Renato, Espinosa e Cia.

Nesses 15 anos de seca, o Grêmio teve treinador de tudo que é tipo. Profissionais de vários perfis, talvez de todos os perfis possíveis.

Teve o melhor de todos, Tite, nesse período, mas por intrigas e má avaliação o mandou em frente. E Tite foi, deixando suas ‘ovelhinhas’. Acumulou títulose hoje treina a seleção brasileira. 

Agora, o Grêmio segue sua sina de cada temporada: a busca de um treinador.

O nome da vez é Renato Portaluppi. O nome gera aplausos entusiasmados e ranger de dentes. Ninguém consegue ficar indiferente.

Para atenuar o efeito negativo e poupar os dentes dos mais resistentes ao retorno do velho ídolo dos gramados e hoje visitante ocasional de casamatas, a direção do Grêmio, sabiamente, estaria trazendo Valdir Espinosa no pacote, que teria como comandante o experiente e disciplinador Adalberto Preis.

Aplaudo a iniciativa. Falam também em Tcheco para diretor de futebol. Outra boa ideia. Ao menos, é do ramo.

Futebol é dinâmico. Há quem pense que o Grêmio deveria projetar 2017. Esquecem que há uma eleição pela frente.

Tudo o que não quero é que se repita a permanência de um técnico de ano para outro sem harmonia total com a direção que assume.

Então, Renato é para uma emergência. Se tiver sucesso, ou seja, conquistar a Copa do Brasil, deve permanecer. Desde que a atual diretoria se reeleja.

A outra vez em que Renato ficou depois de uma campanha EXITOSA foi mantido pela diretoria seguinte, de oposição, pela força das circunstâncias, não por convicção e convergência de pensamento. Aconteceu o mesmo na relação Koff/Luxemburgo.

Em 2010, Renato, com seu time jogando um futebol ofensivo, tirou o Grêmio da zona de rebaixamento e o levou ao quarto lugar, conquistando vaga à Libertadores.

Era um Grêmio de futebol ofensivo, veloz, objetivo. Na época, seus mais duros questionadores, ficaram aliviados e comemoraram.

Renato foi indicado como candidato ao prèmio de melhor técnico do Brasileirão. Hoje, os amargos críticos de Renato desprezam esse dado, valorizando chorumelas. 

Em seu retorno, mais uma vez Renato herdou um time que não foi por ele montado – outro dado que seus críticos ‘esquecem’. Havia, de novo, o risco de rebaixamento.

Sua única indicação: o zagueiro Rodolfo. Foi um tempo em que o Grêmio dificilmente levava gol de cabeça.

Pois Renato levou o time ao vice brasileiro, mas aí jogando um futebol realmente irritante. Muuuuito diferente daquele de 2010.

Um futebol de marcação, com três ‘volantes corredores’ como diz meu amigo Ricardo Wortmann (um dos que quer ver Renato longe da casamata tricolor).

Esse time acabou eliminado da Copa do Brasil pelo Atlético Paranaense.

Coisas do destino: o Atlético pode ser o adversário de estreia de Renato, e de novo pela CB.

Minha esperança que esteja voltando o Renato de 2010. Se for assim, nada mais será impossível.

REBAIXAMENTO

Essa vem do cornetadorw:

http://cornetadorw.blogspot.com.br/2016/09/imaginem-se-os-humanos-nao-tivessem.html