Falta uma devassa geral no futebol brasileiro

Pouca coisa ainda me surpreende nesta vida. Não me impressiono, por exemplo, com a blindagem da mídia gaúcha ao presidente da Federação Noveletense. Afinal, trata-se de um dos maiores anunciantes do ramos varejista.

Ninguém investiga por que a federação é tão rica e os clubes vivem de pires na mão, mendigando trocados. Uma inversão. A Federação não precisa de toda essa opulência, uma sede tão majestosa. Por que? O futebol gaúcho precisa de clubes fortes, isto sim.

A última vez que realmente fiquei de queixo caído foi quando vieram me contar que determinada pessoa era viado, homossexual para não melindrar ninguém. O cara tinha todo jeito de machão. Prova de que as aparências enganam. Não tenho nada contra.

Aliás, a julgar pelas novelas da Globo os homo estão ficando maioria. Ali, eles são sempre alegres, felizes, ricos e bonitos nessas novelas. Confesso, estou com medo de sofrer discriminação por ser assim, como esse ‘defeito’ de fábrica, e ter que fundar uma espécie de associação protetora dos heteros. Nesse ritmo, ainda teremos o Dia Mundial do Orgulho Hetero.

Tenho medo de que no futuro apocalíptico os heteros sejam caçados e vítimas de violência covarde como hoje ainda são alguns gays, em especial os pobres, aqueles que se viram nas ruas pelo ‘pão (eu disse pão) nosso de cada dia’. 

Tudo isso só para dizer que hoje li algo que me deixou realmente impressionado. Ah, antes quero destacar que esses rolos todos envolvendo dirigentes da Fifa, Conmebol, CBF e agregados não me surpreenderam. Sempre desconfiei desses velhinhos safados que mandam no futebol.

É lógico que as denúncias envolvendo um árbitro da Conmebol também não me surpreenderam. Só espero que em breve apareçam os outros. Lembro de imediato dos dois que apitaram jogos do Grêmio contra o Olímpia, em 2002, no Olímpico, e contra o Boca, este em 2007, na Bombonera. O Jorge Larrionda deu um gol em impedimento triplo no primeiro gol do Boca.

Aguardo notícias do mesmo tipo envolvendo árbitros brasileiros. Garanto que não me surpreenderei.

Mas vamos ao que interessa. O que me deixou perplexo foi essa notícia:

 http://espn.uol.com.br/noticia/521758_presidente-revoga-lei-e-conmebol-perde-status-de-vaticano-no-paraguai?utm_content=buffer779c3&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer

Em síntese, diz: 

“O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, revogou a lei que concedia inviolabilidade à sede da Conmebol, situada na cidade de Luque, conforme foi publicada nesta quinta-feira no diário oficial do país. Com isso, acaba a proteção similar a de embaixadas e órgãos diplomáticos – como, por exemplo, o Vaticano -, que a entidade tinha direito. A medida já havia sido aprovada por deputados e senadores paraguaios nas últimas semanas. A lei de 1997 concedia à Conmebol a “imunidade contra revistas, desapropriação, confisco e toda outra forma de interferência, seja de caráter “executivo, administrativo, judicial ou legislativo”.

Depois dessa, começo a acreditar que o futebol pode começar a vive um novo tempo. 

Agora, ficarei surpreso mesmo é se a sede da CBF também tiver esse tipo de privilégio absurdo.

Ou o faraônico prédio da federação noveletense.

Gostaria também de ver um pente fino da Receita e do Banco Central nas transferências de jogadores. Siga o dinheiro!

Aliás, o futebol brasileiro está precisando de uma devassa, e não estou me referindo à cerveja.