Meu ano está ganho, mas quero mais

Não há um gremista sequer que eu encontre que não repita a seguinte frase, como se fosse um mantra:

“Meu 2017 já está ganho”.

Claro que a frase ainda está sob os efeitos do penta da Copa do Brasil e, principalmente (e bota principalmente nisso), a queda do ‘clube grande não cai’. Na verdade, o Inter não só caiu, como desmoronou perante a comunidade esportiva nacional a partir de declarações e iniciativas infelizes, para dizer o mínimo.

Logo virá a Libertadores e o sonho do tri, o que não é impossível com ‘São” Portaluppi no comando, assessorado pelo Valdir Espinosa, passará a ocupar corações e mentes tricolores.

O que está claro, hoje, para os gremistas de modo geral, é que o ano já está ganho. Imaginem, diz após dia acompanhando o martírio vermelho nos caminhos espinhentos e pedregosos da segundona, que boa parte da mídia tenta, inutilmente, glamourizar. 

Será um ano de muitas brincadeiras envolvendo o drama colorado. As redes sociais, que não existiam quando o Grêmio caiu, são hoje instrumentos de tortura contra quem está na ponta de baixo da gangorra.

Tudo que os colorados fizeram nas duas oportunidades é quase nada em termos de brincadeiras, que serão constantes, permanentes, e muitas delas marcadas pelo humor e a criatividade. É o lado legal do futebol.

De minha parte, eu que sobrevivi aos anos de chumbo – a década de 70 foi terrível, traumática até – e aos títulos internacionais obtidos pelo Inter recentemente, já duvidava que pudesse viver para assistir a via-crúcis vermelha.

Sim, estou de alma lavada e preparado para um novo ciclo de conquistas do nosso Grêmio.

Enfim, o ano está ganho, mas no futebol a gente nunca está plenamente satisfeito.