Vexame na Arena Condá: 5 a 0

Nada supera o fiasco de ser eliminado pelo Mazembe quando se projetava um bi mundial.

Agora, levar 5 a 0 da Chapecoense, clube que luta para não ser rebaixado, é também um vexame daqueles difíceis de esquecer. Por colorados e, principalmente, por gremistas.

Já visualizo a cerveja Condá sendo disputada ferozmente por gremistas e torcedores do modesto clube de Chapecó, que nem em seus  sonhos mais doces poderiam imaginar que um dia aplicariam goleada tão estrondosa num clube que até há pouco ambicionava o título brasileiro depois de 35 anos de espera.

O que se viu na Arena Condá decididamente não pode ser explicado apenas pelo que aconteceu no gramado.

Conflitos de bastidores com certeza contribuíram para derrota tão estrondosa. Por que será que D’Alessandro jogou tão mal a ponto de ser substituído no intervalo, e não foi por lesão segundo ouvi de Alex ao final do jogo. Opção do Abel. Será que o argentino não acertou a renovação do contrato, ao contrário do que foi divulgado? Ou será que ele achou pouco 900 mil reais por mês para jogar esse futebolzinho tico-tico?

É verdade que o time colorado tem deficiências sérias, embora os colorados tanto das arquibancadas quanto dos microfones e das canetas sempre alegaram que se o time não jogava bem era por culpa do treinador. Costas largas têm o Abel.

É preciso fazer justiça ao meu ex-colega de CP, o Wianey Carlet, voz isolada nas críticas ao time e ao técnico, que realmente foi contraditório muitas vezes.

Enfim, o Inter que priorizou o Brasileirão para chegar ao tetra e quebrar um longo jejum, se aproxima do final da temporada de forma melancólica e difícil de entender, porque uma equipe que custa 8 milhões de reais por mês não pode levar 5 a 0 de uma Chapecoense.

Fico pensando no torcedor colorado assistindo pela TV, no fim do jogo, o festejado Nilmar, que entrou no segundo tempo, dando entrevista todo sorridente em meio ao clima sombrio que se abateu sobre o time.

Abel, sem dúvida, está caindo. Inclusive assumiu a responsabilidade na entrevista coletiva pós-jogo, e não poderia ser de outra forma.

Jogou a toalha ao dizer que o Inter começa a jogar por sua dignidade.

Entre os técnicos disponíveis, ele, Celso Roth.