Grêmio avança a passos paquidérmicos, mas avança

Enquanto o Inter com seu ‘quarteto mágico’ faz campanha de time rebaixado – nos últimos cinco jogos ganhou apenas 3 pontos -, o Grêmio segue a passos de paquiderme gordo e sonolento rumo ao G-3.

Sinceramente, duvido que o Grêmio chegue lá, mas do jeito que estão as outras equipes tudo pode acontecer.

Mantenho minha opinião de tempos atrás. O Grêmio vai terminar ali pelo quinto ou sexto lugar. O Inter também vai ficar nessa faixa.

A grande competição para a dupla ficou reduzida ao nosso provincianismo futebolístico: quem vai chegar na frente de quem. É o grande ‘título’ agora em disputa. A ser mantida a tendência atual, o Inter em queda vertiginosa e o Grêmio se arrastando, mas subindo, vai dar o tricolor mais uma vez à frente do seu maior rival.

Nem a presença de Nilmar melhorou o futebol do Inter. São dois jogos e duas derrotas com Nilmar, que por enquanto só engordou a folha de pagamentos milionária do Inter.

Difícil de entender o comportamento da crônica esportiva: ela não cansa de dizer que o Inter tem uma equipe poderosa, que rivaliza com Cruzeiro e São Paulo em nomes, mas não é veemente na cobrança de resultados ao técnico ABel Braga. A lógica é simples: ele tem um ‘baita’ time, mas está fazendo uma campanha modestíssima neste segundo turno do brasileirão, com direito a levar 5 a 0 da Chapecoense. Quer dizer, está falhando o Abelão.

De qualquer modo, sugiro três nomes de técnicos, os mesmos sempre lembrados por setores da imprensa quando algum treinador do Grêmio está ameaçado: pela ordem, Lisca, Roth e Argel. Qualquer um deles viria num estalar de dedos.

Já no Grêmio Felipão está sólido como um rochedo. Felipão está se revelando seguidor de Renato Portaluppi. Ontem, depois de mais uma atuação modesta, mas agora com vitória, Felipão frisou que seu negócio não é jogar bonito, é vencer. E para isso, como cantaria o Tim Mais, ‘vale tudo, só não vale dançar homem com homem, e mulher com mulher’ – aliás, não sei como o pessoal ‘alternativo’ ainda não mandou alterar essa letra tão politicamente incorreta.

Como eu já desisti de ver o Grêmio jogando bonito – e penso que a maioria dos gremistas também já jogou a toalha nesse aspecto -, fico mais do que satisfeito com um singelo resultado positivo de 1 a 0. Pode ser de mão, em impedimento ou até com pênalti inexistente. O que interessa é somar pontos.

Ontem, na Arena, muita gente não viu pênalti no lance que resultou na vitória sobre o Figueirense. Foi um lance duvidoso, mas o juiz estava muito perto e não vacilou. Li uma análise do grande Adalberto Preis no twitter a respeito desse lance e fecho com ele. O zagueiro deu um carrinho, quase uma voadora, e levantou o Zé Roberto com a perna esquerda. Sem contar que a bola ainda tocou no braço do jogador, aparentemente de forma voluntária, como indica a foto que ilustra texto do W. Carlet, que não viu infração no lance, o que, aliás, já estava previsto. Ele não concede nem o benefício da dúvida:

http://zh.clicrbs.com.br/rs/esportes/gremio/noticia/2014/10/para-derrotar-o-figueirense-gremio-precisou-de-penalti-inexistente-4626968.html

SUBSTITUIÇÃO

O mesmo W. Carlet manifesta perplexidade pelo fato de Felipão fazer substituição nos acréscimos. Colocou Alan Ruiz aos 47 minutos. Ele diz não entender por que Felipão fez isso. Eu explico o que não precisaria ser explicado: todos os treinadores já usaram e usam esse tipo de expediente para esfriar um pouco o adversário que está perdendo e ainda ganhar alguns segundos preciosos. Perplexo fico eu com a perplexidade manifestada por um cronista da envergadura do Carlet.