Nova derrota acende sinal de alerta

Contra o Vitória, a derrota passou pela arbitragem e pelas deficiências do time gremista. Neste domingo, os 2 a 0 diante do Atlético Paranaense, em Curitiba, ficam na conta do time e do treinador Roger Machado. A favor do técnico, de novo, o fato de não ter quatro titulares muito importantes. Cinco, se contarmos Douglas, poupado.

Dessa vez, a arbitragem é inocente, embora quase tenha se complicado ao validar um gol em impedimento do Atlético – e depois recuar. Numa jogada em que o árbitro e o bandeirinha se mostraram tão desentrosados quanto o time tricolor. 

O Grêmio foi incapaz de criar uma só jogada de gol – se eu estiver errado me corrijam por favor. O goleiro Weverton nem precisaria ter se fardado. Não me lembro de ter visto atuação tão horrorosa quanto essa neste ano. Sei, houve outras ruins, mas não tanto.

A realidade é que o Grêmio escapou de uma goleada. O goleiro Marcelo Grohe fez pelos menos umas duas ou três defesas sensacionais.

Então, a defesa falhou – o que era de se esperar com essa dupla Fred e Thyere, este com a atenuante de estar muito tempo sem jogar.

Sertanejo universitário

O meio-campo teve a criatividade de um compositor de sertanejo universitário, e o ataque simplesmente não existiu.

Já faz tempo que escrevo aqui, e repito, assim como muitos gremistas, que o Grêmio mal e mal tem um time titular. Saindo disso, tudo se complica. Falta qualidade nas reposições e o técnico Roger se confunde, se perturba.

Roger se perde, talvez por ouvir demais pessoas que sempre buscam velhas soluções onde sabidamente não as encontrará.

Aipim que não cozinha

Entre essas soluções, está o centroavante Bobô é um aipim daqueles duros, que a gente cozinha, cozinha e nunca amolece. É um aipim ruim.

Não serve nem como alternativa.

Se Roger fosse mesmo um técnico moderno, imagem que ele plantou, aduba e rega a cada entrevista, teria mantido a proposta que dá certo: a de atacantes de velocidade, que jogam pelos flancos, mas que aparecem na área para concluir.

Por que não começar com Lincoln? Pelo menos há uma boa chance de dar certo. Com Bobô, já se viu, é perda de tempo. Meio caminho andado para o fracasso.

Agora, o que dizer de Éverton? Outra atuação desastrada. Giuliano, que eu elogiei no jogo anterior, foi confuso, parecia uma barata tonta.

Nem Luan escapou, mas muito mais pela companhia deficiente. Esforço e dedicação não faltou. 

Enfim, todos – com exceção de Grohe – estiveram abaixo da média, muito abaixo de aceitável para uma equipe que disputa o título.

Contratações já

Um título que está cada vez mais distante.  

A esperança é que a direção consiga qualificar o time titular e o próprio grupo, porque o campeonato é longo e desgastante.

É evidente que a direção está se mexendo, mas esbarra principalmente na capacidade financeira do clube.

Mas a hora é de raspar o cofre para evitar mais um ano perdido.

INTER

Já o Inter, em casa, conseguiu perder para o fraco Botafogo, imitando o Grêmio que também foi batido em seu estádio por um adversário de menor porte.

O Inter também reclama da arbitragem. A meu ver sem razão.  

O fato é que os dois times entram na semana Gre-Nal sem a confiança plena de seus torcedores.

Tem a rodada no meio da semana que pode alterar esse quadro, para melhor ou para pior.