Elogios em excesso e a ‘revolução’ de Roger

Diz o ditado que elogiar nunca é demais. Todos sabem que não é bem assim, principalmente quem tem filhos.

Eu sempre desconfio de elogios em excesso. Encha a bola de um jogador, por exemplo. Se o cara não tiver boa estrutura ele já sai caminhando diferente e no jogo seguinte entra de salto alto.

No vestiário, depois, ele volta à realidade. Isso se o time todo não ficou contaminado com aquele vírus que por vezes atinge jogador convocado para a seleção brasileira.

Por isso, me preocupo quando leio e ouço tantos elogios ao Roger e quando usam a expressão ‘revolução’ para rotular um trabalho que recém começou.

Não que Roger não mereça elogios. Ao contrário. Ele começou muito bem e tudo indica, por suas entrevistas ponderadas e serenas, que ele deve levar o time ao um outro patamar.

Desde, é claro, que receba reforços.

Desconfio até que certos elogios têm como objetivo dizer que está tudo certo, que não precisa reforçar e que o time atual com Roger no comando pode sim sonhar com o título brasileiro.

Espero que esse tipo de manifestação entre por um ouvido e saia por outro.

O Grêmio ao que tudo indica ganhou um treinador competente, mas o time ainda precisa de reforços. Por exemplo, um goleador, um matador.

Depois, com mais qualidade e também quantidade – o campeonato é longo -, Roger poderá mesmo iniciar uma revolução.

Antes disso, Roger, desconfie de tantos elogios.

DESFALQUE

Contra o São Paulo, que vem de ótima atuação contra o Santos, venceu por 3 a 2, o Grêmio não terá Wallace.

Desfalque importante. Wallace foi destaque do time nos dois últimos jogos.

O pior é que não há substituto à altura. Roger talvez tenha que improvisar. Passar Marcelo Oliveira para o meio, colocando Júnior. É o mais lógico.

O problema é que Marcelo com mais liberdade é um trunfo, como mostrou contra o Corinthians.

Outro desfalque é Gallardo, logo agora em que ele começa a mostrar bom futebol.

Seria uma oportunidade para colocar Raul, mas o guri segue fora dos planos.

Duvido que seja apenas por questão técnica.