Palmeiras é favorito, mas só até a bola rolar

O Palmeiras é favorito na disputa com o Grêmio. Vale o mesmo para Atlético Mineiro, Santos e Corinthians em seus confrontos.

O futebol, no entanto, é uma ‘caixinha de surpresas’, como dizia o ‘filósofo’ Dino Sani.

Assim como a lógica aponta para a classificação desses quatro, a lei das probabilidades indica que é muito difícil não ocorrer ao menos um resultado ‘inesperado’, que contrarie a tendência do momento.

Outra tendência do momento: o Inter bater o Figueirense em seu estádio, jogo que desperta suspeição aqui e no centro do país em função da escalação de um árbitro que nunca apitou série A e que tem um histórico de desempenho, digamos, insuficiente. Ninguém esqueceu o que houve com o Santos em situação semelhante algumas rodadas atrás.

Independente de qualquer coisa, no futebol tudo pode acontecer.

Então, gremistas, juventudistas, colorados e cruzeirenses vão para esses jogos confiantes de que a lógica pode ser rompida. Não fosse assim, não seriam torcedores.

A essência do torcedor é acreditar sempre, mesmo que seja um acreditar escondido lá no fundinho do peito. 

Em relação ao Grêmio, quero enfatizar que acredito na vítória e na classificação à próxima fase da Copa do Brasil. Confesso que é mais desejo mesmo, mas é também consequência do que penso sobre as duas equipes.

O Palmeiras, tudo bem, pode ser campeão brasileiro, mas não vejo no time de Cuca tanta qualidade assim. Podem me chamar de preconceituoso, mas como aceitar que um time que tem o pequeno Dudu como destaque e capitão seja assim tão superior?

A maior vantagem do Palmeiras é o grupo grande, com alternativas interessantes para o treinador. Além disso, é um time com jogadores de bom nível, nenhum craque, mas sem jogadores que comprometam. 

Além do mais, vejamos o caso do Grêmio, que até determinado momento disputava o título com o Palmeiras de igual para igual.

Como se previa, o tempo foi esfarelando o time, com Roger tendo que apelar para reservas ainda por afirmar-se ou realmente insuficientes.

Nos últimos jogos, então, ficou evidente a falta que faz Giuliano e até o jovem Éverton, que vinha subindo de rendimento.

Bem, apesar de tudo acredito o Grêmio tem todas as condições de vencer o Palmeiras e alcançar a vaga.

Acredito no potencial de Pedro Rocha e também levo fé em Guilherme. Os dois ainda têm a instabilidade dos jovens que buscam espaço e afirmação.

Se Renato conseguir passar confiança a esses dois guris não tenho dúvida de que o ataque voltará a funcionar.

No mais, resta a mística do Renato, a tradição gremista na CB e a força da torcida.

Mas uma torcida que ajude o time, ficando em silêncio se for o caso, mas nunca com murmúrios e vaias com a bola rolando.

Nesse caso, é melhor ficar em casa. Quem não ajuda, que ao menos não atrapalhe.