Agora, foco total apenas no Brasileirão!

E assim vamos nós, acumulando frustrações.

O Inter caiu diante do Palmeiras. Foi valente, jogou muito mais do que se imaginava, mas caiu.

Na Arena, quase lotada, milhares de vozes não foram suficientes para manter o Grêmio na Copa do Brasil, a competição a ser vencida depois do fracasso no Gauchão do Noveletto.

Pior do que ser eliminado dentro de casa por um time inferior ao nosso é não ter a quem culpar.

O técnico Roger Machado armou o time da melhor maneira possível, inclusive iniciando com Pedro Rocha, apesar de pressões para começar com Bobô.

O time talvez tenha sentido o peso da responsabilidade de 14 anos sem título nacional. Começou muito mal, com passes errados em excesso, afobação, nervosismo.

O Grêmio teve mais posse de bola, mas não soube o que fazer com ela e, principalmente, como fazer com que ela chegasse à rede.

O Fluminense, claramente, jogou no erro do Grêmio. E na qualidade de Fred.

No comentário anterior, eu escrevi o seguinte:

“Fred não é mais aquele de outros carnavais, mas se a bola sobrar pra ele é gol. Todo cuidado é pouco”.

Fred é aquele centroavante aipim que todos querem, apesar de estar com seu prazo de validade quase vencido.

Foi uma bola só, um gol.

Cruzada da direita, a bola caiu entre Erazo e Thiere. Fred saltou e cabeceou sem chances para Grohe.

No segundo tempo, Bobô, que acabou entrando, teve umas três ou quatro chances em bolas pelo alto, mas ele é um aipim sem grife. Cada cabeceio seu é um refresco para a zaga adversária.

Ainda assim, foi dele o gol de empate, numa bola que aparou e bateu forte no canto direito, um golaço.

O gol deu um novo alento ao torcedor e também ao time. Mas o segundo gol não veio.

O Fluminense soube se defender desde o começo. Depois do gol, mais ainda. 

Sabe aquele golzinho perdido no jogo de ida? Pois é, ele fez falta.

O Grêmio caiu muito mais por suas limitações ofensivas do que por mérito do Fluminense, que, além de tudo, decidiu trocar de treinador há poucos dias e, de quebra, livrou-se de um peso morto às vésperas do jogo.

Decididamente, os deuses do futebol abandonaram o Grêmio nesses dois jogos.

Resta agora manter o time no G-3 do Campeonato Brasileiro. E, como é o que restou, torcer para que os mesmos deuses do futebol larguem de mão do Corinthians, que já tem proteção suficiente no futebol brasileiro.

Quem sabe, como diria Baltazar, Deus não está reservando algo melhor para nós? 

Milagres acontecem, até no futebol!

INTER

O Inter foi valente. Foi guerreiro como tem sido o Grêmio. Por pouco não conseguiu eliminar o Palmeiras depois de estar perdendo por 2 a 0. Chegou ao empate e logo em seguida levou o terceiro gol.

Mérito do técnico Argel, que ganhou uma sobrevida no Inter.