Os clubes e suas gestões temerárias

Quanto mais dinheiro um clube de futebol arrecada, mais ele gasta. Vejam o caso do Santos, que nos últimos dez anos faturou pelo menos 300 milhões de reais com venda de jogadores. Hoje, está aí à beira da falência, que seria seu destino, como de outros clubes, se fosse mesmo uma empresa.

Aí, esses clubes se reúnem – e só são unidos para auferir algum tipo de vantagem – e, com apoio de uma tal ‘bancada da bola’, criam um projeto para dar calote. Ou não é um calote a proposta de renegociar a dívida em 20 anos (240 meses), com redução de 70% das multas isoladas, de 30% dos juros de mora e de 100% sobre o valor de encargo legal. Não é exatamente um calote, mas não está longe disso.

É claro que em pouco tempo haveria outro projeto semelhante para aliviar a vida dos clubes. Felizmente, em boa hora o governo federal vetou essa excrescência. O governo quer que os clubes se adequem a parâmetros de gestão financeira e responsabilidade fiscal.

Agora, esse tipo de coisa só irá acontecer quando os dirigentes e seu corpo de conselheiros – em casos em que o CD for chamado a opinar – forem responsabilizados diante de gestões temerárias, pra ficar apenas neste adjetivo.

Como gestão temerária tenho por exemplo imediato o contrato para construção da Arena.

Mas há inúmeros outros casos, principalmente envolvendo jogadores com salários milionários, surreais, que comprometem o orçamento do clube por vários anos, em especial aqueles contratos de longo prazo com jogadores na faixa dos 30 anos. Casos de Kleber e agora de Rever. Isso vale também para treinadores. O que foi o contrato de renovação com Luxemburgo no Grêmio?

Então, está passando da hora de enquadrar os dirigentes e, dependendo do caso, os conselheiros, que algumas vezes são coniventes com ações nefastas aos clubes. Sem contar as votações para aprovação de contas. Um capítulo à parte.

Agiu certo o governo ao vetar esse projeto. Já é um começo.

DÍVIDA

Lamentável que os meios de comunicação do RS praticamente ignorem a reportagem da Folha de São Paulo sobre a dívida dos 12 maiores clubes do futebol brasileiro. O total da dívida com a União a 1,5 bilhão de reais.

O líder do ranking é o festejado Atlético Mineiro.

O Inter, sempre tão elogiado por sua gestão, deve 129 milhões, e é o sétimo colocado.

Gostaria de ler algo assim nos veículos  Abaixo do Mampituba:

Inter tem o triplo da dívida do Grêmio.

Sei que nunca vou ler isso aqui por essas bandas. Então, escrevo eu:

Inter tem o triplo da dívida do Grêmio, que é de 40 milhões.

Vou repetir o link da matéria.

http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2015/01/1577960-dividas-de-12-grandes-do-futebol-brasileiro-com-a-uniao-passa-de-r-15-bilhao.shtml

Déficit

Outra notícia que praticamente transita em julgado é a do déficit do Inter em 2014: superior a 50 milhões.

Para um clube que se mostra como o primo rico do futebol gaúcho…

Perguntinha

Sem as ‘genis’ de sempre, Pará, Werley e agora Ramiro, lesionado, quem a torcida irá apedrejar caso o time não acerte logo de cara no Gauchão?

Eu já tenho o meu ‘cristo’: Barcos.

Prefiro o Moreno no ataque ao lado de Luan.

Barcos na reserva, se não for vendido mesmo.