Robinho, uma boa ideia sob determinadas condições

Se a contratação de Robinho significa esquecer nomes como o venezuelano Josef Martinez – tão elogiado pelo diretor Rui Costa que deve ter visto muitos jogos desse ilustre reserva do Torino – quero dizer que, em princípio e sob determinadas condições, sou a favor.

Robinho, mesmo parecendo um ex-jogador pelas notícias que chegam da China, pode dar ao time qualidade técnica, incluindo aí capacidade de finalização, experiência e, com o prestígio que ainda tem, contribuir para impor-se diante das tenebrosas arbitragens da Libertadores. Imagino que Robinho, pelo prestígio acumulado, pode fazer com que os homens do apito e das bandeirinhas pensem duas vezes antes de nos sacanearem. Quem no time do Grêmio tem essa condições de respeitabilidade no exterior?

A presença de Robinho no grupo, desde que realmente disposto a jogar e a se comprometer com o clube, serviria de estímulo e exemplo aos mais jovens. Lincoln, Éverton e Pedro Rocha teriam muito a aprender com Robinho, que já não dá pedaladas mas que hoje apresenta outros atributos que só o tempo pode acrescentar.

Bem, colocados os pontos positivos da contratação de uma estrela capaz de, num primeiro momento, ampliar o número de sócios do Grêmio, não se pode ignorar o custo dessa operação.

As informações indicam que investidores pagariam a maior parte de uma remuneração que chegaria a 700 mil mensais.

O problema é que não existe almoço grátis. Em troca desses recursos aplicados, quem investir vai querer algo em troca. Por exemplo, percentuais de promessas do clube.

Aí, o negócio começaria a ficar nebuloso e pesado demais. Não sei se é assim que se daria a transação. Penso que nesse caso o clube poderia pensar em transparência. Basta de ‘fatiar’ jogadores sem que o torcedor, que sustenta isso tudo, tome conhecimento dos fatos.

Outro aspecto que penso ser importante: fazer um contrato de produtividade com Robinho à semelhança do que existiria (segundo dizem) com Douglas.  

Robinho, pelo que li nos sites, demonstra um certo fastio com o futebol. Está muito rico, não precisa mais da bola para sobreviver.

Portanto, o ideal seria um contrato por apenas um ano, com cláusulas de produtividade, que é algo corriqueiro na Europa.

Não seria nenhuma novidade para Robinho.

Fora isso, melhor é começar a Libertadores com o que se tem.

Melhor insistir com Lincoln, que integra a lista das 50 maiores revelações sub-18 do futebol mundial.

Se isso não diz alguma coisa…