Felipão troca experiências pela repetição

Depois de fazer todo tipo de experiência na tentativa de encontrar a melhor formação, o técnico Felipão segue a cartilha básica: repetição. É o que o mestre Enio Andrade ensinava.

Com a chegada de Maicon e os ‘irmãos’ Rodriguez, Braian e Cristian, o time encorpou, ganhou qualidade e experiência. Os três deram boa resposta e ajudaram Felipão a bater o martelo em termos de estrutura de equipe.

Quatro jogadores de defesa, dois volantes, três meias e um atacante de referência. É claro que há variações, mas em síntese é por aí. Alguém pode entender que é um 4-4-2, que na verdade são dois atacantes, um deles disfarçado de meia. Este, hoje, seria Luan. Pode ser.

Eu penso que o esquema vira um 4-4-2 quando entra Mamute no lugar de Luan, ou Cristian, titular da posição e que se encontra em recuperação.

Esse esquema do Felipão pode ter, como aconteceu domingo contra o Lajeadense, no segundo tempo, três volantes, mas  aí com Maicon se projetando com sua técnica exuberante para fazer articulação ofensiva.

É importante frisar ainda que Ramiro, titular do momento, aparece com facilidade na frente, assim como Maicon, claro.

Então, Felipão está armando uma equipe com boa estrutura defensiva e com alternativas para um ataque em bloco. E isso só é possível porque hoje Felipão tem qualidade, experiência e juventude à sua disposição.

Tendo as peças adequadas, Felipão não demorou para colocar o em campo sua estrutura básica de equipe. Estava tão ansioso, em com razão porque o time despencava, que escalou os três citados o mais rápido possível, o que até custou a lesão de Cristian Cebola. A verdade é que Felipão tem um time titular e ótimas alternativas, como Lincoln e Wallace, que em breve voltam ao clube.

Se Felipão tem/teve pressa em arrumar a casa, seu colega Diego Aguirre ainda está na fase das experiências. E isso tem lhe custado duras críticas. Os colorados dos meios de comunicação, torcedores e dirigentes estão preocupados. A maioria quer a substituição imediata do treinador.

Aguirre deveria seguir a cartilha e passar imediatamente da fase de experiências para a fase da repetição.

Se ele insistir nos testes, alguns um tanto absurdos, não resistirá.

Até porque Celso Roth está nas proximidades, inclusive ajoelhando e rezando ao lado do guru vermelho, Fernando Carvalho, que não esconde sua insatisfação  com o técnico uruguaio.

Uma insatisfação que só pode ter aumentado depois que Aguirre admitiu que pode armar o time de acordo com o adversário, desprezando a boa e saudável repetição.