Um a zero com sabor de goleada na Arena

Foi uma tortura, mas a vitória por goleada de 1 a 0 no Figueirense valeu a pena. Vencer sempre vale a pena.

Para um time traumatizado, com jogadores contestados,  somar três pontos é o que interessa.

Há muito o que fazer, todos concordam, mas o primeiro passo é somar pontos, porque é daí que vem a tranquilidade para encontrar soluções, reconquistar a confiança da torcida e sonhar com algo mais no Brasileirão que não seja o alívio de não cair.

Nesse sentido, o gol de Braian caiu do céu, como se os deuses do futebol por um momento voltassem a zelar pelo Grêmio assim como vêm fazendo com o Inter.

Quando Braian entrou no lugar do jovem Pedro Rocha, pensei por que não o Mamute? Jorraram críticas ao técnico interino, James Freitas, nas redes sociais. Houve quem escrevesse que um poste é mais útil que o atacante uruguaio porque pode abrigar um ninho de joão de barro.

Uma crueldade, ainda mais considerando-se que Braian é um jogador dependente de bolas aéreas vindas da linha de fundo. E foi numa dessas raras jogadas que Braian fez o gol dos três pontos. Marcelo Oliveira, o melhor em campo jogando na lateral-esquerda que deveria ser, segundo alguns, por decreto, de outro jovem, o Júnior. Pois Marcelo fez uma partida excepcional em termos ofensivos, talvez por ter sido mais liberado a atacar.

O segundo melhor do jogo foi Luan, seguido do goleiro Muralha, outro que o Grêmio consagrou. Luan, é claro, perdeu alguns lances de forma irritante, mas foram dele quase todas as melhores jogadas. Luan, num time mais afirmado e tranquilo, vai explodir como jogador de futebol. Por enquanto, as vezes irrita e em outras ilumina o jogo com lances genias.

O Grêmio criou boas chances de gol e praticamente não deixou o Figueirense ameaçar Marcelo Grohe. Sinal de que houve equilíbrio no time. O resultado mais justo seria uns 3 a 0, mas aí já não seria o Grêmio.

INTER

O time reserva do Inter foi a São Januário e saiu de lá com um pontinho. Foi um jogo pobre tecnicamente. O campo sofrível contribuiu. O mais justo seria uma vitória do Vasco, que produziu mais.

A meu ver, o Vasco não mostrou nada em termos táticos que justifique o empenho gremista em contratar o técnico Doriva. Penso, agora, que o Grêmio escapou de uma fria. O botequeiro Gabriel, no post anterior, comentou exatamente isso, que Doriva não é o cara, que seu time joga na base da correria e do chutão.

Sobre treinador, falam agora em Eduardo Baptista, técnico do Sport. Ele é filho de Nelsinho Baptista, odiado por 10 entre 10 colorados.

Se é para trazer um Batista, que tragam o Adilson, sem nenhuma dúvida.

Aqueles que defendem Argel – como tem gremista que quer técnico identificado com o Inter dirigindo o time – devem ter ficado satisfeitos. O que grita esse cara. Eu se fosse jogador dele faria de tudo para derrubá-lo. Os gritos de nada adiantaram, porque Grohe, pela primeira vez depois de muito tempo, não trabalhou.

Por fim, o jogo desta noite de sábado reafirmou que é preciso qualificar o time. Um meia de articulação e um grande atacante são prioridades.