram – alguns pela porta dos fundos como quem rouba.

Enfim, o Grêmio sobreviverá, sem dúvida. E continuará grande, forte, porque tem uma torcida que se mantém ao seu lado nos bons e nos maus momentos até que a morte nos separe, amém.

No momento, para seguir sua trajetória vitoriosa nesta temporada dos sonhos – não me acordem – será preciso continuar na Libertadores. Para isso, é preciso superar esse obstáculo chamado Godoi Cruz. Tem gente aí opinando que o time argentino é ‘galinha morta’, que a vitória virá ao natural, sem maior esforço.

Quem diz esse tipo de coisa é:

-um gremista otimista demais, meio fora da casinha;

-um mal-intencionado, querendo criar clima de já ganhou até pra não ir muita gente à Arena;

-um saudosista que imagina ainda estar em algum lugar do passado em que os clubes menores tremiam diante dos mais fortes;

-um neófito, que sabe droga nenhuma de futebol, seus dramas, suas tragédias, como a vitória imposta pelo glorioso Mazembe a um clube hoje chafurda na segundona.

Felizmente, a maioria dos torcedores já sabem que não existe jogo jogado. O argentino Kannemann, que conhece bem seus conterrâneos, está alertando para um jogo muito difícil nesta quarta, 19h15. Diz ele que será um jogo disputado no limite, e eu não tenho dúvida disso.

Já li hoje na imprensa que o Grêmio tem larga vantagem. Desde quando vitória por 1 a 0 é larga vantagem? Esse tipo de afirmação é coisa de gente mal-intencionada, que quer uma Arena com pouca gente – o horário contribui para isso, infelizmente.

Assim como o time em campo terá de jogar no limite para evitar uma surpresa, cabe ao gremista se esforçar para ir ao jogo e torcer por um resultado que mantenha o clube na briga pelo tri da Libertadores.

De minha parte, vou ao jogo mais tranquilo porque a direção decidiu poupar titulares contra o Atlético-MG. O Grêmio terá força máxima, com exceção de Edílson. Mas quem tem Léo Moura não se preocupa com esse desfalque.

 

Outro motivo para ir à Arena: ver de perto a arte de Luan com o manto tricolor. Vá antes que acabe…